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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Crescimento

Acho que já falei aqui no blog que sempre encarei a fase adulta como uma virada de chave. Antes de viver o passar dos anos, meu subconsciente imaginava que você dormia adolescente e acordava adulto com uma nova perspectiva da vida, maturidade e responsabilidade.

Não sei se sou eu que não amadureci ou se não existe esta virada. Você vai aos poucos evoluindo, mudando algumas percepções mas, salvo melhoras por conta de experiências vividas, você continua a mesma pessoa de sempre. E vira e mexe me pego em autoavaliação: ainda posso usar a roupa tal? um enfeite no cabelo? falar de determinada forma? ou vou cair no ridículo pois estou “velha para isso”? Porque, de verdade, não me sinto velha. Mas sei que com quase 40 anos, já não cabe uma porção de coisas na minha vida.

Com filhos, a expectativa é igual. É como se num dia x o Pedro fosse deixar de ser bebê para ser um quase menino, no dia y ele passasse a ser um menino e assim por diante. Mas não existe um marco. São apenas pequenas atitudes que nos fazem perceber o crescimento e amadurecimento de nossos pequenos.

Minha santa mãe sempre ficou com Pedro para eu e Duda sairmos, então Pedro associou a chegada da vovó Beth em nossa casa com a ausência dos pais, o que não foi muito positivo. Até bem pouco tempo, quando ele encontrava a vovó Beth em qualquer lugar era sempre ótimo, mas ela ir lá para casa, se tornava um problema. E nada que disséssemos mudava isto. Semana passada, quando começou o problema, eu liguei pro Pedro e simplesmente falei:

- Meu amor, a vovó Beth está aí para ir para Teresópolis conosco
- Ah, mamãe, então você vai chegar?
- Claro, filho. Só que mais tarde um pouquinho.
- O papai vai chegar antes?
- Não, o papai está comigo, mas já já estaremos em casa e amanhã, quando acordarmos, vamos todos juntos para Teresópolis.
- Tá bom, mamãe.

Pronto, problema resolvido. Nem eu acreditei. O que na minha cabeça era uma tentativa desesperada de alguém que estava prestes a deixar a festa para ir pra casa, se mostrou uma ótima solução, pois embora eu não tivesse consciência desta evolução do Pedro, ela aconteceu sem eu mesma perceber. Pedro, com uma simples conversa de poucos minutos, entendeu que a vovó Beth não estava ali para tirar os pais dele.

E ao voltar de Terê, ficou cobrando quando a vovó Beth iria busca-lo na creche.


E viva o crescimento! 

Nosso bichinho preguiça, assistindo filme em Terê com o titio

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