Nossos Pedrinho e Bernardo: Eu quero ter um milhão de amigos...

Recentemente uma amiga minha de muito tempo (a minha primeira amiga, na verdade!) se mudou para os Estados Unidos com o marido e duas filhas para uma temporada de estudos e adaptações gigantes. Para dividir a experiência com amigos e familiares ela está escrevendo um blog que conta todo o dia-a-dia desta aventura. Se levar o Pedro daqui até a região dos lagos já é uma senhora logística, imaginem mudar de país com duas crianças pequenas!

Segundo ela, uma de suas maiores preocupações é com as amizades das filhas. Com uma ruptura de tantos quilômetros e envolvendo um idioma diferente, é natural que ela fique preocupada das filhas perderem algumas amizades importantes deste período da infância. Foi o que aconteceu no nosso caso, pois éramos muito amigos até que sua família se mudou para uma terra quase tão distante quanto os Estados Unidos e, apesar de atualmente mantermos algum contato digital através dos facebooks, blogs e instagrams, é claro que o contato mais direto acabou se perdendo.

Mas, lendo sobre suas preocupações, notei que também é uma das nossas em relação ao Pedro. Será que hoje ele vai fazer grandes amizades que irão durar para sempre? Na verdade gostaríamos que sim, mas é claro que isso não depende só da nossa vontade. Eu já fiquei preocupado, por exemplo, que todos os primos do Pedro acabassem morando longe, já que João Marcelo está em São Paulo, Santiago em Portugal e o Rafa quase foi para um país estranho chamado Goiás. Cabe a nós, pais, fazermos um esforço para que os laços tenham uma chance de se formar.

Por outro lado, tem os amigos da creche que o Pedro já adora e curte de montão. Nós, é claro, também curtimos muito. Confesso que fiquei impressionado quando, dia desses, perguntei ao Pedro se uma amiguinha dele tinha melhorado. É que esta amiga ficou doente e deixou de ir à creche por quase dois meses. Um dia resolvi perguntar se ela tinha voltado e o Pedro disse que sim, que ela tinha voltado e brincado muito! Sem saber se ele realmente tinha entendido a pergunta, eu completei "é mesmo? Porque a amiguinha estava dodói...". Pedro respondeu que "a Roberta dodói não. Pedro dodói!" e mostrou sua mão com um machucadinho. Na mesma noite a mãe dela mandou um email avisando que sua filha tinha voltado e que tinha se divertido bastante.

Este final de semana fomos ao Jardim Botânico e o Pedro brincou até esgotar suas energias. Correu, pulou, caiu, subiu no escorrega, alimentou o peixe de bocão e correu atrás do macaco que apareceu no parquinho. Lá pelas tantas, porém, ele virou para a mamãe e perguntou "mamãe, dê Miguel?". Pedro estava perguntando do amigo Miguel porque da última vez que fomos ao Jardim Botânico ele encontrou com o Miguel e o Matheus, seus "melhores amigos" da escola, e o trio brincou bastante. Enfim, sempre que ele encontra a sua galerinha da escola acaba se divertindo de verdade. E isso nos deixa muito felizes!

Beijos do papai-duda.