Então saímos preocupados da natação sem saber se seria um episódio isolado ou se o Pedro passaria a dar defeito na natação. Poxa, eram dias tão animados e o moleque ficava tão feliz na piscina. Seria muito ruim descobrir que a natação passou a ser uma obrigação. Mas esquecemos o assunto, fomos para o final de semana e resolvemos esperar para ver quais seriam as reações do Pedro.
Na dia da aula seguinte tudo correu normalmente na parte da manhã. Pedro acordou, brincou de “Buzz que voa”, comeu “guti” e ficou animado quando falamos que era hora de ir para rua e para a natação. Fomos cantarolando e saltitando pelo caminho, Pedro gritou feliz quando viu um ônibus e reclamou do “moço do baúlho” que estava na maldita obra lá na rua.
Quando chegamos na piscina ele correu para ver a piscina, “quix” trocar de roupa, foi lavar o pé com o papai e chamou o tio César para entrar logo na piscina. Durante todo este processo a mamãe ficou sentadinha no lugar habitual dela, sem mover um músculo para não dar a impressão de que estava indo embora. Tudo estava muito bem! Só que...
Fogo é o “só que”. Aparentemente crianças são seres muito instáveis. Bem, pelo menos a criança que eu mais conheço é assim. Está tudo bem, tudo numa boa, “só que”... demoramos para entrar na piscina. Acho que na ansiedade chegamos muito cedo e o professor ainda não tinha arrumado a piscina para aula (porque precisa levar brinquedo, macarrão, boia, bola, tapete...). Quando o Pedro viu o movimento começou a pegar brinquedos e jogar dentro da piscina. Uma mente vil e baixa poderia jurar que ele estava mirando na cabeça do professor, mas eu não acredito nisso.
O fato é que o Pedro achou mais divertido ficar atirando objetos na água do que entrar e começar a aula. Depois de algumas tentativas de “Tá bom Pedro, último brinquedo. Ok Pedro, segundo último brinquedo. Pedro, agora chega, só mais este. E este...” tive que forçar um pouco a barra para ele entrar na piscina e... não deu certo. O moleque entrou em modo “histeria” e não “quix” ficar de jeito nenhum.
É claro que isso causou uma comoção na piscina, pois todos estavam acostumados a ver o Pedro se acabando na água desde o primeiro dia. Tínhamos que segurá-lo para ele não entrar antes de todo mundo e naquele dia ele só dizia “Não quero. Bora. Rua. Casinha”. “Casinha” é foda, derruba a gente! Mamãe desceu para a beira na piscina, papai entrou de bermuda e tudo, todos os brinquedos foram espalhados pela água, mas não houve jeito. O moleque não “quix” e não entrou. Porque também não estávamos lá para forçar nada, né?
No máximo ele deu uma entradinha quando a mamãe pediu para ele me entregar um papel de nariz e depois outra entradinha para me dar um beijo no rosto, meio que desculpa por não ter ficado na piscina, e me chamar para ir embora logo para a “casinha”. Nós três saímos cabisbaixos e sem entender qual era o problema. O próprio moleque não sabia muito o motivo e, mais uma vez, ficou repetindo “não quix, não quix”.
Não tem problema filhão, sempre que você quiser papai estará lá na água esperando por você, tá? Beijos do papai-peixe.
"Mas eu era tão feliz nesta piscina... o que está acontecendo comigo?" |
Mas graças a Deus na última aula ele quix! Espero que continue querendo pois é maravilhoso ver o entusiasmo dele na aulinha de natação.
ResponderExcluirPoxa, a Li estragou o mistério para o próximo post... mas tudo bem porque das outras vezes que ele voltou à piscina, muita coisa aconteceu... :-)
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