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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Festa ou maratona?

O Pedro é um garoto bastante esperto, pois puxou os seus pais. Mas é um bebê de um ano de idade e isso o deixa com algumas limitações intelectuais. Por exemplo, no final de semana passado ele participou, pela primeira vez, de uma festa de aniversário dele próprio. No início, ficou achando que a festa começava no dia anterior. Quando desceu para o play e encontrou o salão cheio de pessoas legais e com várias bolas espalhadas pelo chão pensou, "oba, começou!". Ele se divertiu muito, mas depois que explicamos ele entendeu que a festa seria apenas no dia seguinte.

No tal dia seguinte, outra confusão em sua cabecinha: Pedro ainda não sabe a diferença entre festa de aniversário e maratona. Logo que começou a festa o guri parecia que estava com um pouco de sono. Papai até subiu um pouco para ver se ele tirava uma soneca, mas assim que chegou em casa o moleque abriu um sorrisão e correu para os seus brinquedos. Bem, se é para brincar, vamos brincar lá em baixo com a galera!

Quando descemos novamente, vários convidados já tinham chegado e foi aí que o garoto começou a correr. E correu, correu e correu um pouco mais. Tropeçou, levantou e voltou a correr. Parecia que, na cabecinha dele, só dava para parar depois que fossem cumpridos os tais 42 e poucos quilômetros. Como o garoto veio com bateria extra, isso não é problema para ele. Já para os adultos que ficavam correndo atrás, foi um pouco mais complicado.

Teve uma hora, por exemplo, que ele resolveu exercitar o ato de subir e descer o degrau. Ele deve achar que ainda não está craque nesta modalidade e descobriu o degrau perfeito para treino bem na entrada do salão. As pessoas chegavam e tentavam falar comigo, mas eu mal conseguia levantar o meu rosto suado enquanto o moleque subia, descia, subia, descia...

Foi assim do inicio ao fim, o moleque disparando de um lado para o outro e curtindo um pouquinho de cada um de seus convidados. Tivemos medo que ele não aproveitasse a festa, mas o guri curtiu cada minuto e quando chegou a hora do parabéns ele, apesar de muito cansado, comportou-se direitinho no colo do papai. Três segundos depois ele já estava completamente desmaiado. Os pais, apesar de exaustos, terminaram a festa muito feliz com toda a alegria do moleque.

Eu era o pai de um bebê. Agora sou pai de um garoto. Nossa, como foi rápido.

Beijos, papai.




"Corre papai!!! Veeeeeeeeeeeeeeem!!!"

"Caraca, só corri 5Km até agora!"

"Sai da frente moço do mate, lá vou eu!!!"

"Cansei de correr, vou jogar bola..."

"Tio Rê, me ajuda a subir?"

"Este tal de balanço é legal, mas tá me dando sono..."

"Ha ha ha, mamãe e vovó são muito divertidas!"

"Será que depois do parabéns eu posso correr mais um pouquinho?"

domingo, 15 de abril de 2012

Dia da dinda!

Como vocês devem saber, ontem foi o aniversário da minha dinda. Eu nasci assim bem pertinho do aniversário dela para que as nossas festas fossem juntas todos os anos. Este ano ela arrumou um casamento no dia e acabamos não comemorando na mesma data. Mesmo assim foi muito legal ontem. Depois do meu almoço fui tirar aquele cochilinho de sempre, mas ontem eu adormeci na cama do papai e da mamãe.

Quando acordei, já estava em um lugar super legal. Era um restaurante, aquele tipo de lugar onde os bebês vão para atirar as coisas no chão, mas ficava de frente para uma paisagem linda. Papai e mamãe me disseram que se chama Lagoa Rodrigo de Freitas. Fiquei tão empolgado que corri para dar um mergulho, mas eles me seguraram bem na hora do tchibuuuuum!

Me diverti tanto! Bem do lado de nossa mesa tinha uma pista onde várias crianças maiores que eu se divertiam em skates e bicicleta. Estou louco para andar de skate também, mas acho que ainda sou muito pequenininho. Por enquanto me divirto olhando e apontando as outras crianças. Mas também me diverti muito correndo no deck e na grama e tentando me jogar dentro da água.

Para completar ainda tinha uma feira de cães para adoção ao lado do restaurante. Um mais bonitinho que o outro. Pedi para a vovó Beth levar um para mim e deixar na casa dela, mas ela não quis. Ué, ela não disse que faria tudo o que eu pedisse? Só parei de insistir quando ela disse que ia trazer as cachorras de Terê para ver se alguém adotava...

Gostei de tudo, menos dos helicópteros que passavam sem parar fazendo barulho. Papai falou que helicópteros são muito legais, mas eu fiquei com medo daquele barulhão todo. Ainda bem que sempre tinha alguém perto de mim para eu encostar a minha cabecinha no ombro e esperar passar.

Não entendi porque no final não cantamos parabéns para a dinda. Acho que vamos cantar hoje porque a mamãe preparou um surpresa que ela vai adorar!

Beijos dinda, feliz aniversário. Ano que vem fazemos a festa de pókemon juntos, tá?

Guigo

"Estou esperando papai achar as fotos de ontem.
Enquanto isso, coloquei aqui a foto com a dinda e o tio Rê"

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Festa de um ano

Sempre ouvi dizer que a festa de um ano era para os pais, não para a criança. Ela, tadinha, não curtia nada, não entendia a confusão e ficava cansada e irritada com tanto barulho. Se é assim, alguém pode me explicar por que toda hora que eu olhava o Pedro estava correndo de um lado para o outro? Uma hora estava correndo atrás da bola, logo depois estava pedindo para subir no escorrega, mais um minuto e estava rodando no outro brinquedo.

Papai e mamãe curtiram e se divertiram muito na festa, é claro. Mas definitivamente a data não passou em branco para o moleque. Ele já começou a se divertir no dia anterior, quando a turma toda (vovó Beth, dinda Fê, tio Rê, vovó Sonia, vovô Nilton e prima Bruna) vieram ajudar na organização do evento.

Tenho certeza que na cabecinha dele (modo de dizer...) a festa já tinha começado. Quando ele viu um monte de bolas espalhadas pelo chão então, pensou "oba, vou me jogar na festa!". Sorte que o tio Rê estava lá para segurar.

Foi uma festinha íntima, mas foi muito caprichada. O tema já havia sido escolhido antes mesmo do Pedro nascer. Sabíamos que ele teria uma festa de bebê carioca, com muito do que a nossa cidade tem de bom e que uma criança pode curtir: praia, biscoito Globo, Matte de galão, calçadão...

Como era um tema que papai e mamãe queriam muito, também resolvemos usar logo no primeiro ano, quando a personalidade do moleque ainda não está totalmente revelada. No próximo já vai ser um pouco mais difícil impor um tema. Tipo "filho, este ano vamos fazer uma festinha de fazendinha, tá?". "Tá doida mãe, que fazendinha o quê. Os moleques do colégio vão me sacanear. Mó mico. Meu aniversário este ano será de Pokémon!".

E lá vai o papai se vestir de picaxu...

"Arrumar a festa assim dá um cansaço!"

"Acho que babei..."

"É uma bola ou um pula-pula?..."

"Socorro, o chão está se aproximando!!!"

"Ufa, que susto. Valeu tio Rê."

domingo, 8 de abril de 2012

1 ano


Hoje é o grande dia! O bebê está fazendo um ano de idade. Muitas pessoas teriam uma enorme dificuldade em escolher uma única palavra para descrever um período como este. Eu não tenho dúvidas, a palavra é: INTENSO. Foi um ano em que tudo tomou uma intensidade fora do normal.

O amor que surgiu há um ano, na primeira vez que vimos os olhinhos inchados do moleque quando saiu da barriga da mamãe, foi definitivamente INTENSO. A volta para casa com o guri na cadeirinha do carro... INTENSO. A primeira noite... INTENSA! Alimentação, troca de fraldas, banho... INTENSO!

A proporção de tudo mudou. Passamos a olhar o mundo como uma coisa enorme pelos olhos do nosso pequeno e, ao mesmo tempo, pequeno demais para caber todos os sentimentos, todas as sensações e todos os medos. Cada movimento, cada decisão, passa a ser uma encruzilhada. Liga ou não liga o ar? Acorda para trocar a fralda ou deixa dormindo? Tenta a mamadeira ou continua no copinho? Fica com o Dr. Pediatra 1 ou com o Dr. Pediatra 2?

Mas, ao mesmo tempo, cada dia passou a ser uma enxurrada de novidades. O moleque sorriu! O moleque virou! O moleque deu dois passinhos! O moleque fez um ano de idade! Um ano de idade! É muita coisa para uma sementinha que há pouco tempo estava quietinha na barriga. Não é quase nada para tanta coisa que aconteceu. Como eu disse, INTENSO!

E hoje, na Páscoa, começa uma nova fase. Uma fase em que o Pedrinho compreendeu que pode correr, além de andar. Que descobrirá novos sabores, como o chocolate. Que vai correr para o mar na primeira oportunidade que tiver. E ele ainda não sobe no escorrega, mas vai subir. E daqui a um ano, adivinhem a palavra que usarei para escrever esta nova fase?...

Beijos intensos do pai. Feliz Páscoa, meu filho. Feliz Aniversário.


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Enclausurado

Tadinho do moleque. Depois desta onda de crechite que o pegou de jeito e fez com que ele ficasse com febre quase todas as semanas do ano, papai e mamãe resolveram tomar medidas drásticas e radicais para evitar que uma febrinha qualquer atrapalhasse as comemorações de páscoa e, mais importante, do seu primeiro aniversário. Na verdade a mamãe queria deixá-lo em uma espécie de quarentena, sem que qualquer criança ou adulto estranho se aproximasse a menos de 10 metros do Pedro nos 40 dias que antecedam eventos importantes. Claro que eu não concordei, pois estou preocupado com a memória imunológica do meu filho.

Mas quando o termômetro voltou a marcar mais de 39 na semana passada, a ordem de deixar o guri fora da creche por uma semana veio do Dr. Pediatra, também conhecido lá em casa como "o cara". Por causa disso o Pedro não vê a rua desde quinta-feira passada. Não parece muita coisa para uma criança que ainda não fez nem um ano de idade. Só que esta criança é muito inquieta e cheia de atitude! Haja criatividade, brincadeira e Xuxa para baixinhos para entretê-lo todos estes dias sem passar da porta.

Ontem, depois de seguidos apelos desesperados, o guri foi liberado para um rápido banho de sol no play. Claro que devidamente vigiado de perto pela Sargento Salete, que não permite qualquer abuso como tomar um ventinho no rosto ou entrar em brinquedos não esterilizados do parquinho. Se ela avistasse um nariz de criança ou adulto escorrendo então, sairia correndo com o Pedro no colo o mais rapidamente possível. Acho que gritando, inclusive.

Por sorte nada disso aconteceu e o moleque parecia revigorado depois de uma horinha rodando no play.

Beijos do pai-que-vive-tomando-esporro-porque-o-bebê-está-descalço.

"A rua é tão divertida..."

"Eu gosto tanto de procurar os cachorrinhos, ver os pombos..."

"Eu queria estar lá, ó..."

"O que eu preciso fazer para passear um pouco?..."

"Só um pouquinho até aquela esquina..."

"Pôxa, por que estão me castigando assim, hein?"

"Eu calcei até a minha sandalinha para não ficar descalço..."

"Será que papai e mamãe deixam eu passear um pouco?"

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Personal Sleeper


Toda criança tem fases, nós já sabíamos disso. Mas estamos vivenciando com o Pedro uma fase um pouco cansativa. Nosso moleque sempre foi agitado para dormir, é verdade, mas ontem fiquei mais de uma hora com ele no quarto até ele adormecer. Dois minutos depois ele acordou e precisou de mais estímulo para dormir. Adormeceu e, pela segunda vez, acordou. Desta última vez foi a mamãe quem entrou no quarto e o encontrou em pé, no berço, chamando. Assim que a Li entrou, ele se atirou no travesseiro e dormiu com ela segurando sua mão, como se ele nos dissesse que antes de dormir precisava dar boa noite para a mamãe.

Mas o que estamos percebendo é uma clara mudança de comportamento do moleque. Não sei se é porque está chegando o aniversário dele, se é porque ele está cansado de ficar trancado em casa por causa da febre na semana passada ou se é a influência da lua na maré, sei lá. O fato é que o Pedro era um reloginho, dormia entre sete e oito horas da noite, acordava perto das vinte e três e depois perto das quatro para encher o tanque de leite, passava a noite super agitado, girando e balbuciando palavras em latim a noite toda.

Neste últimos dias o menino tem ido dormir depois das nove horas, quando os pais já quase desistiram de fazê-lo dormir. Tipo, quando o pensamento "Ah, quer saber? Fica acordado aí malandro que eu vou dormir!" está começando a passar pela minha cabeça, ele se revira no meu colo, pede para ir para o berço e apaga. Apaga mesmo, dorme profundamente até a hora do primeiro leite. Se às vezes ele ficava super agitado no meio da madrugada e não queria dormir, ultimamente ele mama e dorme sem esforço na madruga.

O lado de dormir tranquilamente é muito bom. O lado de ficar acordado até mais tarde e de ficar mais de uma hora rolando antes de dormir é fogo. Geralmente é só depois que ele dorme que nós vamos jantar, conversar um pouco sobre assuntos que não sejam "olha o macaquinho", "ih, a bola é azul" ou "Xuxa, como a gente faz para atravessar a rua?". É claro que isso tudo acontece cedo, tipo por volta das dez horas da noite. Para quem estava acostumado a dormir depois de meia-noite, parece tranquilo.

Só que o moleque continua acordando cedo. Tem um ano que o despertador da nossa casa não precisa ser usado porque temos um outro despertador que, ao invés de tocar uma musiquinha, grita "dá dá dá dá dáááááá". Às vezes ele, carinhosamente, também nos dá uns tapas na cara ou uns chutes no estômago para ajudar no processo de acordar às seis da manhã.

Diante do quadro estamos procurando voluntários para o papel de personal sleeper. O job description desta pessoa é o seguinte: chegar lá em casa por volta das 20:00h, levar o Pedro para o quarto, ficar com ele no colo e cantando baixinho "Serenô..." ou "Tem anjos voando neste lugar..." por mais ou menos 90 minutos até que o moleque durma. O trabalho não é remunerado, mas os benefícios são um bíceps torneado, cordas vocais reforçadas e meia dúzia de sorrisos que o moleque dá durante o processo. Alguém se habilita?

Beijos do papai

"Quem disse que está na hora de dormir?..."


terça-feira, 3 de abril de 2012

Primeira Reunião de Pais

Não podíamos, de jeito nenhum, faltar a nossa primeira reunião de pais na creche do Pedro. Montamos um esquema com o vovô, corremos e quase chegamos na hora! Não sei dizer como a Ligia estava, mas o papai aqui criou várias expectativas.

Será que vão falar do Pedro? Será que dirão que ele é excepcionalmente lindo e esperto? Que ele é o queridinho das tias? Que estamos fazendo um bom trabalho? Ou será que dirão que ele está muito fraquinho e ficando doente o tempo todo?

É claro que a reunião passou sem que falassem individualmente de nenhuma criança. A pediatra explicou como ela desenvolve seu trabalho de evitar que as doenças se espalhem pelas crianças cada vez que um bebê espirra. A julgar pelo histórico destes primeiros meses do Pedro na creche, não está funcionando muito bem, mas apreciamos os seus esforços.

Depois a coordenadora pedagógica falou sobre o desenvolvimento das crianças. Ela nos disse que precisamos evitar as comparações e ter o cuidado para não adiantar as coisas, não podemos roubar as fases de crescimento de nossos filhos, o que eu concordo plenamente.

Só que não teve jeito, cada vez que ela mostrava as fases de evolução, era nítido que cada mãe fazia as suas próprias contas. Fulana nasceu com mais de 50 cm, beltrana engatinhou com seis meses, Pedro já andava direitinho com 10 meses...

Falei que as mães faziam suas contas porque, como eu já esperava, havia apenas dois pais, devidamente acompanhados se suas senhoras, enquanto o resto das crianças era representada apenas por sua mãe. O curioso é que, aparentemente, todas as mamães trabalhavam e precisaram sair correndo quando a reunião acabou, mas estavam lá.

Uma das coisas bacanas de ter filho é que ele desenterra memórias de nossas próprias infâncias. São coisas que estão guardadas há tanto tempo que dificilmente viriam à tona sem a ajuda do Pedro. Hoje, por exemplo, me lembrei de como a tal reunião de pais era um mistério para mim. Ficava imaginando todas aquelas mães e professoras falando bem ou mal da gente e trocando figurinhas. Se eu pudesse seria uma mosquinha para participar de uma reunião destas.

Hoje pude colar mais esta figurinha no meu álbum. "Primeira Reunião de Pais" - feito!

Beijos, papai.


segunda-feira, 2 de abril de 2012

O Plano B

De todos os filmes que tratam do assunto gravidez, tem um em especial que eu acho muito engraçado. O nome original é "The Backup Plan" e no Brasil chama-se "Plano B". Como vou falar um pouco deste filme no post, se você ainda não viu mas pretende ver é melhor não ler os parágrafos abaixo. Vá diretamente para as fotos porque, afinal, este blog é mais ou menos como a Playboy. Todo mundo diz que vem ler os posts mas quer mesmo é ver as fotos do Pedrinho... :-)

*** Spoiler Alert !!! O trecho abaixo conta trechos do filme ***

Neste filme a Jennifer Lopez acha que está passando do tempo de engravidar e ainda não achou o homem ideal. Ela se resolve então por uma inseminação artificial justamente no momento em que encontra o tal homem ideal no meio da rua. Eles começam a namorar e precisam enfrentar o fato dela já estar grávida de um homem que ela não conhece. O assunto é sério mas o filme é muito engraçado.

Mas a razão para citar este filme aqui no blog é um trecho que ficou marcado em minha memória desde antes do Pedrinho nascer. O ator principal, o tal homem ideal que não teve a chance de engravidar a JeLo, está desesperado com a notícia e corre para um parquinho repleto de crianças. Enquanto ele fica olhando horrorizado toda aquela confusão, um pai se aproxima e eles começam a conversar. Ele pergunta como é ter uma criança e a resposta é uma descrição muito engraçada e bem próxima da realidade. Mais ou menos assim:

"Ter filhos é: um inferno, um inferno, um inferno, um inferno, um inferno, um inferno. Aí de repente acontece um momento mágico e você percebe que é a pessoa mais sortuda do mundo. Depois é um inferno, um inferno, um inferno, um inferno...".

Maldade, porque não é bem assim. Ter um filho é maravilhoso quase o tempo todo. Os tais momentos mágicos acontecem toda hora. É um abraço apertado que o moleque dá, com direito a barulhinho e tudo ("huu"), um sorriso safado, colocar e enroscar a tampa de uma garrafa, bater palminha quando você chega ou fazer "não" com o dedinho quando você avisa que ele não pode engolir o enfeite de metal.

Mas é verdade que os momentos de inferno também acontecem. Quando o guri não consegue dormir porque a febre está tão alta a ponto dele sentir calafrios, por exemplo. Ver aquela coisinha gostosa fervendo e tremendo é muito dolorido. Mas aí o dia chega e com ele um novo momento mágico. Mágico, mágico, mágico, mágico e aí um momento dos infernos. Depois é mágico, mágico, mágico...

Beijos do pai que ri, ri, ri e aí sofre. Depois ri, ri e ri...






domingo, 1 de abril de 2012

12

Peço licença ao meu filho e ao estimado público de leitores do blog para falar hoje de um outro assunto. Hoje é o dia internacional da mentira, o aniversário da Tia Ana e do jogador chinês de sinuca Ding Junhui. Além destes importantes eventos, também é o dia em que a mamãe do Pedro e o papai do Pedro comemoram 12 anos de casados. Algumas pessoas, quando acabam de nos conhecer, acham incrível sermos casados há tanto tempo, pois dizem que temos cara de mais novos. Apesar de que, nestes quase vinte anos em que estamos juntos, cada vez menos dizem isso... por que será? Será que estamos ficando velhos?

Mas o fato é que hoje estamos comemorando o primeiro aniversário de casamento como uma família de três pessoas. Ano passado a pessoinha mais importante deste trio ainda estava quieto e confortável na barriga da mamãe. De lá para cá muita coisa mudou. Todas as coisas mudaram, na verdade, e o casal precisou se reinventar. Às vezes não é fácil encontrar um momento tranquilo para namorar e muitas vezes aquela garrafa de vinho que costumávamos tomar calmamente se transformou em uma pequena aventura onde tirar a taça da frente de um moleque que vem pinguinzando na direção para derramar tudo é tão divertido quanto degustar um bom vinho.

Mas, acima de tudo, este foi o ano em que nos tornamos adultos de verdade. Deixamos de ser um casal de namorados brincando de casinha e nos tornamos os responsáveis pelo Pedro! Agora somos um casal de namorados brincando de papai e mamãe. Mas, além de ser marido, passei a ser pai e a Li, além de ser esposa, passou a ser mãe. E que mãe maravilhosa o Pedro tem! Este ano também serviu para comprovar uma sensação que eu sempre tive: que a Li seria uma excelente mamãe.

Li, parabéns por hoje. Parabéns por sempre ter sido uma esposa maravilhosa e parabéns por ser a melhor mãe que o Pedro poderia sonhar. Demos muita sorte de ter o filho mais maravilhoso do mundo e ele deu muita sorte de ter a mamãe que ele tem. Te amamos.

Du e Guigo.

Há um ano...

11 anos de casados

Já já o Pedrinho vai chegar e esta moleza vai acabar...