Então, atendendo à pedidos já que eu fui um espectador privilegiado da farra do dia das mães na piscina, vou contar como foi. De início, como eu comentei, o Pedro e a mamãe ficaram meio ressabiados com a confusão. Havia dezenas de mães, pais, filhos e babás esperando o evento começar. Quando Pedro viu sua mãe pronta para entrar na piscina de chapéu (toca) e tudo, ele se animou mas ficou meio desconfiado. Tanto que não saiu do colo da mãe nem para ela entrar na água.
Com cinco minutos de piscina ele pediu para sair, então o levamos para um canto mais sossegado para vesti-lo e irmos embora. Só que neste canto mais sossegado também havia acesso para a piscina. E para um pedaço quase vazio onde duas ou três crianças maiores brincavam longe do grande grupo. Ele então se animou a entrar. No meio do caminho desistiu. Depois desistiu de desistir e finalmente voltou para a água.
Foi aí que ele se encontrou e a diversão começou. Mamãe alternava semblantes de extrema alegria com pânico, pois o moleque subia nas plataformas dentro da piscina, em forma de escada, e se jogava com tudo. Mesmo que houvesse uma outra criança impedindo a mãe de se posicionar no lugar certo. O moleque nadou, mergulhou, chamou as amigas e amigos, brincou com bola e fez tudo o que podia para se divertir.
Também fez o que não podia, pois adorou a brincadeira de subir na borda da piscina e mergulhar. De cabeça. Praticamente dando uma cambalhota. Mamãe, é claro, estava sempre lá para segura-lo. Mas era um sufoco porque o guri tentava se esquivar, para ficar mais emocionante.
Depois de alguns mergulhos o nariz do moleque começou a escorrer. A tal da meleca que já faz tão parte da nossa vida chegou para a festa, então o papai-fotógrafo-suporte-de-toalhas correu com papel para a borda da piscina. Pedro subiu e deixou que eu fizesse a limpeza enquanto a mamãe, negligenciando perigosamente suas funções dentro da piscina, resolveu boiar de barriga para cima.
Nariz limpo, com movimentos rápidos como um ninja, Pedro virou-se e pulou na piscina. Sozinho. Foi como uma bolinha de chumbo até o fundo. Mamãe levou dois ou três segundos para sair de seu conforto e chegar ao moleque. É claro que estes segundos pareceram semanas, mas quando mamãe chegou perto, o Pedro já tinha voltado sozinho à superfície.
Neste momento a Ligia estava com uma expressão que eu nunca tinha visto em mais de vinte anos de convivência. Ela conseguia, ao mesmo tempo, esbugalhar os olhos em sinal de alerta e franzir a testa com os olhos pegando fogo na minha direção, dizendo sem palavras algo como "VOCÊ ESTÁ LOUCO, SEU IMBECIL IRRESPONSÁVEL. TE AMO. MALUCO". Para terem uma ideia, acho que suas sobrancelhas haviam se unido em uma só monocelha.
E o moleque, como reagiu ao quase afogamento? Subiu rindo e disse "mamãe, maix. Deita, deita"...
Beijos do pai-afogador-de-filho
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Quem está mais feliz? |
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"Tá louca que eu vou no seu colo? Não saio daqui de jeito nenhum!" |
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Novamente... quem está mais feliz? |
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Tchibummmm!!! |
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"Agora pelo ladooooooo!" |
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Outra... quem está mais feliz? |
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Primeira finta... |
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Segunda finta... |
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Terceira finta... opa, tá acabando a piscina! |
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"Acho que tô me divertindo..." |
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"Lá vem a bola mamãe!!!" |
Essa escolinha de natação da mamãe, digo, do Pedro, parece ser mesmo uma delicia :) Só faltou o filminho do mergulho de cabeça. Os leitores agradecerão...
ResponderExcluirTem Dia de Vovó,tem?????
ResponderExcluirEu Queroooooo
Mamãe foi boiar para brincar com o pequeno e o papai negligenciou sua principal função fora da piscina naquele momento: manter o garotão em segurança, sentado na borda! Mas passado o susto, gostei de saber que o rapazinho conseguiu se virar numa situação de risco. bjs
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