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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Perto do Fim da Moleza

Minha moleza está acabando e não só morrerei de saudade do Guigo como também de pena de não estar mais ao lado dele a cada descoberta. E todo dia tem novidade.

Este fim de semana Pedro finalmente conseguiu pegar seu pé. Há algum tempo ele vem segurando o joelho e jogando a perna para cima, provavelmente na tentativa de chegar no pé.  Mas só domingo ele teve sucesso. Além disso, agora nosso molequinho põe a mão direita na cabeça como se tivesse pensando. Muito fofo.

E está cada dia mais contente e conversador. Domingo foi aniversário da tia Tatá e Pedro se divertiu pra valer. À noite ainda recebeu a visita dos dindos Nando e Ju, riu todas e “falou” bastante novamente. Novos barulhinhos estão surgindo e ele já consegue ficar acordado por mais tempo sem grandes aflições. No dia seguinte à farra, ele só dorme, mas vale cada segundo de alegria anterior.

Ontem foi o primeiro dia da Salete e parece que tudo vai dar certo. Pedro foi só sorrisos para ela e da Carminha ele já é fã mesmo. Então acho que elas farão uma boa dupla até janeiro, quando o Pedro irá pro coleginho.

Mas confesso que estou com o coração apertadinho com a perspectiva de ficar longe do meu filhote por tanto tempo.

bjs



A famosa Carminha


E vamos pegar o pé!

Viva a tia Fá

Parabéns, tia Tatá!

Bebê conversinha

Saudade, dindo Nando!

domingo, 28 de agosto de 2011

Quando papai e mamãe ficam muito ocupados

Papai e mamãe estavam tão ocupados esta semana que quase não escreveram no meu blog. Resolvi tomar uma atitude, até porque eu vim ao mundo cheio de atitude, e escrever por eles. Esta semana fiquei chateado com o papai. Cheguei a virar a cara depois que ele veio cheio de gracinha pra mim. Vocês acreditam que ele foi capaz de ficar horas e horas aqui em casa, sentado na frente do computador, enquanto eu brincava e fazia várias peripécias no meu tapetinho? Tudo bem que era segunda-feira e ele estava preparando um trabalho, mas é o fim da picada!

Passou logo. Depois de umas três ou quatro tentativas dele, olhei bem no fundo dos seus olhos, pensei por um segundo e resolvi lhe dar um sorrisinho. Ele merece. E o castiguinho que eu dei foi suficiente. Mas foi por causa de todo este trabalho que ele não conseguiu escrever aqui no blog. Já a mamãe é outra história. Ela não está trabalhando e quem tem deixado ela super ocupada sou eu mesmo! Mamãe é muito legal, então eu adoro brincar com ela. O tempo todo!

No domingo passado eu acabei não indo ao batizado do meu primo João Marcelo. É que o tempo estava muito ruim e mamãe e papai acharam por bem não me levar para a rua. No início fiquei meio chateado porque eu queria muito ver o meu primo. Mas aí a minha dinda apareceu aqui para tomar conta de mim junto com o tio Renato. Foi tão divertido que eu acabei ficando feliz. Aliás, foi a primeira vez que meus pais saíram por tanto tempo e me deixaram com eles. Fiquei tão feliz que quando eu conseguir ficar de pé vou até fazer uma dancinha que o tio Rê me ensinou.

Esta semana continuei praticando a arte de virar de bruços. Também estou aprendendo a dar uns passinhos enquanto mamãe e papai me seguram pelos braços. Eu adoro, mas mamãe e papai me disseram que antes de andar eu tenho que sentar e depois engatinhar. Mas estou com tanta pressa de sair correndo por aí! Bem, paciência. Esta semana também aprendi um som novo. É "Ma!". Papai acha que eu já estou começando a chamar a mamãe assim, mas mamãe acha que não, que é apenas um sonzinho novo. Não vou dizer o que é, fica sendo um mistério e um segredo meu até eu conseguir completar a frase...

Esta semana que passou também recebi várias visitas. O moço do coco veio sexta-feira junto com a vovó Ana. Na quarta-feira a dinda Fê veio com a vovó Beth. A vovó Ana trouxe presente para o meu batizado, que está chegando. Aliás, papai pediu para avisar a todos que ele vai ter uma crise de riso no altar. Não é nada pessoal com o padre, é que ele sempre tem crise de riso quando começam a rezar na frente dele.  É a maior vergonha em missa, batizado e enterro.

Ele também vai ficar lembrando da história que contaram para ele sobre o batizado da mamãe. É que o padre ensinou todo mundo a responder direitinho. Quando ele perguntava "Renuncias a satanás?", todos deveriam responder "Renunceio!". Desde este dia papai aprendeu a responder assim e vai ser muito difícil responder certo no meu batizado. Desculpem ele, tá?

Beijos,

Guigo

"Essa é a vovó Ana"

"Este é o tio Rê"

"Esta é a dinda Fê"

"E aqui estou batendo um papo com o meu primo João Marcelo"

sábado, 27 de agosto de 2011

Complicado e perfeitinho

Os Raimundos usaram a frase que me apropriei e coloquei como título deste post para falar da relação com uma mulher de fases, que mudava de acordo com o calendário (que eles chamam de folhinha, coisa que eu nunca entendi... Quem inventou de chamar calendário de folhinha???). No meu caso não vou falar de uma mulher de fases, vou falar de um bebê sempre perfeitinho, mas por vezes complicado.

Em primeiro lugar quero dizer como é difícil para nós, pais e apaixonados, admitir que existem momentos ou características "complicadas" em nosso bebê. O amor é tão grande que parece que estamos cometendo um delito gravíssimo! Que tipo de pai eu sou? Pensar nisso já é um pecado, escrever isso para a posteridade então...

Mas, por outro lado, acho que externar este assunto também é uma maneira de aceitá-lo como normal. Quando o Guigo nasceu me surpreendi ao perceber que a vida se tornaria mais completa a partir daquele momento. Este pedacinho de gente nos transforma e gera um tipo de amor impossível de prever ou explicar. É um sentimento diferente, forte e gostoso.

Mas isso não quer dizer que o menino irá se comportar exatamente do jeito que gostaríamos o tempo todo. Afinal ele não é um tamagoshi, é uma pessoinha que já tem vontades, personalidade e veio cheio de argumentação. E, muitas vezes, ele se comporta de um jeito que cansa bastante.

Admito que o primeiro a perder a paciência com ele fui eu. Lembro que foi na época em que eu ainda estava de licença e no meio de uma madrugada o Pedro não parava quieto durante a mamada. Tanto fez que acabou golfando na roupa e a minha reação imediata foi dar uma bufada e dizer "porra Pedro!". Falei isso e o menino ficou com aquele olhar fixo de bebê, sem dizer nada mas dizendo tudo.

A culpa e a dor na consciência são imediatas. Como é que a gente pode perder a paciência com aquela coisinha que amamos tanto? Quando contei isso para a minha mãe ela ficou emocionada e assustada. Ela associou o perder a paciência a dar uma bronca ou uma palmada no menino e chegou a ficar com os olhos cheios de lágrimas.

Não foi o caso de dar bronca. Também não foi o caso de dar palmada. Mas foi a percepção de que nós mesmos não conseguimos agir sempre da maneira que gostaríamos. Então não temos o direito de achar que o nosso bebê irá agir e reagir sempre de forma perfeita, apesar dele mesmo ser perfeitinho!

Isso tudo foi dito (escrito, na verdade...) com muita dificuldade. Repito, não são coisas das quais nos orgulhamos e gostamos de admitir. Mas este blog também serve para nos ajudar a manter o pé no chão e lembrar que somos apenas três seres-humanos que se amam muito e estão se adaptando a uma vida nova. Uma vida complicada e perfeitinha.

Pedro, desculpe seu pai por todas as vezes que ele perder a paciência com você na vida, porque ele já perdoou você por todas as vezes que você o fizer perder a paciência.

Beijos do pai mais complicado que perfeitinho.


"Este é o meu novo companheiro de berço"

Concentrado vendo TV

Que friozinho...

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Dormonid baby

Pedro continua se esforçando todos os dias para ficar cada vez mais acordado. Ele agora vai dormir mais tarde e acorda mais cedo. Em todas as tabelas que olhamos, bebês da idade do Pedro devem dormir ao menos dez horas por noite. Por mais que mostremos estas tabelas para ele, façamos conta e provemos por A mais B que ele não está cumprindo o tempo regulamentar, antes do sol nascer o menino já está fazendo força para acordar.

Já reduzimos o ritmo das brincadeiras e os estímulos enquanto ele está acordado, já estabelecemos uma rotina para dormir, já escolhemos uma música, as luzes são reduzidas conforme vai chegando a hora de dormir, mas o garoto tem mostrado sua personalidade. Não vai dormir só porque os adultos querem!

Hoje, por exemplo, ele deu um grito de satisfação quando finalmente despertou. Foi um grito de conquista, só faltou levantar os bracinhos. Só que ainda não passava muito das cinco! Se eu descobrir quem foi que leu para ele aquele post que dizia para gritar às cinco da manhã...

Enquanto isso papai e mamãe vão ficando cada vez mais com cara de zumbi. Outro dia a Ligia perguntou se esta fase não passaria logo. Respondi que sim, passaria logo que ele começasse a chegar em casa depois das cinco da manhã, voltando da farra.

Será que colocar dormonid na mamadeira uma vez uma semana causa dependência?

Beijos do pai-zumbi



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Iemanjá

Desde criança sou fascinado pelo mar. Desde criança também aprendi que é preciso ter muito carinho e respeito por ele. Em Iguaba ficava três ou quatro horas direto dentro da lagoa. Depois passei a freqüentar Búzios, Barra da Tijuca, Prainha... sempre muito mais tempo no mar que na areia.

Não levei jeito para o surfe, esporte que ainda tenho planos de aprender, quem sabe, junto com o Pedrinho. Mas me tornei um mergulhador fascinado. Primeiro em apnéia e depois com scuba e tudo o que tenho direito. Fico muito à vontade no reino de Netuno.

Desde que me entendo como peixe, também passei a maioria dos meus réveillons à beira d'água e sempre corri logo após a meia-noite para dar o primeiro mergulho do ano e jogar flores para Iemanjá. Foram tantas que já me considero quase íntimo, tipo um amigo próximo.

Pois bem, quando soube que iríamos levar o Pedro, em sua primeira viagem, para um hotel em frente ao mar verde da baía de Angra, anunciei: "vou molhar os pezinhos do Pedro no mar. Vou apresentá-lo ao mar!!!". No primeiro dia o vento não deu trégua e comecei a ficar preocupado se meus planos não iriam pelo ralo. Mas no domingo o sol apareceu com força e o Guigo teve a oportunidade de dar o seu primeiro "mergulho".

Na verdade não foi bem um mergulho... foram só os pés mesmo. Mas algo muito interessante aconteceu. Fui levando o Pedro no meu colo em direção ao mar e até aquele momento não tinha pensado em Iemanjá. Só quando cheguei na beira do mar achei que deveria apresentá-lo à Rainha do Mar, à Mãe cujos filhos são peixes.

Como eu não tinha ensaiado nada, acabou que falei baixinho bem perto do ouvido do Pedro para que só ele e Iemanjá ouvissem, mais ou menos assim: "Iemanjá, este é o Pedro, meu filho. Estou trazendo ele aqui para apresentá-lo a você e pedir que o proteja e cuide dele todas as vezes em que ele entrar em suas águas. Obrigado Iemanjá". Quando terminei de falar, Iemanjá mandou uma onda abençoada que molhou os pés do Pedro.

Filho de peixe, peixinho é.

"Iemanjá, este é o Pedro, meu filho..."

Água do mar no pé do Guigo!

"Gostou?"

Pezinhos molhados

Orgulho do papai e da mamãe

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Como escolher uma madrinha


Escolher uma madrinha para o Pedro foi mole por duas simples razões: excesso de amor pela minha madrinha e excesso de amor pela minha irmã. Muita gente me questionou a respeito da decisão, afinal, segundo a maioria das pessoas que conheço, irmã da mãe já é tia.  Para mim, não é bem assim. Madrinha não pode simplesmente ser uma pessoa querida. Tem que ser A pessoa que você tem absoluta certeza que será uma verdadeira mãe para seu filho em uma eventual ausência sua.

Além disto, seria bem bacana se a madrinha fosse presente e curtisse de montão o Pedro, porque se ele puxar a mãe, vai valorizar ter DINDA. É delicioso poder encher a boca e falar “porque a minha DINDA….”. Eu tirei a sorte grande quando minha mãe resolveu escolher a irmã dela para ser minha madrinha.

Minha DINDA é tudo o que eu poderia esperar de uma madrinha. Ela sempre cuidou de mim como uma verdadeira mãe, mesmo a minha estando super presente (graças a Deus). Não ficamos mais de 15 dias sem se ver, só se estivermos viajando. Ela sempre me ligou semanalmente e, depois do nascimento do Pedro, diariamente. Faz questão de estar sempre comigo, agora de estar sempre com o Pedro, preza pelo meu bem estar fisico e psicológico e me enche de carinho. Temos milhares de coisas em comum e muito disto, provavelmente aconteceu por esta proximidade e afinidade.
Não foi à toa que virou minha madrinha de casamento e que agora será realmente dindavó do Pedro.

Se eu não fosse tão ciumenta, ela seria a DINDA das 4 primas, pois todas tentaram chamá-la assim, mas eu lato e MORDO! Então só mesmo minha destemida irmã para encarar tamanha ousadia.

Enfim, este post é só para dizer que eu tenho a melhor DINDA do mundo e que certamente o Pedro também terá. Feliz aniversário dindinha!!!!!!!

Milhões de beijos no seu coração,
Li

P.S.: hoje faz um ano que descobrimos que o Pedro estava há caminho!



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Goooooooooooooooooooool!!!!

Quando você tem um filho algumas coisas que já faziam parte do seu dia a dia simplesmente passam a lhe incomodar muito. Moramos em uma rua residencial, relativamente tranqüila e bem silenciosa, mas o caminhão de lixo resolveu passar todos os dias às 23:00h. Um segundo caminhão de lixo vem depois por volta das 3:00h da madrugada. Mamãe nunca ouviu os caminhões, provavelmente porque já estava dormindo nestes horários. Bons tempos...

Agora, quando o caminhão das 22h passa, mamãe já está dormindo. Na verdade, estaria dormindo mesmo que eles passassem duas horas antes porque agora adotamos o horário do Guigo. Quando ele dorme, corremos para a nossa cama e esperamos o sono chegar. No caso da mamãe o sono geralmente vem antes dela chegar na cama e já estou vendo o dia em que ela vai dormir na porta do nosso quarto, encostada na parede.

Mas o sono da mamãe agora está muito mais alerta e quando o caminhão passa, palavras saem da sua boca. Algo como "vão acordar o meu bebê". O caminhão incomoda, mas nem tanto quanto a vizinha que bate as portas quando chega em casa. Ela pega o elevador do outro lado do corredor e bate as duas portas que separam os halls sociais até chegar a seu apartamento. Quando entra em casa, bate a sua própria porta com toda a força!

Várias vezes este hábito tirou o Pedro de um sono tranquilo e, cada vez que isso acontece, mamãe dispara descargas de maus fluidos em direção à nossa querida vizinha. Outro dia, não sei se foi coincidência, a senhora batedora de portas fez um outro barulhão no corredor. Mas desta vez não foi batendo a porta, mas sim a cara esburrachada no chão. Poder de mãe é sinistro...

E o futebol de quarta-feira à noite? Quem foi que disse que é ok gritar feito um louco na janela, tarde da noite, porque o Ronaldinho Gaúcho fez gol? Ele é pago para isso e se eu quisesse saber de seus gols, assistiria a tv. Não preciso que o meu vizinho grite como um louco às dez da noite para me avisar!

Como eu e meus vizinhos estamos freqüentando horários diferentes, pensei em comemorar as minhas vitórias do mesmo jeito. Todo dia às cinco da manhã eu vou para a varanda e grito "Tooooomoooouuuu!!!! Foram 150!!! Valeu Guigo!!! Mamou tuuuuuuuuuuudo!!!! Leeeite! Leeeite!!!".

Beijos do pai torcedor




terça-feira, 16 de agosto de 2011

Conquista

Mamãe tem muita sorte quando está perto do nosso pequeno e presencia uma conquista ao vivo. Esses momentos, na opinião do papai, são os mais bonitos no crescimento de um bebê. Vê-lo absorvendo o tanto de conhecimento, sentimentos e sensações que o mundo lhe oferece e transformar isso tudo em uma nova conquista, um novo marco, é gostoso demais.


Há alguns dias Pedrinho vem tentando virar-se sozinho. Está cansado de ficar deitado sempre na mesma posição, com a barriga para cima.


Então sempre que tinha oportunidade tentava ficar de bruços. Mas é muito difícil coordenar braços e pernas e ainda equilibrar a bochecha para o lado correto.


Acabava que ele, no máximo, conseguia ficar meio de lado com as perninhas balançando. E aí ficava irritado! Dava para imaginar o que se passava em sua pequena enorme cabecinha. Algo como "mas poooooor quê? Custa virar? Que dóóóóó!"


Acho que tudo piorou depois que ele conheceu o primo João Marcelo, que é um pouco mais velho. Logo que tiveram oportunidade bateram um papo na língua dos bebês...


Pedro: oi, você que é o João, meu primo?
João Marcelo: sou eu mesmo. E você deve ser o Pedro, né?
Pedro: sou eu mesmo. Me conta aí, o que você tem feito?
João Marcelo: nada demais. Só ficando de bruços...
Pedro: sério? E como é que você consegue?
João Marcelo: calma Guigo, daqui a pouco você consegue também.


Só que o Pedro veio sem o opcional "espere que seu tempo vai chegar". Ele saiu da barriga da mamãe antes de sua instalação. E lá foi o nosso menino tentando, tentando, tentando... Até que finalmente conseguiu!


Parabéns meus filho.

domingo, 14 de agosto de 2011

Primeiro Dia dos Pais!


Eu estava muito ansioso para este dia chegar! E quero que ele fique na sua memória para sempre. Escolhi um presente para ajudar a lembrá-lo. Falta gravar “melhor pai do mundo!”
O seu amor, seu carinho e suas brincadeiras fazem de mim o bebê mais feliz de todos. Às vezes, eu fico aborrecido de saudade, afinal, passamos um tempão juntos, é maravilhoso e, de repente, você some. Isso não se faz. A mamãe me explicou que você não some, vai trabalhar para poder me criar direitinho. Eu entendi, mas se eu me esquecer e acabar reclamando novamente, não fique triste. Me pegue no colo, me dê um banho gostoso e tudo vai ficar bem.
Quero crescer logo para fazermos juntos todas estas coisas legais que você promete. E eu prometo ser bem levado, mas obediente.
A mamãe está me ensinando a falar ‘papai’. Ela te ama muito mesmo, pois quer que eu fale ‘papai’ antes de ‘mamãe’… isso não é qualquer mãe que faz não! Eu tô treinando, mas é tão difícil esta coisa de falar. Faço a maior forca, um bico enorme e não sai do jeito que eu quero. Pelo menos, de alguma forma, você me entende.
Teremos ainda muitos dias dos pais para comemorar e muita história divertida para contar, ou melhor, escrever no meu blog. Vamos aprontar todas e deixar a mamãe doida. Mas uma doida feliz demais.
Eu tenho muito orgulho de ter um pai como você e vou me comportar para que você tenha muito orgulho de ter um filho como eu.
Te amamos (escrevi no plural pois sei que você adora e a mamãe também te ama)!
Bj no coração,
Guigo





sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Alegria e angústia

Cada mês que passa eu tenho vontade de escrever um novo texto sobre a paternidade. Ser pai é uma aventura e a sensação que eu tenho é justamente que estou navegando cada vez mais profundamente nesta terra desconhecida. Chego ao final de cada dia com uma opinião formada sobre a experiência. Só que os dias passam e a opinião vai mudando.

Ter um filho é ter muita alegria e felicidade todo o tempo! Cada vez que os nossos olhares se cruzam, que ele resolve dar um sorrisinho ou balbucia um som diferente a vida parece já ter valido a pena. Quando me aproximo e sinto o cheirinho dele, fico apaixonado. Quando ele segura com força o meu dedo fico achando que ele não quer que eu me afaste. Enfim, é difícil acreditar que existia vida antes do Pedro.

Mas ter alguém tão importante na sua vida também é muito angustiante. Vivemos com a ilusão de que o nosso pequeno terá apenas experiências boas, dias de prazer e relaxamento e que nada de ruim irá atrapalhar o seu alegre desenvolvimento em direção à vida adulta. Mas como diria Joseph Climber, a vida é uma caixinha de surpresas e nem sempre os dias são só alegria.

Nosso menino, graças à Deus, nunca teve nada realmente grave. Tomamos um sustão com a história da cirurgia de hérnia e acho que ainda estamos um pouco traumatizados, mas além de ter dado tudo certo, sabemos que é uma cirurgia bastante comum e simples. Mas a verdade é que não precisa ser nada grave, sério ou forte para atingir os pais em cheio. Qualquer chorinho, qualquer sofrimentozinho, é capaz de nos derrubar. Porque, como eu disse, estas pequenas angústias não estão em nossos planos de vida perfeita para o nosso filho.

Guigo, por exemplo, está com refluxo. Acho que refluxo em bebê é tão comum quanto pum na terceira idade. Mas há três noites Pedrinho começou com um chorinho enquanto dormia até que acordou gritando como se tivesse tomado uma vacina. Nestas horas a adrenalina do pai vai às alturas e passamos do estado "dormindo" para o "pronto para qualquer guerra" em nanosegundos.

Fomos ao médico, ele passou os remédios que quase todos os filhos dos meus amigos tomaram e nosso menino já dormiu e mamou muito melhor na noite passada. Mas papai e mamãe ainda estão alertas e um pouco angustiados. Além de alegres e apaixonados.

Beijos do pai.




quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Carro

Voltando a falar da viagem, uma parte vital é o deslocamento pela estrada. Este também seria um teste importante para o nosso menino. Ele nunca tinha ficado tanto tempo no carro e queríamos saber como ele se comportaria. Era a maneira de descobrir o quão longe poderíamos ir sem que ele ficasse desconfortável ou irritado. Até agora Vargem Grande tinha sido sua fronteira mais distante.

Então veio o planejamento: Guigo mama às 13:00 e o horário ideal para pegar a estrada seria às 14:00h. Uma hora depois da mamada e duas horas antes da próxima. Ou seja, como o deslocamento deveria durar em torno de uma hora e quinze minutos, a viagem caberia exatamente entre a digestão e a fome. Assim fizemos e exatamente às 14:05h estávamos em nosso carro. Aliás cabe aqui um elogio à Ligia que, como sempre, organizou tudo direitinho. Quer dizer, pensando bem, não cabe aqui o elogio... cabe em um post completo que irei escrever no futuro.

Pé na estrada e o Guigo enfrenta o seu primeiro grande engarrafamento... na Lagoa. Logo ali, foi só dobrar a esquina e o trânsito estava todo parado. E como foi que ele encarou este problema? Como a maioria das crianças faz no carro: dormindo! Pedrinho dormiu na primeira esquina e só foi acordar dentro do hotel. A viagem acabou durando bem mais por causa das retenções na Lagoa e ao longo da Avenida Brasil.

Foi uma sorte o Pedro ter dormido o tempo todo porque, afinal, ninguém que está começando a conhecer o mundo merece ser apresentado à Avenida Brasil de cabo à rabo. Eita lugarzinho feio, mal cuidado, cheio de motoristas mal educados e longo. Não sei onde fica o inferno, mas poderia jurar que está entre a Avenida Brasil e a Voluntários da Pátria.

Enfim, voltando ao assunto, Pedro acordou com fome logo que passamos no portão do hotel. Mamãe, que já estava atenta, sacou uma mamadeira cheia e providenciou sua alimentação ali no carro mesmo. Neste meio tempo papai cuidou das bagagens e do check-in no tempo justo para levantar o Guigo no colo e esperá-lo arrotar. Excelente trabalho de equipe! Engraçado foi que o moleque dormiu o tempo certinho enquanto a mamãe, que sempre dormia na estrada, ficou acordada pela primeira vez.

A volta foi bem mais rápida, sem trânsito. Mas o Pedro já tinha aprendido e dormiu novamente logo que o carro passou no portão do hotel e só acordou na porta de casa. Agora, como o moleque dorme o tempo certo mesmo a volta tendo durado apenas a metade do tempo da ida eu não sei. Deve ter puxado esta habilidade da mamãe.

Beijos do papai viajante.



terça-feira, 9 de agosto de 2011

Moço do Coco


Oi gente!

Hoje é aniversário do moço do Coco. Minha mãe me contou que o nome dele é Vovô e ele é um cara bem legal. Além de trazer os cocos que eu tanto amo, ele sempre vem me visitar e fica um tempão me divertindo. Ele andou sumido por uns tempos, papai me contou que ele tinha ido para um tal de Portugal. Não entendi o que ele foi fazer, já que lá não tem coco e eu fiquei aqui cheio de saudade. Mas ontem ele foi lá em casa novamente junto com a Vovó Sonia e cheio de presentes.

O moço do coco também é muito legal porque sabe fazer música com a boca. Vovó Linda disse que ele assovia muito bem e ele ficou todo bobo. Eu também acho que ele assovia bem, mas não sei falar isso para ele ainda. Fico rindo e balançando as minhas perninhas para ele não parar.

Mamãe me contou que ele hoje vem almoçar comigo e vamos cantar parabéns juntos para ele. Agora que ele tem coragem de me pegar no colo, vou pedir para ficar com ele e soprar as velinhas também porque ontem foi o meu mensário, só que eu acabei dormindo antes do parabéns. Bebê é fogo, a gente luta luta e quando percebe está dormindo no colo do papai!

Mas então é isso, parabéns moço do coco... quer dizer, vovô.

Beijos,
Guigo


domingo, 7 de agosto de 2011

A Primeira noite fora

Nesta viagem, entre outras descobertas, Guigo aprendeu que dormir fora de casa nem sempre significa passar a noite no hospital. Então ele passou sua primeira noite em um quarto de hotel e o resultado foi uma noite boa, mas um pouquinho tumultuada.

Escolhemos um hotel de praia para a primeira viagem do Pedro porque achamos que ele poderia não se dar tão bem em uma viagem para a serra. Ao invés de enfrentar o frio de Teresópolis, por exemplo, planejamos o sol da Costa Verde, com direito a molhar os pezinhos no mar.

Mas chegamos no hotel e encontramos um frio glacial! Parece que ligaram um ar-condicionado gigante em Mangaratiba e outro em Angra dos Reis e apontaram os dois para o nosso hotel. E o vento fazia a curva bem no nosso quarto.

Por mais preparados que estivéssemos, também foi a primeira vez que o Guigo enfrentou uma friaca digna daquelas que os bebês do Canadá tiram de letra, mas que os bebês cariocas só conhecem quando estão dentro do quarto com o ar-condicionado ligado no frio congelante.

A consequência direta e imediata foi que o menino começou a mamar mais. Deve ser algum instinto de sobrevivência genético, algo como "que azar, me colocaram dentro da geladeira, então é melhor eu comer o que tem antes que a luz se apague". Como tudo o que entra tem que sair, o volume de xixi também aumentou consideravelmente e aquela troca de fralda que inocentemente deixamos de fazer para não acordar o menino foi fatal.

No meio da madrugada o moleque acorda todo molhado e gelado. Papai e mamãe que estavam se achando super-safos com o banho no chuveiro do hotel e a troca de roupas em um trocador improvisado com um travesseiro de penas de ganso sobre a pia, perceberam que tinham dado mole. É claro que o menino acabou despertando depois que tivemos que trocá-lo por inteiro. Ainda deu uma golfadinha na roupa nova e abriu o sorrirão tipo "oba, acordei e quero brincar!".

Pedrinho só relaxou um pouco depois que deitou no calorzinho entre o papai e a mamãe na nossa cama. E então conseguimos dormir mais um pouquinho para nos prepararmos para o novo dia cheio de aventuras que se aproximava lá fora.

Beijos do papai-pingüim


sábado, 6 de agosto de 2011

A Primeira Viagem

Quem nos conhece sabe que viajar sempre foi uma de nossas paixões. Desconfiamos que o Pedro também tenha vindo com esta característica de fábrica, pois um dos lugares que ele mais gosta na casa é em frente ao mapa onde marcamos as cidades que visitamos. Ele é capaz de ficar minutos (quando se tem quase quatro meses, minuto é um tempo muito precioso!!!) inteiros olhando os países que fomos e que vamos.

Munidos desta confiança e de bicho carpinteiro trouxemos o Pedrinho para a primeira viagem. Escolhemos um hotel de praia que costumamos freqüentar a 100km do Rio de Janeiro. Viemos passar duas noites, mas na mala trouxemos bagagem para uma semana inteira.

Além de roupas e calçados, vieram vários equipamentos como o berço portátil, o esterelizador que não tem nada de portátil, banheira inflável, bomba de ar para encher a banheira, várias mamadeiras, esponja limpinha para as mamadeiras, esponja limpinha para a banheira, roupa de cama, toalha, carrinho... O Pedro quase ficou no Rio porque não tinha espaço para ele!

Também vieram a vovó Beth, dinda Fê e tio Rê para dar um apoio. Ainda estamos acompanhados da Cati e seus pais. Luiz, o polvo pirata, e a Gestrudes, a girafa de pescoço enrrugado, também vieram fazer companhia para o menino. Os planos era trazer ainda a vovó Sonia, o vovô Nilton, o dindo Nando e a dinda Ju, mas como eles estão marcando os seus próprios mapas de viagem do outro lado do oceano, fica para a próxima.

Quando o caminhão de mudança em que nos deslocamos chegou ao hotel foi aquela festa! Viva ao novo hóspede e que ele seja muito bem-vindo.

Beijos do motorista do caminhão.





quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Alguns novos cômodos

Faço terapia há mais de um ano e agradeço a um amigo meu por ter desconstruído um preconceito em mim. Antes eu enxergava a terapia como um tratamento. O sujeito tem um problema na cabeça, procura um especialista em cabeça, vai a algumas consultas e depois recebe alta. Resolveu o problema e pode tocar a sua vida, partir para a luta. Foi conversando com este amigo que passei a ver a terapia muito mais como um exercício contínuo. Mais ou menos como ir à academia ou correr todos os dias na praia, só que ao invés de exercitar o corpo, a ginástica é mental. Fazer terapia é dedicar um tempinho ao exercício da nossa mente. Quando comecei, percebi que a minha cabeça estava um tanto sedentária em algumas questões.

Mas este blog não é para falar da minha terapia, é para falar do Pedrinho. Introduzi este assunto porque a minha terapeuta usa uma metáfora sobre a nossa mente que eu acho muito bacana. Ela diz que a nossa cabeça é como se fosse uma casa cheia de cômodos. Em geral estamos muito confortáveis e usamos bastante alguns cômodos. Circulamos muito naturalmente da sala para o quarto, vamos várias vezes ao dia no banheiro e na cozinha.

Mas existem certos cômodos que são mais bagunçados e nos quais já não nos sentimos tão bem. Na verdade sabemos que eles estão lá, muitas vezes passamos na porta e até damos uma espiadinha dentro deles, mas preferimos não entrar. Existem outros que permanecem com a porta fechada. São portas que nunca abrimos. E, o mais incrível, existem portas que nós nem conhecíamos! Circulamos anos e anos pela casa e um belo dia "ué, esta porta sempre esteve aqui???".

Pois bem, o que isso tudo tem a ver com o Pedrinho? É claro que cada um reaje ao fato de ter um filho de maneira diferente, mas quando o Pedrinho nasceu e conforme ele foi crescendo descobri que a minha cabeça não é uma casa, mas sim um apartamento em um imenso condomínio!

Ter um filho mudou totalmente a minha maneira de ver o mundo. Há quase quatro meses o que parecia impossível aconteceu. Eu já me sentia pai e não cabia em mim mesmo de tanta felicidade com a gravidez da Ligia. Mas a chegada do Pedro me mostrou como a vida podia ser maravilhosamente diferente.

Ainda existem muitos andares a serem percorridos e descobertos! Sem contar a portaria, garagens, cobertura e, é claro, o play! O play é, sem dúvida, a parte mais divertida do condomínio e muitas vezes as pessoas pensam que ter um filho é ficar a maior parte da vida no play.

Bem, bastou o menino sair da barriga da mãe para que eu percebesse que as coisas não são assim. O play existe e é imenso. A vida agora se tornou muito mais divertida, colorida e interessante depois que o Guigo apareceu com seu rostinho redondo, seu sorriso safado e seus olhinhos brilhantes. Mas medos e preocupações totalmente novas também surgiram. Enfim, esta é a aventura de ser pai.

Beijos do papai síndico-porteiro-zelador-e-morador