O post de hoje é uma homenagem a um casal de amigos especiais e que amamos muito. Para proteger sua privacidade vou contar uma de suas historias sem citar nomes. Este casal saiu há pouco tempo em uma viagem internacional com o intuito principal de irem a um casamento de família. Como em qualquer casamento e, principalmente para as mulheres, uma das maiores preocupações foi escolher que roupa usar no evento.
Por isso a nossa amiga planejou cuidadosamente o seu figurino. Pesquisou qual seria a temperatura no momento da cerimônia, que estilo deveria vestir, como era o local e que roupa combinaria com a roupa de seu marido. Fez algumas incursões aos shoppings, experimentou alguns looks, comentou com as amigas, escolheu os acessórios e, por fim, deixou tudo separadinho para que seu marido colocasse o conjunto completo na mala... o que ele acabou esquecendo...
Isso, ele esqueceu de colocar o vestido dela na mala!!! E eles só descobriram lá, quando já tinham atravessado kilômetros e países e já estavam às vésperas do casório! Imaginem a cena da mala sendo aberta e a frase ecoando pelas paredes do hotel "Gatinho, cadêê oo meeeeu vestiiiidooo?!".
Mas o que isso tudo tem a ver com o Nosso Pedrinho? Guardadas as devidas proporções, o papai aqui repetiu a emocionante experiência vivida por este casal especial. Sexta-feira foi feriado e planejamos uma viagem para a praia com o moleque. Escolhemos um hotel diferente do que costumamos frequentar seguindo uma indicação de amigos dos amigos. Como é o nosso costume, deixamos para arrumar as malas no dia da viagem e corremos para deixar tudo ajeitado.
Nossos planos geralmente são de dar o almoço do Pedro e sair logo em seguida, aumentando as chances de uma soneca no primeiro trecho da viagem e nos garantindo um pouco de tranqüilidade da estrada. Este é um bom plano, mas nos impõe um deadline rígido. Se perdemos o timing o guri dorme em casa e passa a viagem gritando "quéo cáo, quéo cáo" que significa mais ou menos "Papai, sai daí que eeeuu queroooo dirigiiiir o caaarroooo!!!".
Corremos e quase não deu tempo, mas no final deu certo. Descemos carregados com as 550 malas e o Pedrinho já estava dormindo quando dobramos a esquina de casa. Desta vez o carro nem ficou tão cheio, sinal de que o moleque está crescendo ou que estávamos esquecendo alguma coisa... A viagem foi cansativa pois chovia, papai decidiu pegar um caminho que ele não está acostumado e o hotel é longe, longe, longe, quase em Parati.
Pedro acordou no meio da viagem umas duas vezes porque a estrada está bem ruim, cheia de lombadas e solavancos. Chorou, reclamou e dormiu novamente. Depois de três horas e meia, finalmente chegamos ao hotel. Descarregamos na chuva e quando tudo estava no quarto, mamãe diz calmamente "sabe o que eu estou sentindo falta... da bolsa com as coisas do Pedro...".
Neste momento uma descarga elétrica percorreu meu corpo começando nos pés, virando câimbras nas pernas, enjoo no estômago, frio na espinha e enxaqueca na cabeça. Assim, instantaneamente. Pânico. Mesmo sabendo que não havia mais nenhuma bolsa no carro, voltei para procurar. Sei lá, quem sabe um gnomo sacana escondeu a bolsa sob o tapete. Não, não estava lá.
Já que entrar em pânico e bater com a cabeça na parede não adiantava, depois do terceiro golpe e com a testa latejando fomos fazer o inventário do que estava faltando. Fraldas, mamadeiras, esterilizador, biscoito, água mineral, todos os remédios de emergência do Pedro e... leite! No final conseguimos o milagre de comprar uma latinha do leite na única farmácia que estava de plantão em Mambucaba, fraldas tamanho GG (Pedro usa "G") e passamos apenas uma noite no hotel.
Ah, e o casal lá fora também deu um jeito. Ela pegou uma roupa emprestada com outra convidada para ir ao casamento. Será que são os filhos que nos enlouquecem?
Beijos do pai sem mala.
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O moleque se diverte chova ou faça sol... |
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...mas por que será que ele não está usando a fralda de praia?... |