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sábado, 21 de julho de 2012

A tal da Educação


De todo o pacote de sentimentos, medos, inseguranças e responsabilidade que vêm junto quando adquirimos um filho, a tal da educação é um dos mais sensíveis. Educar o nosso filho é um grande desafio e uma das coisas mais importantes que podemos fazer por ele. Mas, diferentemente de dar carinho ou fazer uma gracinha, a recompensa não é imediata, muito pelo contrário.

Se fazemos uma graça para o moleque ele logo dá o sorriso mais lindo (e cada vez mais cheio de dentes) do mundo, o que imediatamente gera uma descarga de endorfina em nosso corpo. Quando o estamos educando, por outro lado, dificilmente recebemos uma recompensa imediata. Ela virá apenas daqui a alguns anos, quando o Pedro se tornar um adulto digno, ético e educado.

Esta parte de dar educação também tem um aspecto extremamente cansativo porque a criança precisa de muita coerência e insistência dos pais para fixar a diferença entre o certo e o errado. O que pode e o que não pode. "Pedro, hã-hã... Isso não pode". Aí ele entende, faz o não com a mãozinha e para de mexer onde estava mexendo. Só que cinco segundos depois ele tenta novamente, como se quisesse confirmar se aquilo não pode mesmo.

A nossa tentação de deixar rolar ou fingir que não viu desta vez é imensa. Quando o moleque chora então é pior ainda. A consciência pesa e o medo de não ser amado aflora, então precisamos racionalizar e lembrar que, afinal, isso é para o bem dele mesmo. E continua o trabalho incansável.

Às vezes nem é questão de ensinar o certo versus o errado. Às vezes é apenas a necessidade de mudar um hábito que nós mesmos criamos nele, mas depois percebemos que não é um bom hábito. O Dr. Pediatra sempre diz "não crie um hábito que você depois vai querer tirar". Sim, faz sentido, mas é muito mais fácil na teoria do que na prática.

Para mudar um hábito também é preciso muita energia e um grande investimento. Por exemplo, criamos o hábito do Pedro ir para a nossa cama no meio da madrugada. É delicioso, garante mais alguns minutos de sono de manhã e evita que tenhamos que levantar mais algumas vezes porque ele está chamando no berço.

Mas, cá para nós, é um hábito que complica a cada dia que passa e centímetro que ele ganha. Quanto maior o moleque, menor o espaço que temos para dividir com ele na cama. Outro dia acordei com a bunda para fora da cama, a cabeça na mesinha de cabeceira e me agarrando ao colchão com um dos braços para não cair no chão.

Foi quando tomei uma decisão importante em relação a este hábito: algo precisava mudar. Conversei com a mamãe e nos decidimos por uma atitude que requer um grande comprometimento, mas fará muita diferença no nosso sono. Este final de semana vamos comprar uma cama king size.

Beijos sonolentos.


2 comentários:

  1. Mas não é que o moleque já está desenhando muito bem?????

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  2. Depois de 1 ano, 3 meses e 15 dias sem dormir uma noite inteira posso afirmar que sou capaz de lavar roupa e varrer a casa numa levantada de madrugada e acabar voltando a dormir 1h depois. Mas sou completamente incapaz de ficar levantando de 10 em 10 minutos por 1h seguida. A decisão sobre a cama maior foi mole :-) bjs da mamãe toda errada mas menos cansada

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