Peguei o Pedro na creche para irmos ao Dr. Pediatra. No caminho fomos conversando sobre como havia sido divertido seu dia com os amigos e aproveitei para iniciar a doutrina do "você não precisa chorar no médico" (Pedro faz vergonha de tanto que chora!).
Depois de algumas trocas, houve um diálogo bastante interessante:
- Mamãe, vamos ao shopping lateral?
(mamãe levou um tempo tentando entender que shopping era este... poucos minutos antes eu havia dito ao papai que estacionaria na lateral do shopping)
- Sim, meu amor, o Dr. Pediatra é lá.
- Quero ir pra casa.
- Pedro, depois da consulta, se você não chorar, vamos pra casa brincar com o presente que a tia Andrea mandou para você. Mas só se você não chorar.
- Im po ssí vel! (pausado e enfático)
- Não é não, meu amor. Não tem motivo pra chorar, não dói.
Encontramos dindavó Lili no caminho, Pedro disse que estava indo para o shopping lateral ver o Dr. Pediatra. A consulta foi melhor do que o normal, pois desta vez a filha do Dr. Pediatra estava lá e Pedro gosta dela.
Ele fez questão de tirar sua roupa sozinho para mostrar para ela como ele é grande e independente. Peso e medida foram em pé. Estava tudo lindo até o Dr. Pediatra colocá-lo deitado na cama de exames. Aí Pedro abriu o maior berreiro. Mas também passou assim que ele pode se sentar novamente.
Pedro distribuiu beijos e abraços quando a consulta acabou e já na recepção dei a ele o presente que a tia Andrea deu. Ele pediu para abrir, deu o maior sorriso, depois me entregou de volta e disse "mas eu chorei".
Nem preciso dizer que quem quase chorou fui eu. Me senti uma mãe muito malvada e cruel, mesmo sabendo que aquela reação era motivo de orgulho.
Mas não resisti, expliquei que ele tinha se comportado muito bem e que havia chorado bem menos e que sabia que da próxima vez seria ainda melhor e que ele merecia o George com o dinossauro.
Difícil arte esta de educar...
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