Páginas

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Personalidade

Vou contar aqui uma coisa que talvez muitos não tenham percebido ainda. Eu sou um pouco nerd. Sou sim! Apesar de não parecer, a minha faculdade de informática e alguns action figures (principalmente do Star Wars) estão aí para confirmar. Não sou um geek décimo dan mas, enfim... sou nerd, mesmo o pessoal do meu clube de RPG dizendo que não (rsrsrs essa parte é brincadeira).

Mas por que estou escrevendo sobre isso? Porque os nerds, bem como qualquer outro grupo, têm o seu próprio jeito de ver as coisas. Só para ilustrar, uma vez levei um amigo nerd décimo dan para ver a árvore de natal da lagoa. Quando chegamos, a Ligia falou "uau!", eu disse "está linda mesmo" e ele disse "nossa, deve ter um software bem robusto para controlar estas luzes todas".

Então, na minha maneira de ver as coisas, ter um filho representa (entre todas as milhões de outras coisas, sensações e sentimentos maravilhosos e impossíveis de descrever) uma enorme oportunidade de observar um ser-humano se formando. Para forçar a barra, representa a chance de ver em primeira mão, e até participar, do desenvolvimento de hardware e software de um sistema extremamente complexo chamado "pessoa".

É descobrir que, como pais, temos importância fundamental e até vital em seu desenvolvimento, afinal nos primeiros meses não passa de um tamagotchi que precisa ser limpo e alimentado em espaços curtíssimos de tempo. (no caso de um leitor mais jovem, favor substituir a palavra tamagotchi por pokémon go). (viram... NERD!!!). Voltando ao assunto... mas que, com o tempo, passam a se mostrar cada vez mais "pessoa". Com suas vontades, com sua personalidade, suas preferências, manias etc. Algumas herdadas, outras criadas.

Parece bobagem mas com o Pedro isso foi revelador. Acho que nunca falei isso para a Ligia (Mô, te amo, não vá ficar chateada ok? Tudo pelo jornalismo blogueiro imparcial... #soudapaz), mas em alguns momentos de crise e confronto entre ela e o primogênito causados por comportamentos muito especiais do pequeno, fui me questionar "por que será que eu não estou assim tão estressado com isso?!".

De repente percebi, como uma iluminação, que havia me preparado por 19 anos para lidar com aquele tipo de situação, afinal sou casado (e muito bem casado) com a fonte original daquela personalidade! Não que eu não me estresse várias vezes com o pequeno-grande, não que a minha personalidade seja o supra-sumo da "boa-pracisse-nerd", mas foi incrível perceber a repetição exata de alguns comportamentos da Ligia no Pedro. Algo que vem entranhado em seu DNA, não foi assimilado com a convivência.

Só para não ficar tão no abstrato, vamos a um exemplo (Mô, só para ilustrar tá? #nãoprecisabrigar). Assim como muitos de vocês não percebiam que eu sou nerd, talvez também não saibam que a Ligia é um pouco-muito dramática. Dramática tipo assim: Eduardo dirigindo o carro e preocupado com o trânsito...

Ligia: Ah não!
Eduardo: Que foi amor?
Ligia: Poxa, não acredito!
Eduardo: Oi amor, o que está acontecendo?...
Ligia: Putz, droga, cara não pode ser assim!
Eduardo: O que foi amor?! Alguém morreu? Entramos em guerra? Proibiram a Nutella?!
Ligia: Pior! Esqueci os óculos escuros em casa...

Ah tá.

Então, Pedro não é assim (ainda) por causa dos óculos escuros. Mas esquece o livro que ele separou para levar para a escola!... Pedro não chora (ainda) porque não tem roupa para sair ou porque a roupa está horrível e deixando ele gordo. Mas chora porque não tem um sapato que não incomode!.... E quando escuto a Ligia "Pedro, na hora de sair não dá para querer mudar de meia!!!" e me lembro das milhares de vezes que, já na garagem, ela voltou ("rapidinho que eu esqueci uma coisa") e voltou com uma blusa diferente... ou uma calça... ou um sapato... ou uma blusa, uma calça e um sapato diferentes, tendo esquecido apenas os óculos.

Mas, enfim, este post não era para falar de mim, ou do Pedro ou da Ligia, era para falar do outro pequeno, o pequeno-pequeno, então... Então, vou deixar para outro post porque este já ficou muito grande. Foi mal Bernardo, você chegou depois né?... Prometo que no próximo falo só de você!

Beijos do papai-que-vai-dormir-no-sofá-por-uns-dias



sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Para não dizer que não mostrei as fotos...

E para não dizer que não mostrei as fotos, seguem alguns registros do passeio ao Parque Olímpico...

No BRT em direção ao Parque.

Já na arena com o suco da caixinha verde.

"De cabeça pra baixo papai!"

Amarradão!

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Ginástica sobre Trampolim

Ir aos jogos olímpicos com o Pedro é uma experiência fascinante. Tivemos realmente muita sorte de viver em uma cidade que sediou os jogos e pudemos usufruir "em dias comuns" de experiências fascinantes sem precisar viajar para o outro lado do mundo.

Em um sábado desses fui sozinho com o Pedro assistir Ginástica sobre Trampolim no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Antes eu nem sabia que dar cambalhotas em uma cama elástica era esporte olímpico (se soubesse tinha investido mais na preparação do meu atletinha... quem sabe em 2028 ele não vai disputar uma medalha?...), mas procurando ingressos junto com a Li nos deparamos com a modalidade e achei que Pedro se interessaria. Como era em um sábado de eventos familiares, mamãe não pode ir e ficou com o Bernardo.

O legal é que o passeio já fica animado e interessante quando a gente coloca o pé fora de casa. Pedro já estava super excitado e fomos apostando corrida até a estação de metrô da Antero de Quental. Fizemos apenas algumas eventuais paradas no caminho para ver uma barata morta no chão ou comparar as logos de montadoras de carro (este assunto fica para outro post).

Chegando, Pedro já estava realizado em saber que andaria em um metrô novo, que ninguém havia andado ainda ("nem o papai? Nem a mamãe? Nem o vovô? Nem a vovó?"), e que este metrô sairia de um túnel direto em uma ponte quando estivesse chegando na Barra. Adorou a decoração da estação, adorou o trem, adorou olhar pela janela quando saiu do túnel. Só isso já valia o passeio, mas tinha mais pela frente.

Pegamos o BRT, um "ônibus azul gigante que se mexe no meio". O ônibus articulado virou a nova sensação do moleque, que na ida ficou com os olhos grudados no vidro mas no retorno quis voltar dentro da sanfona, soltando gritos excitados cada vez que o ônibus fazia a curva (e olha que tem um ziguezague de respeito na Alvorada). Só isso já valia o passeio, mas tinha mais pela frente.

Chegamos na estação com um mundo de gente animada, torcendo, cantando e Pedro adorando o movimento. Apontava cada novidade que via ("Papai, olha os moços da guerra! Eles estão tomando conta por causa dos vilãos", "Olha papai, o Vinícius" / "Não filho, este é o Tom" / "Papai, cada um chama do seu jeito!", "Papai, papai, você não acredita! Eu vi um moço das olimpíadas sentado naquela cadeira altona!"). Só participar deste movimento todo já valia o passeio, mas tinha mais pela frente.

Entramos e fomos direto para o estádio, pois o evento já tinha começado. Pedro achou o estádio lindo ("Uau, vamos naquele com o teto vermelho? Uau!..."), curtiu comprar uma cerveja para ganhar mais um copo (eu bebi a cerveja, ele ficou só com o copo) e achou incrível estar tão alto nas arquibancadas. Gostou tanto do estádio que quis ir ao banheiro fazer cocô (acho que o cocô é como se fosse um check-in que ele faz em vários lugares, tipo check-in do face saca?). Só isso (não o cocô, o resto) já valia o passeio, mas tinha mais pela frente.

Então os atletas começaram a pular. E aí... e aí, deixo o Pedro mesmo explicar qual foi a sensação...



Só isso já... bem, acho que vocês pegaram o espírito da coisa :-)

Beijos olímpicos.


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Casa da Suíca

Continuando o tema curtindo as Olimpíadas, resolvemos não só ir a jogos como visitar algumas casas. E dia 05, resolvemos ir com a Didi e o titio na casa da Suíça na Lagoa. Pedro se divertiu demais! Estava bem cheio, não conseguimos ir nas atrações de “neve” mas o pequeno participou da corrida de revezamento umas 500 vezes.

De lá curtimos um almoço gostosinho na casa da vovó Beth e, depois de deixar Bê em casa, partimos para a casa do Qatar mas por um erro de horário no site não conseguimos entrar.


Pedroca voltou meio frustrado mas acabou valendo o dia.








sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Segundo e terceiro dias da viagem

Olha que delícia

Bê fez muita farra

Com os amigos Gabi, Guiga e Carolina

Sonequinha deliciosa com o barulhinho do mar

Mas brincaram muuuito!

Enquanto a família lusa descansava,
alugamos um carrinho de golf que Pedro adora e fomos passear

Descobrimos um lugarzinho lotado de cotias (ou algo do gênero)
Depois Pedro foi levar o primo para conhecer a fazendinha,
enquanto fui dar jantar e banho no Bê

Finalmente, um lugar seguro...

Conversa animadíssima na volta

Hora do jantar

Acho que Pedroca já começou a dar low battery
No domingo não rolou piscina nem praia pois bateu um vento
tão forte, que fez guarda-sois voarem dentro da piscina e até
no teto do hotel. Quebrou o lindo candelabro de velas...
Então fomos nos abrigar no clubinho

Santi adorou o Bê e a todo momento dava beijo, abraço,
dizia como ele é fofo... 

Logo chegou a amiga Carolina

Advinha com quem Santiago aprendeu este salto?

Olha aí mais um ensinamento ninja

E, mais uma vez, Duda entra pra valer na brincadeira da criançada

Desta vez, rolou até passeio de charrete

Fim :-)

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Portobello com os primos portugueses

O primo Santi e a prima Sophia vieram para as Olimpíadas, pois tia Luba vai fazer a cobertura jornalística de algumas modalidades.

Então aproveitamos o primeiro feriado decretado pelo nosso Prefeito para viajar para o “hotel que tem uma praia e tlês piscinas” e passar mais tempo juntos. Foi uma delícia.

Pedro e Santiago brincaram e se divertiram demais. Houve sintonia e a relação fluiu sem desentendimentos ou rixas. Na verdade, devo confessar que Pedro ficou chateadão duas vezes pois o Santiago falou que ele era estúpido, o que na língua dele quer dizer tonto. Explicada a tradução, tudo voltou rapidamente ao normal.

Alías, abrindo um parêntese, é muito bonitinho o sotaque lusitano. E muito engraçadas algumas palavras. “Dinduda, está doendo muito o meu rabo!”

Sophia ainda é muito pequenina e não conseguiu acompanhar a dupla dinâmica. E, assim como o Bernardo, ficou doentinha lá.

É, gente. Bê ficou bem ruinzinho de gripe, a ponto de acordar na madrugada de sábado para domingo chorando tanto e com tanta febre que quase voltamos àquela hora mesmo para o Rio. Agora com dois, estas decisões são mais complicadas pois envolve tirar um deles do seu conforto. Então respiramos fundo, tentamos ficar o mais tranquilos possível e o remédio acabou fazendo efeito. Demorou mas resolveu!

A parte boa é que Bolota conseguiu aproveitar a piscina pela primeira vez. E amou!!! Ele adora banho então fiquei imaginando que para ele aquela piscina enorme seria mais ou menos como colocar o papai e a Didi do Pedro dentro de um lago de Nutella.

Tivemos a sorte de encontrar tia Gabi com a família toda no mesmo hotel, o que tornou os dias ainda mais legais.

Espero poder repetir o encontro, de preferência, em algum balneário europeu da próxima vez.







Olha que primeiro dia mais feliz... 
O próximo post será só de
outras fotos :-)





segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Olimpíadas


Nossa casa está em clima olímpico. É uma experiência única para nós, pois dificilmente viajaríamos atrás de uma Olimpíada. Além do que a cidade está com um clima ótimo, é um evento e tanto e pode-se dizer que está funcionando. 

Acho que meu entusiasmo e do Duda, aliado ao foco que a escola está dando ao evento, fez com que o Pedro estivesse totalmente inserido no contexto. 

Ele está adorando ir aos jogos, conhece cada modalidade e experimentou mais meios de transporte do que o pai e a mãe.

Hoje vou falar sobre nossa primeira incursão olímpica.

Dia 03 de agosto, fizemos um intensivão na companhia do amigo João.

Saímos de casa às 10h30 rumo à casa Lego. Tia Vanessa ficou na fila de cadastramento enquanto eu e as crianças fomos conhecer a exposição da Dinamarca. É incrível como o Pedro adora qualquer novidade. Ele olhou tudo, interagiu com o que podia e saiu feliz da vida com cartões postais de lembrança.

Como só conseguimos lugar na casa Lego para às 13h, aproveitamos para almoçar e Pedro pediu para comer na rua, enquanto tia Vanessa correu em casa para buscar os ingressos do jogo da tarde.

Partimos em busca de um restaurante que agradasse o pequeno. Entrei primeiro no Kilograma de Ipanema, mas já no corredor Pedro torceu o nariz. Eu insisti e fomos checar as opções no buffet. Quando ele viu o macarrão, quase caiu em tentação, mas logo foi reprovando o lugar alegando que não gostava de restaurante com televisão, pois atrapalhava ele comer.  Meu pai, como a genética é forte!  Depois de algumas negativas, ele finalmente elegeu o Bazzar dentro da Livraria da Travessa e foi bem legal.

De lá, voltamos para a Casa Lego. São apenas 20 minutos de permanência e Pedro ficou perdido com tantas opções de montagem e peças. Mas expliquei que o tempo era curto e ele elegeu a atividade do grande painel. Gostou tanto que repetiu três vezes. Comprou o lego dos mascotes e fomos embora.

(Aliás, obrigada ao vovô que foi até a Praça General Osório salvar o Lego para nós. Afinal, tinha uma grande chance de não conseguimos entrar com isto no jogo de futebol).

Ônibus do Metro, Metro até a Central e trem da Supervia até o Engenhão. Foi bem tranquilo e chegamos em cima da hora para assistir futebol feminino – BrasilxChina.

Pedro e João ainda deram entrevista para a Record. Muito fofo! E acertaram o resultado do jogo, garantindo uma aparição no jornal da manhã de quinta-feira.

Eu achei que Pedro não fosse querer ficar até o final. Mas ele amou, torceu horrores e quando acabou o primeiro tempo ficou triste. Ao saber que haveria um segundo tempo quis ficar.

Na saída, foi mais confuso, pois era um enxame de gente, fecharam a plataforma do trem por excesso de pessoas e eu acabei levando o pequeno no colo rampa acima para, no caso de alguma confusão, não correr o risco de soltar mão.


Resolvemos pegar um taxi e chegamos em casa felizes e realizados, às 19h30.

Dia divertido com o amigo João 

Dentro da casa da Dinamarca

Na fila do óculos de realidade virtual 
Engraçadíssima a reação dele:
"Mamãe, tô numa praia!"

Já depois do almoço, na entrada da casa Lego

Perdido sem saber muito bem o que fazer

Lindo!!!!!!!!!!!!!!!

Se encontrou na atividade das placas pro painel

Realmente muito legal. Queria voltar
quando a imagem estivesse pronta, para
ele realizar que foi parte de um todo.

Olha a concentração para a segunda placa.

Na piscina dos superblocos

Com os mascotes Tom e Vinícius

Chegando no Engenhão

Dando entrevista para a Record

Felicidade na chegada

Como eu estou feliz de curtir com ele este momento

Torcendo muuuito

Carinho da tia Vanessa