Pedro está
bem conversador e consegue se explicar na maior parte das vezes, mas é muito
cebolinha (tem grande dificuldade com a colocação do R) e inverte sílabas de
algumas poucas palavras, embora esta última característica já esteja melhorando
naturalmente.
Começou na
fono por orientação do pediatra e confirmação da creche no segundo semestre do
ano passado. Estava indo bem até
que, com a escolha do nome Bernardo para o irmão, o R de final de sílaba, que era
ausente na sua fala, deu lugar ao S. Pedro - como vocês devem lembrar - falava
Benado (fofo demais!) e passou a falar Besnasdo. Segundo a fono, ele percebe
que fala errado e na tentativa da pronúncia correta já que é um nome importante
na vida dele, somado a dificuldade natural da letra R, acabou encontrando apoio
no S.
Então hoje
temos vesdes, bascos, castas e o maravilhoso `posque`. É tão delicioso vê-lo
falando `posque` que por duas vezes já caí em tentação e imitei. Pedro fica
bravo pois percebe o que está acontecendo e acaba se autocorrigindo.
Imediatamente depois do meu `posque` ele manda um `porque`. Bom? Não.
A médica
diz que ele só pode ser corrigido durante as sessões de terapia para não
travar. Então, o que devemos fazer é sempre que ele falar errado, darmos um
jeito de repetir de forma correta.
Agora, para
mim, a máxima é o velho conhecido Cristo Redentor ter deliciosamente virado
Cristo Arrebentou. E o Cristo
Arrebentou, para nossa sorte, é nosso vizinho e sempre que passamos pelo Jardim
Botânico Pedro fala dele. E o adora! É demais!
No dia que
ele descobrir que o Cristo não arrebentou vai dar uma enorme saudade.