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sábado, 31 de março de 2012

Homem ao mar!

Na primeira oportunidade que tive levei o Guigo para conhecer o mar, molhar os pés e conhecer Yemanjá. Foi só uma ondinha nos pés e o moleque pareceu que curtiu a farra, ainda sem entender muito bem o que estava acontecendo.

Sou uma pessoa do mar. Adoro mergulhar e sempre gostei de passar horas dentro da água. A própria visão do mar me deixa feliz. Acho, por exemplo, que apesar da maresia eu ficaria muito contente morando em um apartamento de frente para o mar do Leblon ou Ipanema. Quando era criança entrava na lagoa de Iguaba às oito da manhã e só saía na hora do almoço.

Por isso tudo, sempre achei que o meu filho também seria peixinho, ou seja, adoraria entrar e ficar no mar. Esta hipótese ficou mais certa ainda depois de ver o moleque curtindo muito a piscina, mesmo com água gelada.

Só que das outras vezes que fomos à praia, o Pedrinho ficou com medo do mar. Na verdade acho que ele ficou com medo do barulho que as ondas fazem. Mas o fato é que quando nos aproximávamos do mar ele olhava com carinha de assustado e fazia o chorinho tipo "estou com medo, me salvem".

Assim se passaram meses até que da última vez, com uma água tipo gelo de congelador e o Pedro recém saído de uma gripe, sem nenhum aviso prévio, o garoto simplesmente colocou um sorrisão no rosto e disparou em direção às ondas. Quando seguramos ele protestou, pois queria muito mergulhar no mar. Só que não dava para entrar! Estava congelando os ossos!!!

Para aplacar a vontade súbita do moleque só enchendo o baldinho com água gelada e o deixando molhar papai, mamãe, vovô e vovó. É, nosso peixinho está crescendo rapidamente e daqui a pouco estará descendo grandes ondas enquanto mamãe fica na areia tremendo de medo.

Beijos do peixe-pai.


sexta-feira, 30 de março de 2012

Chefinho mandou

Todo mundo já sabe e está até ficando meio repetitivo falar neste blog que o Guigo nasceu e passou a ser o chefinho da casa e das nossas vidas. Mas é realmente interessante como a chegada de um filho muda o centro gravitacional da família e tudo passa a girar em torno do moleque.

Cada um de nós, papai, mamãe, vovó, vovô, dindo e dinda continuam tendo a sua própria vida, é claro, mas o que acontece com o moleque acaba movimentando todos. Este final de semana, por exemplo, a turma toda estava preparada para ir a um hotel comemorar o pré-aniversário do Guigo. Já estava tudo pronto, todos programados, trabalhos desmarcados, malas prontas e de repente... O moleque me aparece com uma febre de 39,5!

Pronto, cancela tudo! Todo mundo ia, agora todo mundo fica! Um pouco frustrados, pois os planos com o moleque eram muitos: piscina, praia, grama, Safari... Foi tudo por água abaixo. Ou melhor, foi tudo por termômetro acima. Tudo bem, teremos outras oportunidades... quando o Pedro puder.

O interessante é que esta dinâmica não deve mudar tão cedo. Neste mesmo final de semana, para o mesmo hotel, iriam uns amigos nossos que precisaram desmarcar porque seu próprio filho passou o inicio da semana no hospital por causa de uma virose. E ele é bem mais velho que o Pedro.

O interessante desta história toda é constatar cada vez mais que, entre todas as coisas que mudaram, o mais radical foi a nossa maneira de ver a vida. Antes papai e mamãe viviam por si mesmos, agora vivemos por um serzinho que mede alguns centímetros e pesa um pouco mais que um saco de arroz.

Mas este saco de arroz ocupa em nossas vidas todos os espaços vagos ou que antes eram ocupados por coisas que hoje não têm mais a menor importância.

Beijos, papai.



terça-feira, 27 de março de 2012

Casa da Táta



Quem acompanha o blog sabe a definição que o Pedro faz de um restaurante: é um lugar onde os adultos sentam ao redor de uma mesa repleta de coisas bacanas e que ele adora atirar ao chão. A conclusão é que uma refeição com o moleque é sempre muito agitada. Tipo, segura a mão direita dele para não derrubar o suco, segura a mão esquerda para não derrubar o prato e não sei de onde surge uma terceira mão puxando a toalha enquanto um quarto bracinho empurra a cadeira para trás. Os pais ficam cansados, mas o garoto se diverte muito.

De todos os lugares que já fomos com o Pedro, um se transformou em nosso preferido que é a Casa da Táta, na Gávea. Quando digo nosso, estou incluindo o Pedro porque ele também tem opinião formada e adora o lugar. Tanto que sempre que passamos na frente, ele aponta o dedinho e diz "hu hu hu dé dé dé". Com o tempo passamos a entender que isso significava "Pai, mãe, vamos na Casa da Táta, pede um suco, pão de batata e pão de queijo que eu adoro! Olha a Amanda, ela está lá dentro sorrindo pra mim! Vamos entrar, vamos entrar!!! Agora!!!".

Papai e mamãe também adoram, só não entramos todas as vezes que o Pedro pede porque já passamos da fase em que se comemora o ganho constante de peso. Mesmo assim acabamos indo com o Pedrinho pelo menos uma vez por semana e sempre escolhemos a mesa do canto. Outra característica das nossas idas é que normalmente somos os primeiros a chegar. A casa abre às 8:00h e nós geralmente estamos acordados desde 5:40h correndo atrás do moleque. Então já cansamos e esperar na porta antes deles abrirem. Por isso podemos escolher a mesa mais segura.

Uma vez lá dentro começa a festa. Pedro adora o suco de maracujá com melancia, miolinho de pão de batata sem manteiga e um pouquinho de pão de queijo para arrematar. Também já oferecemos alguns bolos sem açucar, mas não fizeram muito sucesso, pois acho que ele está se guardando para o bolo de chocolate. A festa se completa com o Pedrinho circulando como um pinguim entre as mesas e fazendo charminho para todo mundo.

Beijos do papai-gordinho-que-come-pão-de-queijo-e-pão-de-batata-ao-mesmo-tempo



"É pãozinho de batata mesmo?..."

"Ha ha ha... bonzão!"

"A Amanda! Ah, eu adoro a Amanda..."

segunda-feira, 26 de março de 2012

Dois dentinhos e muito mais passinhos

Parece que foi ontem que a Li escreveu sobre um dentinho e muitos passinhos. A vida agitada por um bebê passa tão rapidamente que, quando percebemos, um dentinho já virou dois e os passinhos viraram uma corrida de verdade! Eu ainda lembro dos primeiros dois passos que o Pedrinho deu na minha direção, já meio caindo. Também lembro que eu ficava contando quantos segundo o moleque ficava em pé sem se segurar em nada.

Agora eu conto os segundo que o moleque não está em pé correndo. São breves segundos de sossego quando ele fica simplesmente sentado e brincando com alguma coisa. Mas não posso reclamar porque confesso que estava muito ansioso para ver o garoto correndo, chutando a bola e dando aquele sorrisão orgulhoso como quem dissesse: "papai, estou correndo e chutando sozinho!".

E as novidades continuam vindo sem aviso prévio. Às vezes é uma besteirinha, mas papai e mamãe riem que se acabam de orgulho e felicidade com cada nova descoberta. Este final de semana, por exemplo, ele descobriu que existe a parte de baixo dos móveis. Acho que até a semana passada, quando a bolinha dele corria para baixo de um móvel ou da pia, na cabecinha dele, ela tinha sumido para sempre, ido para a terra do nunca.

Sábado, de repente, ele se deu conta que poderia abaixar e olhar o que havia lá e, quando encontrou a tal bola laranja, foi uma felicidade só. Agora sempre que ele tem uma oportunidade abaixa para ver se encontra algo escondido sob os móveis. Tipo, será que a pia da cozinha é, na verdade, uma fábrica de bolinhas laranjas?!

O moleque também já aprendeu a fazer pirraça e a desobedecer os pais. Se ele quer fazer alguma coisa e nós não deixamos, ele se joga sentado no chão e chora. Estamos procurando no manual como devemos lidar com o assunto, mas as instruções não são muito claras. Por enquanto tentamos algo entre repreender e não ligar, para não valorizar. O chato é que enquanto ele faz pirraça não podemos ceder, para ele não acostumar e achar que manda. Afinal, quem manda nesta casa não é ele, é o doutor pediatra!

Outro episódio foi quando ele estava brincando com os porta-retratos e enfeites no móvel da sala. Não pode, ele tem os brinquedos dele e aquela mini kombi dos bombeiros é brinquedo do papai e da mamãe. Falamos mais seriamente com ele e ele resolveu parar, percebendo que estava fazendo algo errado. Mas, passados alguns segundos, pegou um brinquedo dele, colocou sobre o móvel e ficou brincando. Como se dissesse "não estou brincando com os seus enfeites, estou brincando com a minha argolinha amarela. Que posso eu fazer se ela veio parar aqui em cima???".

O moleque não vai ser fácil não!

Beijos do pai que tomou vergonha e resolveu voltar a escrever antes que o Pedrinho tomasse conta.



domingo, 25 de março de 2012

Resoluções de Ano Novo

Meus pais ficaram tão felizes ontem porque descobriram que as pessoas continuam visitando o blog com freqüência na busca de novidades sobre mim, mesmo depois de tanto tempo sem publicar. Eles me prometeram que voltarão a escrever e publicar mais posts e eu disse a eles que podem contar comigo.

Resolvi então escrever sobre a minha lista de resoluções de ano novo. Os adultos acabam escrevendo suas listas no final do ano, mas nós bebês preferimos escrevê-las a cada aniversário. Por isso estou no momento de escrever uma nova lista e revisar a lista antiga, que foi concebida ainda na maternidade.

Foi assim, logo depois que passou a confusão do parto eu conheci uns moleques mais velhos no berçário e nós ficamos conversando um pouco enquanto nossas mamães e papais descansavam e os vovós estavam do outro lado do vidro rindo e acenando. Aí o mais velho, que já tinha três dias de vida e estava prestes a ir para casa, me disse que eu deveria fazer uma listinha com as coisas que eu pretendia realizar naquele ano.

Pensei bastante, incluí algumas coisas óbvias, outras nem tanto e quando cheguei em casa já estava com a lista pronta. Agora preciso ver o que eu realmente consegui:

1) Rolar: ficar olhando o teto é muito chato, então a primeira coisas que eu queria fazer era rolar. Feito!

2) Sentar: era a evolução natural. Dá para brincar de várias coisas diferentes quando estamos sentados! Feito!

3) Engatinhar: na verdade eu nem fazia tanta questão de engatinhar. Por mim andava direto, mas ouvi uma enfermeira comentando que todo bebê precisa engatinhar. Quando isso não acontece a pessoa precisa engatinhar mais tarde na terapia. Achei melhor resolver isso logo e gastar a terapia com algo mais importante. Feito!

5) Andar: este sempre foi o meu verdadeiro objetivo e até hoje fico muito feliz andando. A sensação do mundo se movendo aos meus pés, o vento no rosto e um adulto sempre imitando um corcunda atrás de mim émuito legal. Às vezes o chão se aproxima rápido demais da minha cabeça, mas mesmo assim eu adoro! Feito!

6) Falar: este também sempre foi um objetivo ousado. Falar antes de um ano de idade não é para qualquer um. Como a minha mãe fez o seu primeiro discurso de agradecimento e recitou um poeminha de Fernando Pessoa na sua festa de um ano (foi a vovó quem me contou), achei que eu tinha chances. Até agora já consegui falar mamã, mas esqueci. Também falei luz, mas esqueci. Estou morrendo de medo de esquecer o dé. Por isso acordo todo dia praticando... Dé dé dé dé dé dé déééééé... Preciso melhorar este item.

7) Mandar na casa: pois é, se tem uma coisa que eu sabia desde antes de nascer, é que eu nasceria para comandar. Foi um pouco difícil convencer as pessoas disso. Tive que fazer um trabalho duro por quase um ano, mostrando para eles que a casa acorda na hora que eu quero, dorme na hora que eu quero, que as luzes são acesas porque eu quero... Enfim, papai e mamãe já podem me chamar de chefinho se quiserem. Feito!

Agora é pensar no próximo ano e todas as suas possibilidades.

Beijos,

Guigo.



sábado, 24 de março de 2012

Meu Primeiro Carnaval

Resolvi dar uma força para os meus pais e escrever este post sobre o meu primeiro carnaval. Primeiro porque eles estão super sem tempo para escrever no blog, porque eu tenho dado muuuito trabalho. Segundo porque já passou um tempão do carnaval e daqui a pouco eu esqueço.

Papai e mamãe fizeram vários planos para o meu primeiro carnaval. Eles pensaram em fazer uma surpresa para o meu primo João Marcelo, cogitaram ir a um hotel fazenda e até pensaram em me levar para Bahia, mas desta idéia eles desistiram logo porque a minha dinda ia ficar muito chateada de não ir comigo para lá pela primeira vez.

Só que estou sofrendo de uma tal de crechite, que é mais ou menos viver faltando a creche porque sempre que eu volto pego um bichinho novo que me faz espirrar, tossir e ter febre. Acabamos então viajando para a Teresópolis. Mas, quer saber, eu adoro viajar para Terê! Lá é sempre legal.

Mamãe e papai começaram a arrumar as coisas no sábado de manhã. Lá pelas tantas os ouvi dizendo que levariam três dias arrumando as coisas e precisariam de um caminhão para levar tudo. Mas acabaram se resolvendo e logo depois do meu almoço estávamos na estrada. Eu, como das outras vezes, dormi a maior parte do caminho.

Logo que chegamos eu me diverti muito com as cadelas de Terê. Eu adooooooro cachorras. Mamãe tem medo do que isso pode significar daqui a quinze anos, mas por enquanto todos se divertem com as minhas gargalhadas. Quer dizer, a pretinha e a fofinha não se divertem tanto assim porque elas ficam se escondendo de mim.

No domingo fomos visitar o dindo Luiz e a dindavó Eliane. Conheci a casa deles em Terê e depois fomos almoçar em um restaurante! Vocês sabem o que é um restaurante? Não?! Vou explicar então: é um lugar onde os adultos acham que vão ficar sentados em volta da mesa, mas colocam um monte de coisas para eu atirar no chão! Guardanapo, cestinha de pão, saquinhos de sal, prato...

Foi lá que eu experimentei a minha primeira comida de restaurante. Tinha caldinho de piranha, escondidinho de camarão e estrogonofe de camarão. Tanta coisa gostosa! Aí a minha mãe me deixou experimentar... Batatinha cozida amassadinha. Adorei!

No dia seguinte ainda corri na grama, fiz festinha com a água gelada na piscininha, brinquei com um xilophone que meus pais compraram no tio Rogério e me diverti mais ainda com as cachorras. Mamãe e papai, por mim podemos passar todos os carnavais em Terê.

Guigo.

"Como é que eu saio daqui?"

"Aprendi a descer degrau! Iupi!"

"Será que é igual ao meu pato? Se eu apertar ela late?"

"Aposto que eu consigo acertar na outra mesa!"

"Acertei!"

"Vamos comer camarão?"

"Pé com pé!"

"Strike a pose"

"Ha ha ha, eu adoro água gelada!"

"Salvar o mundo dá um trabalho..."

"Estou voando!"

quinta-feira, 8 de março de 2012

11 meses

Parece que acabou de nascer, mas o moleque já está quase fazendo um ano! Hoje completam onze meses que o reizinho saiu da barriga da mamãe para mudar para sempre as nossas vidas. Parece que foi ontem, mas também parece que foi em outra vida já que tanta coisa aconteceu.

Eu acho lindo tudo o que o Pedro faz. Paciência, sou assim, um pai bobão que comemora toda a vez que o menino solta um "déeeediii" porque acredita que ele, na verdade, está dizendo dad (pai em inglês). Que posso eu fazer se o meu filho nem fala e já é poliglota? Muitas vezes ele fala dormindo e a Ligia jura que é uma língua antiga, tipo latim.

Mas tem uma coisa que realmente me impressiona no Pedro. Como é que um garoto que ainda nem fez um ano já sabe exatamente o que ele quer?! Como é que um bebê que não fala sabe deixar tão claro suas vontades e seus desejos?! Juro que eu não tinha a noção de que eles formavam suas opiniões assim tão cedo. Também não esperava ter que conversar ou argumentar com ele antes mesmo dele conseguir dizer papai em português. Mas assim é.

Hoje de manhã, por exemplo, tentamos convencê-lo a comer banana amassada com farofa de biscoito maizena. O Pedro gosta muito de banana amassada e a-d-o-r-a biscoito maizena. Então, não tem motivo para recusar esta iguaria infantil logo pela manhã. Ele nunca recusa. Mas hoje, sabe-se lá porque, ele preferia comer o miolo de pão da mamãe. Ele até aceitou uma ou duas colheradas, mas ficou rosnando e apontando para o pão dela. Mesmo depois que recebeu os miolinhos, ainda ficou com a cara amarrada.

Sério, se fosse possível ler a mente do bebê, tenho certeza que estaria escrito em letras garrafais "CARACA, O QUE UM BEBÊ PRECISA FAZER NESTA CASA PARA SER COMPREENDIDO??? EU NÃO QUERO BANANA, EU QUERO MIOLO DE PÃO QUENTE!!!". Pedrinho ganhou os seus miolinhos e papai comeu o quê? Bananinha amassadinha com biscoitinho maizena...

Quando descemos com o Pedro para o play é a mesma coisa. "Agora eu quero o escorrega!", "agora eu quero a casinha", "vamos para a piscina", "quero empurrar aquela mesinha pelo play", "escorrega!!!", "casinha!!!", "piscina!!!", "balanço!!!", "piscina!!!", "piscina!!!". Isso tudo sem falar, apenas com o dedinho em riste e aquele olhar de "faça logo o que eu estou mandando".

11 meses!!!

Beijos do pai perdido


"Eu quero aquele ali"

"Eu quero entrar"

"Eu quero passar para lá e a planta não deixa!"

sexta-feira, 2 de março de 2012

O Retorno do Rei

Voltamos para a creche. Sim, porque não foi só o Pedro quem retornou à rotina da creche, papai e mamãe também voltaram e, vejam só, mesmo depois de tanto tempo o garoto não precisou de uma nova adaptação. Papai e mamãe precisaram, mas já estamos acostumados a esta diferença de maturidade.

O evento poderia ter se chamado O Retorno do Rei. Quando fizemos a entrevista pedagógica na creche, uma das coisas que nos foi dita foi que o período de adaptação seria importante para ver como o Pedro reagiria convivendo e disputando a atenção com outras crianças. Lembro da frase perfeitamente: "em casa ele é rei. Aqui ele terá que conviver com outros reis".

Bem, desde o primeiro dia parece que o moleque conviveu muito bem com todas estas questões. Acolheu de braços abertos seus novos amiguinhos e todas os seus vírus e bactérias. Tão bem que precisou ficar uns dias em casa se recuperando. É verdade que a creche do Pedro até agora parece muito mais uma academia de gordo do qualquer coisa. Daquelas em que as mensalidades são (muito bem) pagas, mas o sujeito quase não aparece para suar.

Mas não é sobre isso que este post trata. Ele fala do grande retorno. No berçário existem vários brinquedos que ficam lá disponíveis para a criançada. Nosso menino não demorou muito para escolher o seu preferido: um castelo de plástico de mais ou menos um metro quadrado em que eles podem até abrir uma portinha e entrar para brincar lá dentro.

Fiquei escondido observando para não causar tumulto e vi o moleque ir direto para o castelo, que estava vazio. O movimento atraiu as outras crianças, que também foram para o mesmo brinquedo. Talvez estivessem com saudade do amiguinho, mas é mais provável que tenham ido garantir a sua parte do reino.

Pedro virou as costas para a mãe e ficou entretido no castelo sem nem percebê-la indo embora. saímos da vista, mas voltamos a espiar alguns segundos depois para ver se o Pedro tinha notado a nossa falta. Não tinha. Estava ocupado tomando posse de seu território. Estava, inclusive, prestes a pisar em um amiguinho desavisado que permanecia agachado em seu caminho. Se não fosse a tia, teria pisado e passado por cima!

Pelo visto, na Guerra de Reis, alguns acabam passando por cima dos outros.

Beijos do pai de sua majestade.

"Faça o que eu estou mandando! Eu sou o seu rei!!!"

"Não sei o motivo, mas me sinto tão bem com os controles na mão..."