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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

E a bomba de água queimou

Este ano estreitamos laços com muitos pais da creche, foram viagens e saídas juntos, com e sem crianças, muito pela vontade conjunta de que esta amizade se fortaleça e consiga superar a falta do dia a dia.

E tudo isto nos levou a Terê com os especialíssimos Andrea e Cícero. Combinamos de ir no feriado que caiu no meio das nossas curtas férias com as crianças e portanto antecedido por uns dias no Portobello e que começaria com a festa de um amiguinho da escola em Itaipava.

Programação intensa e encadeada, inclusive com criança extra cuja mãe estava na Grécia. Chegamos no Rio na quarta final do dia, para subir na quinta de manhã. Duda foi direto para o mercado, eu fiquei em casa desarrumando e rearrumando malas e de repente liga Beth com a notícia de que a bomba de água de Terê tinha queimado e só poderia ser concertada na sexta, já que quinta era feriado. A possibilidade de frustrar 3 crianças era inaceitável então começamos partimos para uma operação viking! Duda saiu do mercado, pegou Matheus (a criança extra) na Criativa, deixou tudo aqui em casa e praticamente partiu para a Leroy Merlin. Enquanto isto, combinei com tio Ed dele levar a bomba na nossa casa já que antes iríamos para Itaipava. Então, da Leroy, Duda ainda foi deixar a bomba na casa da Fá.

Deu QUASE certo, pois descobrimos, já em Itaipava, que a bomba não serviu.  Mas o casal convidado era muito guerreiro e topou subir no perrengue e na certeza de que tudo se resolveria na sexta de manhã. Assim fizemos. E como diz minha atual "gurua", quando nos empenhamos, o universo conspira a favor.

Fim de semana maravilhoso! Se juntaram a nós na sexta para um churrasco, Andre, Aline e Gabi. O churrasco foi seguido de um delicioso arroz de carreteiro e a festa acabou passavam das 22h. Pedro se acabou com os amigos Matheus e Alice. Bernardo adorou Gabi e a farra na hora de dormir foi maravilhosa com todas as crianças no nosso quarto.


Espero que muitos momentos como este ainda estejam por vir.







terça-feira, 17 de outubro de 2017

Viagem no Tempo

Muita gente acredita que viajar no tempo é impossível. Einstein, por exemplo, apesar de seus méritos científicos não acreditava. Dizia que, se as viagens no tempo fossem possíveis, nós estaríamos recebendo visitas de viajantes do futuro. Já eu, acho simplesmente que tais viajantes não estão muito interessados em visitar o nosso tempo. Vivemos, quem sabe, uma espécie de baixa temporada de turismo cronológico. Mas, sem filosofar muito, recentemente pude provar que as viagens no tempo não só são possíveis, como são extremamente interessantes.

No final de semana passado, por exemplo, embarcamos em nosso carro e atravessamos a ponte Rio-Niterói em 2017. Mas quando chegamos ao nosso destino na Rodovia Amaral Peixoto, já estávamos de volta aos anos 80 ou 90, não sei bem. Era o condomínio Pent House, em Iguaba Grande, onde meus pais têm um apartamento há quase quarenta anos. Embora a viagem no tempo tenha alguns efeitos colaterais, como colocar em um mesmo espaço-tempo pessoas que viveram aquele período com outras que só nasceram há seis ou quase dois anos, tenho certeza absoluta que estava visitando uma outra época.

Era uma época onde podíamos passar o dia todo na lagoa sem se preocupar com mais nada. Ali tínhamos comida ("só 10 picolés por dia" + "no máximo 4 rissoles de camarão da Dona Matilde" + "um cuscus especial com pedaços generosos de coco e muito muito muito leite condensado"...), diversão (caiaque das 8 às 13, colchão-ilha-flutuante do pai da Laura, caça ao peixe-patê...) e arte (talvez o tipo de arte que não se conta em blog de criança para não despertar a fúria do MBL). Era uma época em que a moda restringia-se à sunga e aos chinelos que você usava, no máximo com um colar de búzios, e que a maior violência era a guerra de amêndoas. Bravos eram aqueles que pulavam da marina.

Pois foi neste tempo que a nossa família desembarcou sábado passado. Pedro mal podia acreditar que havia uma casa legal como aquela escondida na memória de nossa família e Bernardo logo encontrou uma borboleta para chamar de sua e fez amizade com algum moleque do condomínio. Ah sim, porque era o tempo das amizades com os moleques e as meninas do condomínio, algo que infelizmente não temos mais hoje em dia.

Aproveitamos ao máximo o dia de sol. Todos os moleques pularam da marina, caminharam pelo chão de pedra e lama da lagoa, pularam de um canto para o outro (que hoje chamamos de parkour, mas naquele tempo era só macaquice mesmo), ficaram cheios de areia, precisaram de vários banhos, encontraram maribondos gigantes ("marinbundas", como chamávamos naquele tempo). Não andaram de bicicleta porque preferiram o patinete e não ficamos tempo suficiente para que alguém caísse e aparecesse todo ralado.

Também não subimos nas árvores que, estranhamente, estavam muito mais altas do que costumavam ser. Aliás, percebi que a viagem no tempo tem estas distorções. A minha primeira impressão foi que o condomínio havia diminuído. As ladeiras que descíamos de bicicleta ou skate ficaram bem menos inclinadas e radicais do que eram na época. O condomínio também estava muito vazio, mas talvez eu tenha chegado na hora em que a turma toda foi caminhar até a ilha ou ao Popeye.

Mas se em algum momento houvesse dúvida de qual época estávamos, ela rapidamente era sanada ao se cruzar com o Pedro (não o nosso Pedrinho, o Pedro, funcionário do condomínio que estava lá nos anos 80 e continuará por mais de 30 anos, dizem que mesmo em 2017 ele continua trabalhando lá), ao caminhar-se pelo campo de futebol inclinado ou abrir a porta da casa de Nilton e Sonia com o mesmo chaveiro de sempre... aqueles mesmos quadros, as xícaras, o preto-velho, a planta da vovó Jacy e até o familiar cheiro de madeira-tijolo-maresia do apartamento. Depois disso tudo, será que alguém ainda duvida das viagens no tempo?

Beijos do Duda.

Tá tudo lá, mais ou menos no mesmo lugar.

Francesco + Anna, um barco que marcou época.

Não tinha uma casinha no final da marina?

Alegria, alegria, depois de pular nos braços do pai.

Bloco 4, Bloco 3, Bloco 2...
mal dá pra ver o Bloco 1.

Desta vez não fomos até "a ilha".
Fica para a próxima.

1,2,3 e...
só para quem tem coragem.

O Pombal tá lá.

O homem-vegetal também.

A planta da vovó Jacy.

Pedro sob o olhar do Preto Velho.

Soleil, soleil...

O que você quer da vida?

Tem tubarão neste "mar"?

Minha lagoinha tá meio sofrida, mas...

corre corre

Quem precisa de interfone ou celular?!

Desce!

:-)

Campo de Taco.

Viu?! Com certeza são os anos 90!
Se fosse hoje em dia,
seria um MP3 na camiseta!!!

A mesma mesa,
o mesmo banco,
a mesma chave,
a mesma xícara...



domingo, 1 de outubro de 2017

Carrinho de compras

Bernardo, por ser segundo filho e do mesmo sexo do primeiro, acabou usando praticamente só heranças do irmão. Mas uma das poucas coisas que compramos especificamente para ele e que fizeram enorme sucesso foi este carrinho de compras.

Ele fica andando com o carrinho pela casa e jogando tudo o que vê pela frente dentro. Quase que diariamente, ao sair de casa, ele pega o carrinho. Aí entre um trabalho de convencimento para que ele deixe estacionado na portaria com o Manuel, pois senão é mais um item para cuidar na rua. Às vezes falha e ele acaba saindo todo fagueiro com o carrinho. E, claro, vamos até o destino escutando o quão fofo, lindo e demais é nosso pequeno ser.


E é mesmo. Muitas vezes, ele capricha no visual e se torna ainda mais irresistível. Mas o irmão não fica para trás e mesmo tendo perdido o appeal que paira sobre os bebês, ele acaba encantando com sua simpatia e educação. 

No dia da novidade, ele leva
 o carrinho para a creche. Olha a figura!

Dia em que o carrinho ficou na portaria,
mas saiu de colar e comendo biscoito de
arroz, amarradão! Porque o bolota vai
do biscoito de arroz ao brownie!