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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Ginástica sobre Trampolim

Ir aos jogos olímpicos com o Pedro é uma experiência fascinante. Tivemos realmente muita sorte de viver em uma cidade que sediou os jogos e pudemos usufruir "em dias comuns" de experiências fascinantes sem precisar viajar para o outro lado do mundo.

Em um sábado desses fui sozinho com o Pedro assistir Ginástica sobre Trampolim no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Antes eu nem sabia que dar cambalhotas em uma cama elástica era esporte olímpico (se soubesse tinha investido mais na preparação do meu atletinha... quem sabe em 2028 ele não vai disputar uma medalha?...), mas procurando ingressos junto com a Li nos deparamos com a modalidade e achei que Pedro se interessaria. Como era em um sábado de eventos familiares, mamãe não pode ir e ficou com o Bernardo.

O legal é que o passeio já fica animado e interessante quando a gente coloca o pé fora de casa. Pedro já estava super excitado e fomos apostando corrida até a estação de metrô da Antero de Quental. Fizemos apenas algumas eventuais paradas no caminho para ver uma barata morta no chão ou comparar as logos de montadoras de carro (este assunto fica para outro post).

Chegando, Pedro já estava realizado em saber que andaria em um metrô novo, que ninguém havia andado ainda ("nem o papai? Nem a mamãe? Nem o vovô? Nem a vovó?"), e que este metrô sairia de um túnel direto em uma ponte quando estivesse chegando na Barra. Adorou a decoração da estação, adorou o trem, adorou olhar pela janela quando saiu do túnel. Só isso já valia o passeio, mas tinha mais pela frente.

Pegamos o BRT, um "ônibus azul gigante que se mexe no meio". O ônibus articulado virou a nova sensação do moleque, que na ida ficou com os olhos grudados no vidro mas no retorno quis voltar dentro da sanfona, soltando gritos excitados cada vez que o ônibus fazia a curva (e olha que tem um ziguezague de respeito na Alvorada). Só isso já valia o passeio, mas tinha mais pela frente.

Chegamos na estação com um mundo de gente animada, torcendo, cantando e Pedro adorando o movimento. Apontava cada novidade que via ("Papai, olha os moços da guerra! Eles estão tomando conta por causa dos vilãos", "Olha papai, o Vinícius" / "Não filho, este é o Tom" / "Papai, cada um chama do seu jeito!", "Papai, papai, você não acredita! Eu vi um moço das olimpíadas sentado naquela cadeira altona!"). Só participar deste movimento todo já valia o passeio, mas tinha mais pela frente.

Entramos e fomos direto para o estádio, pois o evento já tinha começado. Pedro achou o estádio lindo ("Uau, vamos naquele com o teto vermelho? Uau!..."), curtiu comprar uma cerveja para ganhar mais um copo (eu bebi a cerveja, ele ficou só com o copo) e achou incrível estar tão alto nas arquibancadas. Gostou tanto do estádio que quis ir ao banheiro fazer cocô (acho que o cocô é como se fosse um check-in que ele faz em vários lugares, tipo check-in do face saca?). Só isso (não o cocô, o resto) já valia o passeio, mas tinha mais pela frente.

Então os atletas começaram a pular. E aí... e aí, deixo o Pedro mesmo explicar qual foi a sensação...



Só isso já... bem, acho que vocês pegaram o espírito da coisa :-)

Beijos olímpicos.


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