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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Rio Zoo

Desde que o zoológico foi reaberto sob a administração do Grupo Cataratas, que estamos querendo ir com as crianças. Mesmo tendo encontrado, na mídia, algumas resenhas negativas, algo me dizia que eram apenas opiniões de pessoas mais exigentes. Afinal, o nosso AquaRio está cada dia mais legal e organizado.

Então, aproveitamos o final das minhas férias e uma brecha na agenda do papai para tirar nossas próprias conclusões.

Foi uma ótima experiência e olha que o calor nos impediu de aproveitar tudo o que o espaço tem para oferecer. Não há luxo, ainda faltam alguns animais que se espera encontrar em um zoológico, mas está bonito, bem organizado, os funcionários são incrivelmente solícitos e tem aquele ar de instituto de pesquisa que eu adoro. É possível encontrar biólogos ao longo do percurso, prontos esclarecer alguma possível dúvida que se tenha a respeito das espécies dali.

Existem ainda lonas com imagens do projeto futuro, que nos enchem de esperança de ter mais um ponto turístico incrível na nossa cidade maravilhosa.

Pedro, claro, estava naquela ansiedade que lhe é peculiar quando se trata de bichos ou qualquer outro problema que ele adore. Queria fazer o circuito na velocidade da luz e poder fazer e refazer quantas vezes coubesse no tempo.

Já Bernardo estava em um misto de empolgação e medo. Quando estávamos perto de animais de grande porte, ele pedia colo e não queria muita proximidade. Mas com as aves e macacos a alegria era completa e chegava a dar aquele nervosinho de excitação.

O tal aquário público que faz parte do completo de fato deixa muito a desejar, mas acredito que vá sofrer reformas junto com as outras etapas do projeto.

Fechamos a visita com um almoço delícia no restaurante da Quinta e estamos aguardando a chegada da primavera ou inverno para uma nova e mais completa visita.


Bernardo estava louco com o leão mas morrendo de medo tb

Simba é o máximo e para pega-lo acordado,
precisa chegar até às 11h

Aqui, você vê o elefante de pertinho!
E às 15h você assiste ele sendo alimentado


Alguém desmaiou na volta!









quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Bê na natação

Não é só Pedro que está cheio de novidades. Nosso bolota azougue também está crescendo, tendo mais autonomia (mais do que precisava em alguns momentos, mas faz parte!) e comprovadamente deixando de ser bebê e ganhando status de criança. 

Esta semana, orgulhosamente anunciamos que ele mudou de nível na natação! Papai e mamãe não precisam mais entrar na piscina.

No primeiro dia do nível zero (antes era "mamãe com bebê'), a professora antiga se preparou para ter que fazer a adaptação do pequeno e ficou com meia roupa no corpo pois, antes que ela pudesse terminar de tirar, Bernardo já estava dentro da piscina com o novo professor. 

No entanto, acho que o novato era sério demais e logo nosso azougue se entediou e começou a procurar a mamãe, que rapidamente cruzou a piscina e ficou fazendo malabarismos para que Bê tivesse estímulo para continuar na água. Deu certo e a aula foi um sucesso. 

E ao ganhar sua medalha de "agora sou uma criança e estou em nível numérico como meu irmão" ficou todo feliz e pediu para registrar o momento fazendo aquele sorriso superengraçado que só ele sabe fazer.

Ainda na turma 'mamãe e bebê'. Aproveitaram a chegada do
amigo Bento, para ambos já experimentarem uma aula sem os pais.

Primeiro dia do nível zero.

Feliz com a medalha.

Tímido ao ser parabenizado pela coordenadora.

"Mamãe, tira foto? Abacaxi não faz xixi"







sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Novidades do primeiro dia

Como não poderia deixar de ser, papai E mamãe foram buscar Pedro na escola, completamente ávidos por notícias do grande dia.

Encontramos a mãe da Paola no caminho e fomos divagando sobre como teria sido a experiência dos pequenos. Chegamos no exato momento que Pedro bateu a cabeça em um ferro e estava miando com a professora sobre a dor que estava sentindo. Assim, para a frustração da mamãe, ele não chegou dando pulinhos de alegria, mas manhoso e clamando por gelo. Realmente fez um belo galo na têmpora direita. 

Logo recuperamos o Pedro contente, que pediu para almoçar fora (já estava nos nosso planos) e fomos caminhando e esperando que a matraca soltasse e tivéssemos detalhes maravilhosos das poucas horas em que ficamos longe um do outro. 

Claro que isto só aconteceria nos meus sonhos mais loucos e a dura realidade foi uma sabatina respondida quase que monossilabicamente pelo Pedro. 

Tudo o que ficamos sabendo foi que ele adorou a escola, não saiu da sala pois choveu muito, teve aula de música, mas a favorita foi a de inglês e que não conseguiu oferecer o farto lanche aos amigos pois a regra é só compartilhar às sextas-feiras. 

Mas toda a falta de informação foi compensada ontem com a supermegauberpower empolgação do Pedro que, com olhos arregalados e o sorriso mais gostoso do universo, falou "mamãe, lá é a melhor escola do mundo, todo dia é dia de novidade e todo o dia é dia de lancheira. Vc acredita?"



Comemorando!




quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

E começou a nova escola!


A noite que antecedeu o primeiro dia de aula do Pedro na nova escola foi complicada. Chegamos em casa da reunião de pais ainda muito agitados com a confusão da separação das crianças, chateados de não ter pego Pedro acordado para contar as novidades (conforme havíamos prometido), estávamos cansados de noites anteriores em que Bernardo acordou demais e portanto com medo de perder a hora mesmo tendo colocado despertador, provavelmente ansiosos pelo dia seguinte e o primogênito, surpreendentemente, ainda fez xixi na cama. Enfim, dormimos mal, muito mal. 

Acordei sobressaltada pouco antes do despertador tocar e quando fui chamar Pedro, ele deu um pulo, sentou prontamente e falou "é hoje que começa minha escola nova? estou muito animado, mamãe".

Confesso que esta reação não era esperada e, somada a questão do xixi,  me fez perceber que ele devia estar tão ou mais ansioso que nós. Cumpriu sua rotina matinal com bem menos tempo para cada etapa, se arrumou lindamente, ficou megafeliz com o presente que ganhou do papai e da mamãe de aluno de 1º ano e, quando estávamos na porta, reclamou de dor na barriga. É, a ansiedade estava grande mesmo. 

Tivemos que acordar o caçula, já que papai e mamãe faziam questão de estar com Pedro neste momento tão importante da vida dele (e da nossa!), mas Bê foi feliz, afinal, ele ia "paxiar", mas de pijama para não corrermos risco de dar errado.

O plano era ir andando mas começou a chover no meio do caminho e papai voltou para pegar o carro enquanto seguíamos lentamente pela rua para aguardá-lo em algum ponto estratégico. Afinal, voltar com o carrinho seria crise certa. 

Chegamos na escola e a amiga Paola já estava lá. Ficaram mutuamente felizes em se ver. Entraram juntos e tranquilamente, Pedro deu um beijo na professora (lá não pode chamar de tia), sentou na roda da turma dele e logo fez um novo amigo: o João Pedro. Coincidência maravilhosa, já que seu amigo JP da Criativa, que chegou a se matricular na EP, acabou indo parar no Santo Agostinho, deixando Pedroca órfão de um grande parceiro de aventuras. 

Logo chegaram Alice e Lis e a turma foi chamada para descer. Pedro a esta altura já estava envolvido com tanta novidade e amigos e não fosse meu grito pedindo um beijo, não teria se despedido. Neste exato momento entendi porque filhos começam a pedir que seus pais os deixem há alguns metros da escola. Ok, preciso trabalhar a questão do mico já!

Mas foi uma emoção sem tamanho ver que ele cresceu, que é seguro e tem autonomia, que um novo mundo cheio de possibilidades estava se abrindo e que nós contribuímos de forma significativa nesta jornada de sucesso. 

E que venham os novos desafios!

Claro que levou o presente (playmobil)
para a escola 

Olha os ex-Criativa aí!
 
Agora, com o novo amigo João Pedro (mais a direita)

As reninhas de nariz inchado...

E os papais (e irmão) orgulhosos!






quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Assustador e emocionante

Na reunião pré-primeiro-dia na escola nova que o Pedro começou esta semana, havia a seguinte pergunta no quadro: "como é ser pai e mãe de uma criança no primeiro ano?". Tínhamos que escrever alguma coisa no cartão branco e depois apresentar perante os outros pais e mães da turma. Sim, a gente meio que volta para a escola nas reuniões dos nossos filhos. Na última da escola antiga, fizemos um trabalho em grupo e eu fui eleito para representar o nosso, falando sobre o "exemplo" que damos aos nossos filhos. Mas ontem era uma pergunta simples, de difícil resposta. A minha virou o título deste post.

Não é totalmente verdadeira. Estou amarradão com o crescimento do nosso pequeno-grande e do nosso pequeno-pequeno. É muito gostoso e interessante acompanhar tão de perto e tão intensamente a formação de um novo ser-humano. É coisa meio de nerd falar assim, mas realmente é incrível ver aquele feijãozinho que a gente plantou virando uma pessoa, com autonomia, vontade própria (às vezes vontade própria até demais, diga-se de passagem), opiniões, desejos, medos, vontades e uma personalidade única. É animador e emocionante.

Mas também é um pouco assustador. E olha que eles ainda nem são adolescentes saindo para um acampamento humanitário junto às populações nativas do Suriname. Mas esta semana passamos por um momento super delicado com o pequeno-grande, saindo de suas primeiras férias (em suas próprias palavras, "os melhores dias da minha vida") e começando em uma escola nova. Uma escola que nós escolhemos para ele, depois de muita pesquisa, algumas dúvidas, centenas de conversas e a mesma insegurança de sempre... "será que vamos acertar?".

Algo que nos dava uma certa rede de segurança era saber que havia outros amigos e amigas indo junto com ele. Seriam Pedro, Paola, Lis, Alice e Matheus juntos, enfrentando o grande desafio do primeiro ano em uma escola muito maior do que aquela casinha verde que os acolheu desde que nasceram, praticamente. Mesmo sabendo que eles estavam indo para um outra casinha verde, estávamos inquietos na tal reunião e, para completar, pela primeira vez chegamos atrasados. E de repente, no meio da trilha entre a portaria e a sala de aula, descobrimos que o grupo foi separado.

What?!

Confesso que naquele momento o sentimento foi de que a casinha verde tinha caído. Olhava para o lado e via a Ligia o nariz do tamanho dos narizes do Patati-Patata juntos (nota para quem não conhece bem a Ligia: sabem aquela estória do Pinóquio, que o nariz cresce quando ele mente? Com a Li acontece quando ela quer chorar mas não quer chorar. O nariz fica vermelho e dobra de tamanho enquanto os olhos ficam mareados e as sobrancelhas juntam com a testa franzida. Lendo assim parece até que ela fica feita, mas quem conhece bem a Ligia sabe que ela não fica feia nunca!). No fundo, havia ainda o peso de saber que aquela escolha, da escola, era nossa, mas que o advogado principal fui eu. E agora? Respondo: "assustador".

A segunda parte (o "emocionante"), confesso que coloquei ali apenas para não parecer muito neurótico perante os outros pais. Não havia nada de emocionante naquele momento, era só assustador mesmo. Por outro lado, foi fácil nos sentir super acolhidos. A nova professora do Pedro, percebendo o tamanho do problema, imediatamente nos disse que tudo seria resolvido com a coordenadora e fez vários esforços para que conseguíssemos falar com ela o quanto antes. Os outros pais também perceberam o problema (será que somos muito transparentes?...) e imediatamente começaram a fazer campanha para que ficássemos na turma e na escola. Gente bacana!

Ligia saiu da sala para conversar brevemente com a coordenadora enquanto eu permaneci na reunião. Voltou com a notícia de que não havia como juntar todo mundo, mas que faríamos uma conversa com calma, com os pais das cinco crianças, após o encerramento da reunião. Quando a reunião acabou, fomos em busca da coordenadora, que estava circulando pelas salas. Imediatamente várias pessoas se prontificaram a ajudar, procurando a mulher por todos os cantos. De repente havia um monte de gente envolvida na questão dos nossos filhos! Gente bacana novamente!

Conversamos, argumentamos, insistimos, bajulamos, dialogamos, fizemos conta, citamos pedagogos, plantamos bananeira e montamos acampamento na escola. Quando a coordenadora percebeu que dormiríamos, comeríamos e viveríamos ali na porta da sala dela eternamente, ou até que ela autorizasse a transferência, ela soltou "gente, já troquei!". Foi um alívio geral, gritos, sorrisos, abraços, pulinhos e acho até que vi, com o canto de olho, uma das mamães fazendo a dancinha da felicidade. Não posso jurar que era a Liginha, mas...

Instantaneamente também saíram duas toneladas do meu ombro. Estávamos em busca de uma escola onde houvesse diálogo, as crianças fossem vistas individualmente, onde houvesse "jogo de cintura" para resolver os problemas. Fomos mal-educados pela Criativa, onde problemas ocorriam, mas sempre éramos ouvidos e havia um esforço legítimo para resolver. E agora, a poucas horas de começar o ano letivo, um problemão desses! Como seria a reação das pessoas? Como tratariam o problema? O que pensariam dos nossos desejos? Da nossa postura?

No final foi tudo o que eu imaginei que seria, quando estava escolhendo a escola.

Houve diálogo. Houve acolhimento. Houve esforço para ajudar. Houve considerações, é claro. Mas saí de lá menos assustado e mais emocionado. Saí com a sensação de que escolhemos a casinha verde certa e que realmente construiremos juntos um mundo melhor. Porque permitiremos que o Pedro seja tudo aquilo que ele nasceu para ser, do jeito que ele quiser ser e com a segurança de que estaremos ao seu lado torcendo e ajudando no que ele quiser que a gente torça e ajude. Seja lá o que isso tudo signifique, tenho certeza que será maravilhoso.

Viram? Acabou mais emocionante que assustador...


Beijos, pai do Pedro e do Bernardo.




terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Dá trabalho?

Se algum dia perguntarem se ter um filho dá trabalho, responda que a pessoa não imagina o quanto é, até que tem. Aí se alguém perguntar se ter mais um filho é o dobro do trabalho, responda que estamos praticamente há dois meses sem escrever no blog! E não é por falta de assunto, pois muita coisa aconteceu neste tempo que passou! Nossa, dá até nervoso pensar em quanta coisa passamos, não registramos e não queremos esquecer jamais!

Mas vamos por partes, então. Vou começar dizendo que o nosso azougue-bolota-de-cabeça-grande continua terrível, mas é um terrível diferente agora. Confesso que passamos por momentos de adaptação difíceis lá em casa, quando o pequeno não falava, não conseguia se comunicar e não entendia o motivo deste bando de idiotas chamados "adultos" não conseguirem entendê-lo. Estava tudo tão claro na cabeçonazinha dele, que a falha só podia ser nossa.

Mas agora não! Ele continua sendo nosso azougue (que segundo o dicionário do google é "pessoa de muita vivacidade e inquietude"), mas agora conseguimos entender o que ele quer, conversar, argumentar e às vezes até convencê-lo de que não pode andar de patinete em casa ou brincar de bate-estaca com o controle remoto na cabeça do irmão.

Vamos aos exemplos... ele agora entra no elevador e, ao invés de sair apertando todos os botões (alarme, emergência, abre porta, auto-destruição etc.) ele coloca a mãozinha em concha sobre um botão e diz "papai, exxe naum podxi". "Não Bê, este não pode". "Exxe também naum podxi". Aí ele aperta o térreo e com sorriso de satisfação grita "exxe podi!".

Ele também tinha mania de descer no elevador social para esperar o carro na portaria. O que não tem nada demais quando o motorista-papai está acompanhado de alguém que pode conduzi-lo até a portaria. Mas não funcionava quando estávamos sozinhos e ele ia gritando "nãããããão, exxe nããããão" pelo elevador de serviço. Hoje ela já entende e pergunta "papai, hoji di carro ô di péis?". "Hoje vamos à pé, amor". "Hoje é di péis mamãe!".

De fato as coisas estão ficando mais fáceis e talvez a gente consiga voltar à escrever agora. Qualquer coisa é distrair o menino com uma brincadeira e pronto. Uma de suas preferidas, como ele mesmo diz, é brincar de "ixcondi-ixcondi-ixcondi". Ele conta sozinho ("um, doix, tês, catorze, lá vô eu") e sai procurando a gente pela casa.


Beijos do papai-tão-apaxonado-que-nem-consegue-ixcondê.



Xai papai!

Ah, xai da minha rede papai!

Xaaaaaaaaaiê

Eba.
ixcondi-ixcondi-ixcondi