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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A grande família

Pedro, de uns tempos para cá, anda dizendo que tem uma família muito grande. Não sei onde escutou isto, pois nem é tão grande assim em número. Pode ser grande em amor, atenção, farra, presença, eventos, agregados etc, mas grande em número mesmo deve ser a família da amiga Nina, já que sua avó tem 5 irmãos e sua mãe, 4... ou seja, estamos falando de mais de uma dúzia de netos, primos, enfim, um verdadeiro clã.

Se eu ainda tivesse convívio com a família do meu pai, chegávamos lá, mas não é o caso. Nos vemos esporadicamente.

Mas fiquei bem satisfeita dele ter esta impressão positiva, pois para mim, mais importante do que os rótulos (tios, avós, padrinhos, primos...) são as afeições.

Para mostrar como sua família era grande, ele começou a juntar os dinossauro e explicar quem era quem. Não deixei continuar, pois estava na hora do banho, mas acho que ele ficaria um bom tempo empilhando os lindos bichinhos na intenção de fazer a correspondência com seus entes queridos.




quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Evoluções Pedro&Bernardo

Pedro parece ter desencanado com a relação Duda – Bernardo.

Ontem, ele veio cantar para a barriga e logo falou “papai, agora é você”. Ufa.

Na hora que Pedro estava cantando, Bernardo se mexeu e o pequeno ficou espantado...

“O que é isso?”
“É seu irmão, se mexendo, meu filho.”
“Ele tá rindo, mamãe?”
“Está sim, ele está adorando você cantando.”

Então a música rapidamente virou brincadeira e Pedro estava adorando o fato do irmão estar "curtindo" as palhaçadas dele. Eles estavam interagindo.

Resultado disto: Pedro hoje no banho encheu a boca da água do chuveiro e cuspiu. O Duda chamou a atenção para o fato da água ser suja e ouviu a seguinte explicação

“Papai, o Benado que falou para eu fazer isso.”
“Como ele falou com você?”
“Bem alto, de dentro da barriga”

Se ele “vê” o Bernardo rindo, pode escutá-lo também, né? Teremos muitas novidades pela frente....


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A difícil arte de educar

Como já escrevi, Pedro há um bom tempo não fica bem quando chega em locais com muita gente e tende a não falar direito com as pessoas, sendo até mal educado às vezes. Isto me incomoda bastante e temos tentado muda-lo neste sentido.

Sábado, ele acordou pedindo um boneco novo. Então expliquei que só no dia das crianças. Houve negociação e combinamos que eu daria o presente agora, mas que em outubro ele não ganharia nada do papai e da mamãe. Este já seria o presente adiantado.

Como tínhamos um evento de manhã, aproveitei e falei que para ele merecer este adiantamento, ele deveria se comportar e falar direito com todo mundo que estivesse na festa. Ele concordou, mas claro, não cumpriu.

Então, já a caminho do carro na volta para casa, Pedro perguntou se íamos ao shopping e respondi que não. Que ele não havia cumprido a parte dele no acordo. O pequeno se desesperou.

“Mamãe, eu volto e dou beijo.”
“Não amor. Agora não adianta mais, a festa acabou e você já não foi um menino bonito.”
“Mamãe, eu faço uma mágica pra ser um menino bonito.”
“Meu amor, você devia ter feito esta mágica na festa. Agora não dá mais tempo.”

As lágrimas começaram a escorrer sem parar. Meu coração parecia ter parado de tanta tristeza. Como educar é difícil, meu Deus. Mas se não tivesse mantido minha posição, ele certamente não teria aprendido a lição.

Ontem, Pedro acordou dizendo que sabia que não tinha sido um menino bonito e que ele ia falar com todo mundo. Tínhamos um café da manhã com os amiguinhos da escola e realmente o pequeno chegou distribuindo bom dia e sorrisos. Deu beijo na hora de ir embora. Foi mágico mesmo rsrsrsrs


Ganhou o presente de tarde e espero que seja o marco da mudança. Sei que ainda temos um longo caminho pela frente. Mas já foi um começo. 

Aproveitamos para ver as bikes do treino de ciclismo
para olimpíadas passarem!




sábado, 15 de agosto de 2015

Quebrando o gelo

Pedro está realmente tentando se soltar. Me parece que a timidez incomoda mais a ele do que até a nós mesmos, embora seja ainda mais forte do que ele.

No dia dos pais, para conseguir conversar com pessoas com as quais ele não tem contato diário, o pequeno se escondeu debaixo da mesa da cozinha. Mas conversou. Houve troca e acho que foi numa boa.

Considero um avanço, já que há bem pouco tempo ele simplesmente reagia mal a qualquer tentativa de socialização.

E, se não forçamos nada, dali a um tempo ele se solta completamente, passa para o módulo 220v e imediatamente nos vem a cabeça o motivo de trabalharmos tanto esta desinibição.  

Vovô Fernando que o diga. Quando sentiu que o Pedro começou a se chegar, pegou ele pela cintura, virou ele de cabeça para baixo e ganhou totalmente seu amor e atenção neste momento. Porque se tem algo que Pedro adora, é esta farra corporal. E a partir daí, papai e mamãe tiveram que ligar seus radares de emergência e avisos como “assim você vai enforcar o vovô Fernando” ou “cuidado, filho, vovô Fernando precisa das perninhas para conseguir correr atrás de você” foram quase que sequenciais.

Vovô Fernando sobreviveu e Pedro foi para casa feliz e contente com seu final descolado :-)




quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Cantando pro Bernardo

Até agora, Pedro foi absolutamente só amores com o ‘Benado’, mas ontem deu seu primeiro sinal de que as coisas podem mudar após a chegada do irmão, como estávamos desconfiados.

Pedro estava na nossa cama assistindo a novos episódios de “como treinar seu dragão”, encostado no pai, que por sua vez estava deitado de barriga para baixo virado para mim. Eis que Duda começa a cantar para a barriga e Pedro imediatamente começa a se sacudir e empurrar, tentando chamar desesperadamente nossa atenção. Duda continuou a melodia e Pedro não se apertou:  deu pausa no filme, partiu para cima da gente brincando e fazendo o seu habitual “pru” em nossas mãos e pernas.

Começamos a rir e a comentar em inglês para ele não entender o que estávamos falando e, para tentar virar o jogo falei “por que você não aproveita em vem falar com o seu irmão”.

Ele se aproximou da barriga e começou a cantar para o ‘Benado’, numa voz calma, doce e fazendo carinho. Foi emocionante.


E papai e mamãe dormiram cheios de alegria em seus corações. Provavelmente Bernardo também.


terça-feira, 11 de agosto de 2015

Dia dos Pais

O dia dos pais foi realmente uma delícia.

Pedro sempre participou da escolha e/ou produção do presente, mas este ano teve um algo a mais: o tema também estar totalmente atrelado ao pequeno. Duda está se dedicando à carreira artística e fez um desenho que virou quase uma marca, o qual Pedro batizou de ‘tô de olho’. Então mandei fazer alguns apetrechos que deixaram pai e filho entusiasmados.

Bernardo também deu presente pro papai e, acreditem, participou da escolha. Fui na feira de cervejas artesanais do Downtown, provei alguns rótulos – goles mínimos, portanto a família não precisa puxar minha orelha – e trouxe os que mais fizeram o Bê mexer J

Mas o post não é sobre os presentes, mas sobre nosso caminho até a casa da vovó Sonia, onde faríamos o almoço comemorativo dos pais e pelos 71 anos do vovô Nilton!

Nossos passeios de carro são preenchidos do início ao fim com a brincadeira do “quem é que está vendo...”. Papai, mamãe, Pedro e quem mais estiver no carro tem que falar, em sua respectiva vez, algo diferente que esteja no caminho. Ex: quem é que está vendo a bandeira do Brasil no posto? E todo mundo tem achar. E Bernardo parece querer participar, pois fica se mexendo o tempo todo, freneticamente.

No meio da brincadeira, dei um grito “Ai, Bernardo”. Pedro perguntou o que houve e eu disse “seu irmão está me chutando”. Eis que Pedro se inclina em direção à barriga e grita “Para de chutar a mamãe, Bernardo!”

O pequeno é carinhoso, dadivoso e amoroso com o Bernardo, mas já mostrou que saberá ser firme quando necessário rsrsrsrs



 
Soprando a vela com o vovô.
Mas só quis soprar a dele!

Se acabou de brincar com o vovô Fernando!

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Superação

Já escutei de algumas mães como o Pedro é independente, mas não compartilho muito desta opinião. Talvez ele tenha personalidade forte. Isto sim. Ele não é convencido pelos amigos de fazer algo que absolutamente não quer. E, portanto, isto pode dar a impressão de independência ou talvez o meu julgamento não esteja correto.

Sempre quando chegamos em algum lugar que não seja um parque aberto ou loja de brinquedos (momentos em que ele esquece que tem pai e mãe) Pedro fica um tempo bem tímido, não quer abrir mão de nossa companhia, nem para brincar com os amigos.  Numa festinha, por exemplo. Ele normalmente inicialmente só quer brincar comigo ou com o Duda.

Ontem não foi diferente. Mas eu estava realmente precisando relaxar e a festa foi no Animason, ou seja, uma sala fechada  onde de um único lugar se tem visão panorâmica do todo. Perfeito para mãe descansar enquanto o filho se diverte. Então brinquei um pouquinho com ele, falei que ia sentar para descansar e, depois de alguns minutos de reclamação bicos e estalos de boca, ele resolveu se libertar! E foi absolutamente feliz enquanto estávamos lá, o que me deixou realizada.

E minha realização hoje bateu no topo!

Pedro entra sozinho na fono, mas sai umas duas ou três vezes durante a sessão para verificar se estamos lá com a desculpa de querer nos contar ou mostrar algo.

Mas hoje ele simplesmente entrou e só saiu na hora de ir embora mesmo. Olívia, sua companheira de terapia, também com 4 anos, até teceu um elogio “Você está de parabéns, Pedro. Não saiu nem uma vez hoje”.  Os dois riram e foram correr juntos no corredor.


Estas crianças são demais J


Animação absoluta na hora do parabéns!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Caldo

Bernardo nem saiu da barriga e já tomou seu primeiro caldo.

Domingo fomos à praia e resolvi dar um mergulho. Entrei de mansinho, o mar estava mega calmo e de repente Duda estava ao meu lado sem o Pedro. Tudo bem que a distância entre eles era pequena, mas confesso que me deu um certo desespero do Pedro solto na borda e fiquei alterando entre expulsar o Duda, tentar mergulhar logo para sair logo e pedir que o Pedro viesse ao nosso encontro.

Nisto veio uma onda um pouco maior e saí “correndo” em direção a ela (pois estava em uma distância complicada). Só que no meio deste processo, me veio à cabeça se com a barriga eu afundaria bem a ponto de furá-la sem problemas. Nunca fui boa de física e não consegui saber rapidamente se a barriga pesaria e ajudaria a afundar ou se funcionaria como uma bexiga de festa e me empurraria para cima. Então em segundos achei melhor não arriscar, virei de costas para proteger o Bernardo e deixei a onda quebrar nas minhas costas.

Era óbvio que eu ia cair. Não tinha dúvida de que o caldo seria inevitável e me preparei para ele. Não apavorei pois sabia que a onda era pequena e que duraria pouco. Tanto que não engoli nem um pingo d´agua nem fiquei cheia de areia no cabelo. Mas Duda, que a esta altura estava do meu lado com o Pedro do colo, me segurou e não me soltou, o que me deu deixou doida, pois lá embaixo não conseguia saber se ele tinha ficado em pé ou se estávamos os três (inclusive meu pequeno ser) rolando na onda. Se eu tivesse um garfo, Duda teria tomado uma espetada para me soltar e cuidar só do Pedro.

Ao levantar, dei um último mergulho contrariando a vontade do maridão para ajeitar a cabeleira e saímos da água. A cara do Duda e do Pedro era de pânico absoluto. Pedro bateu o nariz no ombro do Duda e estava sangrando.

Aparentemente tinha ficado tudo bem, pois não me lembrava de ter batido a barriga ou coisa assim, mas comecei a neurotizar se o pânico do Duda era porque ele tinha visto algo ruim acontecendo comigo e consequentemente com o bebê que eu não reparei por estar focada na integridade física do Pedro. E o Bernardo que até então estava agitado, parou de mexer. Em seguida, comecei a sentir muita cólica lateral. E não prestou.

Fui andando até em casa superpreocupada do Bernardo não estar bem. Pedro, fofo, não quis sair do meu lado. Chegando, tomei banho enquanto Duda ligou pra médica, que passou um remédio e repouso.

Bernardo voltou finalmente a chutar e, com isso, fui acalmando. O primeiro caldo da minha vida tinha que ser justamente grávida?


“Envelhecer é... desequilibrar na praia com marola”.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Batizado da capoeira

Sábado foi o batizado do Pedro na capoeira. Saíamos de casa cedo para chegar com calma, mas o endereço que veio na agenda estava errado e acabamos chegando na hora. Pedro não teve tempo de se ambientar.

Ele estava empolgado, mas tomou um susto quando viu aquele monte de gente formando uma fileira para tocar berimbau e disse “não quero esta gente me olhando”. E não quis acompanhar os amigos de primeira.

Mas vovó e vovô, que ocupavam lugares na primeira fileira do evento, haviam prometido um Elementor Fogo/Agua se Pedro ganhasse uma medalha e foi um senhor incentivo para superar a vergonha e participar da cerimônia. Mesmo com mão esfregando os olhos o tempo todo, com os professores conhecidos acompanhando e com movimentos lentos, ele foi. E a satisfação dele, o sorriso largo estampado no rosto, por ter conseguido superar sua personalidade foi incrível. Ele ganhou a medalha e a nova cor na corda e veio exibindo o pompom amarelo da vitória!

Depois que as crianças foram dispensadas, o Pedro que conhecemos tomou o lugar do Pedro envergonhado e ele correu aquele ginásio como o the flash, fazendo por vezes os movimentos da capoeira, no frenesi que lhe é peculiar.

Enquanto ele gastava as baterias, fomos agradecer à Maestrinha que disse ter ficado impressionada com este lado tímido do pequeno pois, segundo ela, nas aulas é difícil segurá-lo.

É claro que teria sido delicioso se ele tivesse se apresentado da mesma forma que age nas aulas para podermos ver um pouquinho do que nunca podemos na creche, mas nos sentimos realizados só por ele ter participado, coisa que por alguns minutos, achamos que não seria possível.


Pra vovó Beth que estava de cama, Didi e Titio que ficaram presos no trânsito, lá vai um pouquinho do nosso capoeirista mirim!


Uma "tia" nova tentando convencer
Pedro de participar


Ganhando a corda amarela

Conseguiu a medalha!
"Acabou esta tortura? Agora vou aproveitar!"

Felizinho assistindo à apresentação dos adultos:
"nossa, como ele é rápido!"