Mesmo tendo alguns dos seus melhores amigos com ele, fez novas amizades. Mesmo estando acompanhado de seu próprio staf adulto (mamãe, papai, vovó Beth, didi e titio) não deixou de falar e conversar com outros adultos do hotel, como na hora que se pendurou no balcão para dizer "moço, consesta meu carstão que não está abrindo a posta? Meu quaxto é o um, um, tlês" ou quando abordou um casal com um bebê chamado Miguel na praia dizendo "sabia que na minha sala, que é do pré um, também tem um Miguel que é meu amigo?!".
Mas o mais legal é quando ele começa a usar novas palavras que está aprendendo, mesmo sem saber (ou será que sabe?!) exatamente o seu significado. Um dia desses ele me disse "Papai, hoje estou superficialmente triste". "É filho, ainda bem que é só superficialmente né?". Dizer o que numa hora dessas?
Quando fomos brincar de pirata na piscina ele foi logo escolhendo o nome de seu personagem. "Papai, eu sou o capitão infantil!". "Ah tá filho, então eu sou o capitão adulto". "Não papai, você tem que escolher um nome para ser você. O meu nome é infantil ué, capitão infantil".
Mas o incrível mesmo é quando ele cria o seu próprio idioma, mas de uma genialidade tão grande que mesmo ignorantes como nós acabamos entendendo de primeira.
Olhando os caranguejos no mangue ele me fala: "Papai, se sesse mais grande, era caranguejão, não é mesmo?". É filho, é mesmo. Se sesse seria.
Beijos do pai-do-poetinha
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