Páginas

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

E viva o irmão mais velho

Escrito por Ligia

Pedro curtiu demais a gravidez, mas me preocupava que isto mudasse quando de fato o Bernardo estivesse dividindo o espaço que até então era só dele.

Mas para nossa grata surpresa, Pedro continua adorando e mostrando ser um excelente irmão mais velho. Faz questão de ver tudo, participar de tudo. Beija e faz carinho no Bernardo várias vezes por dia, se entusiasma dizendo como ele é lindinho e vibra até com a quantidade de coco ou o tamanho da meleca que sai do nariz do irmão, que aliás, diga-se de passagem, é difícil acreditar que sobre espaço para passagem do ar.

Divide as moedas que ganha entre o seu cofre e o do irmão e, o mais fofo, fica muito nervoso quando o Bê chora. Um dia destes estávamos todos no carro quando Bernardo abriu o berreiro. E quando o motivo é sono, a criatura só sossega quando apaga.

E não sei como sou mãe duplamente, pois não aguento choro de criança por muito tempo. A menos que o motivo seja dor. Parece que tem uma chave que vira e me deixa extremamente paciente em caso de doença. Então falei pro Duda parar o carro que eu ia voltar para casa com o Bernardo pois não ia aguentar aquilo o caminho todo.

Eis que levo merecidamente um soco no estômago com a seguinte frase vindo de uma vozinha terna e serena “eu aguento, só fico muito triste quando o Bernardo chora”.

É ou não é o melhor irmão mais velho que o Bernardo poderia ter?


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Maternidade

Escrito por Ligia

A mamãe, que tem tempo de sobra para escrever, mas insiste em fazê-lo mentalmente, durante a madrugada e quando acorda já não consegue reproduzir na íntegra, está com problemas técnicos no computador mas felizmente se resolveu, ao menos parcialmente.

Como disse Duda, no último almoço familiar ouvimos que segundo filho é assim mesmo, mal tem fotografia, que dirá post no blog. Não é verdade, meu filho. De fato temos muito menos fotos. De fato nem mamadeira nova íamos comprar (é que ocorreu um pequeno acidente com as
que separamos do Pedro então vovó Beth socorreu trazendo uma nova), mas não há qualquer motivo para análise no futuro. Nosso amor por você é infinito e temos muitas histórias gostosas para compartilhar.

Bê nasceu num sábado chuvoso no meio do feriado de zumbi. E ainda assim a maternidade ficou cheia nos dois dias. Recebemos bastante carinho dos amigos e da família.

Conseguimos organizar melhor as coisas, levamos comes e bebes, inclusive máquina de café e cervejinha e, claro, charutos. Teve até programação visual feita, como sempre, pelo meu querido amigo Pedro.

Mas o que me surpreendeu foi que, embora estivéssemos mais tranquilos, mais bem preparados e mesmo com um pós operatório incrível, me pareceu muito mais tumultuado.

Assim que Pedro nasceu, fui imediatamente abandonada pelo meu ilustre marido que foi bebemorar e charutar com os membros masculinos da família num bar próximo à São José. Desta vez, para que eu pudesse participar da farra, levamos tudo pra maternidade  e os charutos voltaram intactos, afinal, havia um pequeno ser, 4 anos mais velho que o irmão, que mudou completamente a programação.

As cervejas foram consumidas nos 45 minutos do Segundo tempo graças ao nosso querido amigo Edu Guilhon que chegou para dar um gás na comemoração.

E nossos dias têm sido assim, turbulentos e intensos como na maternidade. Mas muito muito gostosos e felizes.



sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

A volta!

No final de semana passado estivemos em um encontro com leitores do blog... tá bom, foi um almoço de família... e nos  perguntaram o motivo de nunca mais termos escrito. Foi aí, mais ou menos, que caiu a ficha de quanto tempo já se passou entre a última publicação e hoje. Foi mais ou menos aí que caiu a ficha quanto tempo já se passou desde que o Bernardo nasceu!

É isso aí, o tempo é algo muito relativo e abstrato mesmo. Principalmente quando suas noites já não são sinônimo de dormir e você começa a operar seu relógio em vários fusos horários ao mesmo tempo. Digo isso porque às vezes esta é a sensação mesmo. Pedro dorme no fuso horário Francês, eu estou no fuso horário brasileiro, Li está no fuso horário de Portugal (que é algo entre Paris e Rio de Janeiro).

Já o Bernardo está no fuso horário da travessia oceânica. Tem noite que a travessia é do Pacífico e tem noite que é do Atlântico. Ou seja, imprevisível e picotado. Mas o mais incrível é que os fusos dos quatro nunca se cruza. Quando um dorme, o outro acorda. E nessa, papai e mamãe acordam sempre é passam a noite tipo zumbis.

Em certo momento eu achava que poderíamos ter três filhos, quem sabe uma menina para diversificar a turma. Acreditava que o único impedimento seria financeiro, já que ter três filhos hoje em dia é privilégio de gente rica. Mas hoje, passando pela experiência do segundo e com quase 40 anos, percebi que a energia já está acabando e o Bernardo está aproveitando a reserva.

Então peço que nos desculpem e não nos abandonem. Acreditamos muito, com todas as forças, para falar a verdade, que esta fase vai passar e termos mais tempo para atualizar o blog.

P.S.: caros leitores, prometo um esforço para retomar as escritas. Este post começou a ser redigido às 3 da manhã, continuou durante a natação do Pedro e terminou durante a espera pelo prato do almoço no restaurante...

Olha aí a foto mais linda de todos os tempos...