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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Avião

Viajar de avião com o Pedro não chega mais a ser uma novidade, pois a esta altura já tivemos algumas experiências diferentes com ele. Mas, ao mesmo tempo, cada viagem ocorre em uma fase diferente do pequeno, então as reações diferem um pouco.

Desta vez o Pedro estava empolgado como sempre, mas o vôo estava marcado para bem tarde e ainda atrasou, o que fez com que embarcássemos em um horário bem além da hora em que o Pedro costuma dormir. Mas é claro que a excitação o manteve alerta e acordado o tempo todo. Quando oferecemos um leite para ele, ainda no aeroporto, ele disse: "não, só dentro do avião e o avião tem que estar voando".

Eu estava preocupado (vai uma confissão: eu não tenho o menor medo de avião, mas acho que tenho medo de aeroporto. Sempre fico ansioso com todos os trâmites, achando que alguma coisa vai dar errada) porque não havia conseguido uma fileira de três lugares. Tentei o check-in na primeira fila ou em alguma outra que fosse ocupada por apenas três cadeiras, mas o avião estava lotado, então não tive como mudar os assentos previamente selecionados.

Por outro lado, era a fila 21 e como este é meio que um número de sorte do casal Ligia e Duda, achei que era um bom sinal. Acho que a nossa sorte já estava nos esperando na fila das prioridades, pois enquanto aguardávamos que a fila fosse liberada, um grupo de senhoras simpáticas que estava logo atrás de nós puxou assunto e começou a brincar com o Pedro.

Logo depois fomos selecionados como prioridade dentro da prioridade e passamos à frente na fila (a maravilha de viajar com uma criança pequena! Como Pedro está crescendo, a mamata deve acabar, então está na hora de providenciar outra criança pequena para furar as filas...). Nos acomodamos na fila 21 e logo depois quem chegou para o quarto assento foi uma das senhoras simpáticas que conhecemos antes de entrar no avião.

Achei um golpe de sorte, pois sempre fico preocupado que sente um francês sozinho no assento ao lado. Desculpem o preconceito, mas imagino alguém que sai do verão do Rio de Janeiro após ter economizado vários banhos e que vai ficar carrancudo cada vez que o Pedro der um pulo na cadeira ou soltar os seus gritos de alegria e excitação.

Ter esta senhora simpática foi, para nós, um golpe de sorte. Ou talvez a Ligia discorde um pouco disso, mas o post já ficou bem grande então continuarei contando sobre isso amanhã.

Beijos do papai-duda





Um comentário:

  1. Gostei muito desse pedacinho
    "então está na hora de providenciar outra criança pequena para furar as filas.. "FELIZ 2015, com esse "probleminha" resolvido. beijos, já cheios de saudade. vovó Beth

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