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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Mickey Marinheiro

A escolha do tema foi um fator interessante que esqueci de mencionar no post anterior. 

Diferentemente do Pedro, que mal sabia falar mas já acordava pedindo para ir à praia, Bernardo não tinha nenhuma indicação clara de qualquer paixão fora comida. 

Um dia, saindo de uma reunião com um cliente da agência, vi uma loja recém inaugurada de festas e resolvi dar uma olhada. Acabei achando uns apetrechos lindos com motivo de mar e achei uma ótima opção caso fosse fazer o aniversário de 1 ano do Bê. 

Mas depois realizei que, talvez fizesse mais sentido que o Pedro escolhesse o tema e não eu. Então perguntei o que ele achava de fazermos a festa do Bernardo de marinheiro e ele respondeu: "Mickey, o Bê vai gostar de Mickey'. 

Não sei quem soprou isso no ouvido do Pedro mas Bê acabou de fato apaixonado pelo Mickey. Quando o rato mais famoso do planeta aparecia na televisão falando "misca, musca Mickey Mouse", o pequeno gargalhava e já começava a sacudir as perninhas sabendo que a música tema do desenho 'A Casa do Mickey' ia começar. 

E para não perder as lindezas adquiridas meses atrás, resolvi adaptar o tema para Mickey marinheiro, sob aprovação do primogênito, claro. Ficou tudo tão lindinho quanto eu sonhei que ficaria e acabei mais realizada ainda por ter feito algo (graças ao Pedroca) que Bê estava supercurtindo no momento. Inclusive o patetão que vovó Beth vestiu primorosamente de marinheiro até hoje é motivo de encanto e muitas conversas do Bernardo, que ainda não fala mamãe, mas que claramente chama "atetão" quando vê o boneco sentado na mesa de jantar. 

























 



segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

1 ano do Bernardo

Já na época do Pedro eu tive muitas dúvidas sobre fazer sua festa de 1 ano. Mas Duda me convenceu de que para a família era legal e importante e acabou que o pequeno se divertiu demais. 

Agora com Bernardo não foi diferente. A dúvida voltou, principalmente pelo fato de eu achar que ele não estaria andando. Mas ok, eu não resisto a uma festa, ainda mais com a enorme probabilidade de arrependimento e remorso futuros. 

Resolvi então encarar a terceira festa do ano e, mais uma vez, foi ótimo. Acho que consegui me planejar melhor, além de ter simplificado algumas coisas e, pela primeira vez, estávamos todos prontos antes da hora marcada. 

Vovó Sonia e Vovô Nilton como sempre deram o maior apoio cuidando do primogênito. 

Aliás, Pedro quis participar dos preparativos, vibrou com cada novidade para o evento e resolveu até fazer os biscoitos que ele havia aprendido na escola para o aniversário. Virou a lembrança dos adultos e ficou uma graça! 

Tia didi e dindo Rê duplaram na confecção do bolo e o resultado foi fantástico! Vovó Beth que arrancou os poucos cabelos que lhe restavam tentando fazer os peixes de bola de encher. 

Tudo valeu muito a pena porque Bernardo se acabou. Adorou o parquinho que contratamos, os amiguinhos que convidamos, o parabéns, a liberdade de ir e vir. Em determinado momento achei que teríamos problemas com o sono que estava chegando mas o caçula deu a volta por cima e se manteve firme e participante até o último segundo. 

A única coisa que deu uma pequena atrapalhada nos planos foi o vento que só deu uma trégua no final e o centro de mesa perdeu muito sem os cataventos fofíssimos da dinda Fá. 

Espero que todos tenham aproveitado tanto quanto o aniversariante. 

Patetão-marinheiro, criação de BB.
E olha os biscoitos do Pedroca!

Bê já chegou brincando

Amiguinhos do Pedro da escola 

Foto de família

Espero que tia Tatá tenha batido esta foto a tempo do
oxigênio voltar a circular no cérebro do Bê sem danos. 



segunda-feira, 21 de novembro de 2016

As Grandes Mentes da Humanidade

É muito difícil saber o que se passa nas maiores cabeças da humanidade. De certa forma, Bernardo ainda não fala mas já se faz entender. Ou, melhor dizendo, "não fala português, mas em seu bebênês, se faz entender". Apontando, arregalando os olhinhos e soltando "u-hus" já sabemos quando ele está com sede, quer ouvir música ou quer ir para a rua, por exemplo.

Aliás, aquele dedinho em riste ele aprendeu rapidinho. É interessante observar como tem patrão naquela casa. É todo mundo achando que pode levantar o dedo e dar ordem. Em mim! Mas a vida não é assim não! Eu só obedeço porque quero, não porque preciso.

Enfim, ele já se comunica na maior parte das vezes. Mas em muitos momentos eu gostaria de saber, de verdade, o que se passa naquele cerebrinho em franco e acelerado crescimento.

Às vezes acho que isso vai começar a mudar quando ele aprender a falar, o que já está quase acontecendo! Ela já soltava algumas sílabas perdidas que, com algum esforço, poderíamos traduzir para mamãe (ou mamá, que é mais provável). Mas semana passada eu tive certeza que ele aprendeu a falar "mão".

Assim, lá em Terê ele teve dificuldade em descer e subir sozinho o pequeno degrau que existe entre a copa e a cozinha. No início ele ficava frustrado, mas depois aprendeu a esticar seu bracinho em nossa direção e falar algo parecido com "mão" (que no fundo quer dizer "me dá logo essa mão e me ajuda antes que eu perca a paciência"). Mamãe e eu percebemos isso, mas não tivemos certeza.

Mas alguns dias depois, de manhã enquanto zumbizávamos pela casa (ele porque anda cambaleando como se fosse um zumbi, eu porque àquela hora da manhã em que ele me acorda, ainda sou um zumbi), ele de repente perdeu o equilíbrio e caiu sentado no chão. Em outros tempos ele meio que chorava de chateado. Neste dia ele simplesmente olhou para mim, esticou o bracinho e disse muito claramente: mão.

Dei a mão e logo ele estava de pé navegando pela casa. No que tange à minha jurisdição, deixo registrado que a primeira palavra do Bê foi "mão".

Beijos do papai-zumbi

Carinho de irmão...

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Iguais, mas diferente

O Pedro é o Pedro. O Bernardo é o Bernardo. Nós sempre soubemos disso, mas conforme o irmãozinho vai crescendo, evoluindo e conquistando seus marcos de acordo com seu próprio tempo, também vai cada vez mais mostrando que tem sua própria personalidade, seu jeitinho de fazer as coisas e seus próprios gostos. Antes de ser pai, "filho" é algo abstrato, sonhado e até idealizado. Formamos uma série de certezas com relação a eles. "Meu filho não vai comer vendo televisão. Meu filho vai comer de tudo, de brócolis a sorvete de chocolate. Meu filho vai dormir a noite inteira e será na cama dele". Aí os moleques vêm cheios de personalidade e, com o dedinho em riste, nos avisam: não é bem assim.

Mas, mesmo cada um sendo diferente, às vezes são muito parecidos. Gostam dos mesmos brinquedos, curtem as mesmas brincadeiras e assistem aos mesmos DVDs. Inclusive durante o almoço, é claro! Bernardo, por exemplo, adora Xuxa. Pedro também. (papai, mamãe e didi também.). Então a Xuxa tem sido companhia constante em nossa casa. E é aquela Xuxa novinha, que parou no tempo com o Xuxa para baixinhos 2 ou 3 e que ainda não tinha mudado para a Record. É a Xuxa dos bons tempos, acompanhada por crianças que hoje já devem estar terminando suas pós-graduações.

O grande gosta tanto, que até hoje para para ver quando o pequeno está assistindo. Assistem juntos, riem juntos e fazem as coreografias juntos! Um dia desses estava dando o almoço para o Bê. Quer dizer, melhor expressando... um dia desses estava lutando para enfiar a comida pela boca do Bê, já que ele entrou naquela fase que não tá afim de almoçar e ainda escolhe o que gosta e o que não gosta. Estávamos na luta quando a Xuxa começa a cantar "bate, bate, bate as mãos, batendo sem parar...". O pequeno já aprendeu a bater palmas (treinamento intensivo para o aniversário!) e logo acompanhou a Xu. Até aí, tudo bem. Bonitinho, mas bater palmas não é novidade para bebê nenhum.

Mas tá lá o papai, estressado, prestes a declarar sua incompetência em dar o almoço e pedir socorro para mamãe, quando a Xuxa manda na telinha "bate, bate, bate os pés, batendo sem parar" e o nosso monstrinho começa a bater os pés, junto com a Xuxa! Tomei um susto! Se continuar assim, o moleque já já tá pedindo pizza pelo iFood! Um pouco atrasado para os padrões familiares, mas também o meio mudou, não é mais telefone, tem que usar o aplicativo né? Igual ao Pedro, mas em seu tempo, com suas próprias façanhas, o molequinho vem nos surpreendendo com seu crescimento.

Só que, como eu disse, iguais mas diferentes. A mesma Xuxa tem um quadro do lobo mal onde um lobo imenso, rosa e tosco está se arrumando para sair de casa. Pedro tinha medo deste quadro. Aquele bicho o assustava sempre. Já o Bernardo dá gargalhadas quando o lobo sai correndo de casa. E essas pequenas diferenças são só o começo.

Beijos do papai-do-Pê-e-do-Bê


quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Natação

Bernardo começou na natação nos mesmos dias do irmão, só que iniciando a aula 10 minutos mais cedo. Achei que ele adoraria, mas criança é sempre uma caixinha de surpresas, então nunca comemoramos antes da hora.

Pedro estava tão entusiasmado quanto nós e partimos para a academia na maior empolgação e alegria. Eu entrei com o pequeno, enquanto Pedro e papai ficaram na plateia.

Para nossa sorte a professora era a mesma da época do primogênito, muito carinhosa, atenciosa, mas também competente e firme em seus objetivos. A criança de fato evolui com ela.

Bernardo já entrou na água fazendo a maior farra. Não exitou em ir  no colo da tia Flavi e abandonar a mamãe sempre que solicitado. Fez todos os exercícios tão direitinho quanto um bebê de 11 meses consegue fazer.

Mergulhou, bateu pezinho e mãozinha, foi no tapetinho, ultrapassou obstáculos e sorriu muuuito. E, claro, na hora de sair da piscina foi aquela choradeira e reclamação, afinal, por que tudo o que é bom dura pouco? Mas assim que chegou do outro lado da piscina e viu o irmão nadando o humor voltou ao normal assim como sua energia.

E assim que a Suba soube da novidade, ciumenta como só ela, logo deu um jeito de não ficar para trás e Bernardo teve seu banho de piscina particular na tarde do mesmo dia, com direito a muitas fotos e ainda mais diversão.

Quem vai ser mimado?















quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Primeiros passos

É engraçado como de uma maneira geral relaxamos no segundo filho, mas em determinados aspectos minha ansiedade aumentou bastante. Muito provavelmente por conta do desenvolvimento do primeiro. 

Como Pedro engatinhou e andou relativamente cedo, acabei ficando na expectativa do Bernardo fazer o mesmo. Só que o pequeno é mais preguiçoso. 

Pedro, assim que conseguiu ficar em pé sozinho e se mover segurando nos móveis, não quis mais engatinhar. Era tombo direto, mas ainda assim ele  insistia até que finalmente, aos quase dez meses, ele atingiu seu objetivo e conseguiu sua independência motora. No aniversário de um ano, ele já dava umas corridinhas tropeças. 

Já Bernardo não se incomoda nem um pouco de engatinhar, o que faz com rapidez impressionante, mas detesta cair. Então ele não arrisca muito. Já fica bem firme em pé sem apoio das mãos e desde a semana passada conseguiu dar uns passinhos. E meu coração bateu igualzinho emocionado e saltitante com a sua conquista. 

Claro que aplaudi freneticamente seu feito e agora, toda vez que ele resolver andar sozinho, ele antes aplaude para me avisar que lá vai ele! É muito engraçado. Mas depois de uns quatro ou cinco passos ele acaba desequilibrando e vai ao chão. Mas é demais!!! Lindo!!! Fofo!!!! Emocionante!!!!

Louca para ele andar e ser livre. 




segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Evolução do caçulinha

Por conta de um projeto da escola, estava vendo umas fotos antigas do Pedro e me toquei de que em pouco menos de 1 mês ele tinha visualmente se transformado em uma criança. Não tinha mais carinha de bebê. E foi assustador. Eu olhei as fotos e as datas várias vezes para ter certeza de que eu não estava vendo errado. Claro que na época eu não tive esta percepção da virada.

De uns 15 dias para cá, Bernardo evoluiu muito em termos de comportamento. Ainda é o meu bebezinho mas ele já consegue explicar, mesmo sem dizer uma palavra, quase tudo o deseja.

Se ele quer ouvir música, abre o toca-fitas (sim, ainda temos um som com toca-fitas!); se quer assistir Xuxa ou Bebê Mais, vai para a sala e fica apertando os botões do aparelho de DVD; se quer ver o Mickey, vai pro quarto dele, pede colo e fica apontando para a televisão; e diariamente, pouco depois de acordar e se entediar com os brinquedos de praxe, vai para a porta da rua e fica dando tchau e mandando beijos.

É sensacional. E o pimpolho está cada dia mais delicioso, sorridente e apaixonante.

Beijo da mãe coruja de dois lindos filhos,

Já já estará pedindo pizza :-)



terça-feira, 11 de outubro de 2016

Teresópolis

Há meses Pedro cobra de irmos para Terê. Mas a vida social intensa dele não estava permitindo. Aproveitamos então a folga neste fim de semana e subimos.

Pedro se acabou como sempre: jogou futebol, apostou corrida na rampa, subiu e desceu o morro quinhentas vezes, procurou lagartos, fez pão com a vovó Beth, que voltou destruída das disputas de bola.

E quem surpreendentemente aproveitou demais também foi Bernardo. Além de ter andado aquele gramado todo milhões de vezes, descobriu a melhor brincadeira do mundo: subir e descer degraus. Não lembrava disto! É desesperador! Ele não cansava e meus batimentos cardíacos já estavam elevados. Mas em compensação, dormiu como há muitos meses não fazia.  Foi na mesma posição até umas 3h da manhã quando acordou para mamar e caiu facilmente no sono de novo até o dia clarear. Aliás, acordou sorrateiro e veio quietinho fazer barulhinhos perto de mim. Quando eu abri os olhos ele estava analisando o quarto com aquele sorriso maroto de quem foi pego no flagrante.

Foi muito gostoso. A paz e o silêncio de lá são mesmo renovadores.


Obs: só tenho estas duas fotos, o resto está com o Duda :-(

Dupla dinâmica e feliz

Pedro no parque da feirinha. Ele amando a
velocidade e a menina - que tive que desfocar -
está desesperada! 


sexta-feira, 7 de outubro de 2016

E o mico chegou!

É, Pedro definitivamente cresceu. E bem mais rápido do que eu esperava. 

Esta semana a escola programou um passeio ao Centro Cultural Banco do Brasil com saída marcada para às 8h. 

Pedro estava muito ansioso, dormiu tarde na véspera, acordou às 5h da manhã e não conseguiu terminar o leite de tanta euforia (até nisto ele me puxou!). 

Eu que fui levá-lo cedo, me despedi com um beijo e um abraço apertado e quando ele estava entrando me toquei que antes das 9h podemos acompanhar a criança até a sala de aula. Fui toda feliz atrás dele quando escuto um sonoro:

- "Não mamãe!. Não entra não!"
- "Mas por que?"
- "Porque não precisa"
- "Pôxa, filho, seus amigos vão gostar de me ver"
- "A não mãe"
- "Deixa eu só dar uma olhadinha assim ó"

Não resisti e estiquei o pescoço para ver quem já tinha chegado e escutei várias vozes gritando "Oi tia Ligia". Nisso Pedro já tinha corrido para longe da minha vista e do "mico" que provavelmente ele achava - ou tinha certeza - que estava pagando. 

Voltei para casa desolada e Bernardo estava indócil por não ter ido comigo. Acendeu uma luz colorida em minha mente, peguei minha desculpa, coloquei no carrinho e voltei para a porta da escola para ver a turma saindo. Nunca pude presenciar um momento destes pois sempre acontece na hora do trabalho. 

Fiquei lá toda feliz com o Bê na linha de frente, morrendo de medo de tomar outra bronca. Mas Pedro adorou me ver (na verdade ver o BÊ). Mostrou o irmão para todo mundo, pulou de alegria quando Bernardo deu tchauzinho, todo orgulhoso do feito do mascote. 

As crianças entraram na van não sendo elas mesmas - comportadíssimas! Praticamente mini adultos. E desta vez retornei inflada e contente por ter feito um menino tão lindo e maravilhoso como o nosso Pedrinho!


Antes do passeio..
uma das cenas mais lindas de se ver :-)

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Aprendendo a brincar e...

...a implicar com o pai!

Há semanas percebemos o crescimento do caçula que vem cada vez mais deixando de ser um bebezinho para se tornar um bebê-moleque e, mesmo sendo a minha segunda vez, continuo ficando impressionado com esta evolução e formação do ser-humano. Foi com surpresa que eu percebi, certo dia, que Bernardo já sabia brincar sozinho.

Isso mesmo. Ele senta diante de vários brinquedos, olha, pensa e escolhe com o que vai brincar. E brinca. Roda uma bolinha porque sabe que isso fará barulho, abre uma caixa esperando que a luz acenda, anda com o carrinho no chão fazendo barulhinho de motor e adora batucar. Tanto com seu tamborzinho (herdado do irmão), quanto nos tamboretes da mamãe, que provam ser muito bons por estarem firmes passando por sua quarta provação.

Ele também já sabe o que é certo e o que é arte. Sabe, por exemplo, que não deve colocar os nossos chinelos na boca. Então sempre que pode coloca. Mas quando olhamos para ele, mesmo sem falar nada, ele tira da boca, estende o braço para nos devolver e solta um sonzinho pela boca (tipo "hõ") como se dissesse "ops".

Também não pode ver a porta do banheiro entreaberta que dispara em sua direção como se lá estivessem dando saquinhos de Cosme e Damião repletos de biscoitos maisena. Fico me perguntando o que passa em sua cabeçonazinha (herdada do irmão também? Será?). Deve ser algo do tipo "eba, deu mole, vou entrar naquele lugar proibidão para crianças!!!".

Mas a brincadeira mais engraçada é quando ele resolve, TODAS AS MANHÃS, implicar comigo, me fazendo ciúmes com a mamãe. Ele pede para ir para o colo da mamãe, me olha, estica a mãozinha me chamando e emite sons para que eu não tenha dúvidas de que ele está chamando a minha atenção. Quando eu olho ele estica os dois braços pedindo colo. Mas quando eu estou prestes a pegá-lo, ele se vira, agarra a mãe e começa a rir. Juro, ele começa a rir e às vezes ri tanto que chega a se balançar no colo da mãe.

Quando percebe que fez sucesso, repete. Repete. Repete mais vezes... é um bebê de 10 meses e já está implicando comigo assim?!?!?! Bernardo, Bernardo, essa sua molezinha de bebê café-com-leite vai acabar viu!? Depois quando sua mãe expulsar as gatinhas que estarão atrás de você em casa, não venha me pedir socorro!

Beijos do pai do Bê e do Pê

Meus dois amores

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Vacina

Pedro, como a maior parte das crianças e alguns adultos (como eu!), tem pavor de agulha. Ele sempre chorou para tomar vacina, mas nada que saísse do controle ou precisasse segurar. Apenas rolava um longo e sentido choro.

Só que da última vez, eu não pude ir e parece que a coisa mudou de figura. Duda disse que foi tanto drama, que ele ficou esgotado emocionalmente. A crise foi tamanha que Pedro deu um tranco e a seringa voou longe, machucou o braço, claro, e tiveram que repetir a dose.
Estávamos com a vacina da Meningite B atrasada pros meninos e marquei de leva-los ontem. Super me preparei emocionalmente e psicologicamente para enfrentar a grande batalha da minha vida.

Não contei nada para o Pedro até a hora de sair de casa. E quando dei a notícia, foi horrível. Ele chorou muito e a carinha era de imenso medo e apreensão, o que partiu meu coração e já deixou o pai destruído.

Fui arrumando o Pedro e conversando que vacina era importante, que doía mesmo mas que era muito melhor do que a doença que ela evitava. Principalmente esta vacina, que era de uma doença seríssima, que muitas vezes nem tinha cura.

- “Mamãe, eu não quero ser valente. Eu nunca mais quero ser valente.”

Descemos com ele chorando e assim continuou no carro.

- “Filho, você está sofrendo talvez sem necessidade. Você nunca tomou esta vacina e não sabe como é. Eu acho que nem dói tanto, sabe por que? Porque o Bernardo já tomou e ele só chorou na hora da picada. Sabe porque nós choramos mais? Porque tem o medo envolvido. Bebês ainda não têm medo pois não entendem. Então só choram quando realmente dói.  E ele só chorou na picada. Depois parou. Então acho que só doeu na picada mesmo. Por que você não relaxa um pouquinho?

Aí o choro parou e ele resolveu falar do caminho, ficou feliz quando descobriu que era na galeria do Dr. Pediatra, mas logo fez a conexão com a vacina da Hepatite B, da qual já contei aqui blog.

-“Mamãe, vou tomar vacina naquele lugar da moça que mente? Eu não quero!”
(A enfermeira erradamente foi dizer para ele que não doía e doeu. Ele ficou magoadíssimo por ela ter mentido e ele não ter se preparado. Com razão!)

- “Amor, ela errou mas ela é legal. E a mamãe já te explicou que vacina doí, não é? SEMPRE dói. Às vezes dói mais, às vezes menos. Da última vez doeu muito porque você se mexeu. Se você ficar quietinho não vai doer tanto. Vai ser uma dor pequena. Suportável. Mamãe tomou um monte de vacinas quando o Bê estava na barriga. Umas nem doíam tanto mas teve uma que doeu de chorar. Mas fica tranquilo que esta só menina toma. Menino nunca toma.” (emendei logo que percebi que podia ter falado besteira)

Chegando no laboratório, ele pediu para o Bernardo tomar a vacina primeiro (Bê ia tomar a segunda dose). Rezei muito para que o baby reagisse bem, para encorajar o irmão.

Graças a Deus, Bernardo realmente só chorou na picada. Depois só deu umas reclamadas com a enfermeira mas ganhou um biscoito maisena e esqueceu o assunto.

Pedro entrou, sentou no meu colo, mas quis ele mesmo levantar a blusa e assistir a tudo. Acho que ele ficou tão envolvido com a situação que nem deu tempo de sentir dor. Não houve reclamação nem choro só um reconfortante “mamãe, só incomodou um pouquinho”.


Ganhou um gelinho de premio e saiu feliz com sua conquista. Acho que ele se surpreendeu com a própria reação positiva. Foi uma superação. 

De lá quis ir visitar o Dr. Pediatra para contar de seu grande feito, mas ele não havia chegado ainda. Para não perder a viagem, pediu dois "palitinhos" à Edith e deu-se por satisfeito.


Meus dois amores 



segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Fazenda do Serrote

No final de semana passado, fomos para um hotel fazenda em Minas com as crianças.

Como seria uma viagem longa (3h30) e o caçula detesta carro, nos preparamos para aproveitar a soneca da manhã e a da tarde. Então saímos do Rio por volta das 9h, paramos em nossa casa de Terê para dar almoço aos meninos e, em seguida, pegamos a estrada novamente. Foi perfeito.

E o hotel era simplesmente um sonho. Pequeno, aconchegante, hospitaleiro em grau máximo e completo. Sem falar na comidinha fresquinha em cada refeição. Quase tudo era produzido por eles.

Quando chegamos, uma pessoa nos recebeu na entrada do hotel - ainda estávamos no carro - e nos indicou o caminho do quarto. Não teve check-in! Isto foi feito automaticamente por eles com o preenchimento de uma ficha no ato da reserva. Por que ninguém nunca pensou nisto? É sensacional!

Então, como não tivemos que  passar por nenhum processo burocrático, o jeito foi deixar as coisas no nosso chalé (por sinal, muito bom) e ir aproveitar.

No Serrote você só escuta barulhos e aromas da natureza, o que traz uma paz interior imediata. Seu corpo imediatamente sintoniza outra frequência. Tudo fica mais calmo e melhor. E para que esta tranquilidade não se perca lá não pega telefone, nem internet e não tem TV no quarto. Ou seja, a única coisa que você tem para fazer é descansar e curtir. E nada atrapalha.

E para a mamãe ficar em êxtase, havia uma PRAIA de rio. Já mudei de cor, graças a Deus! 

Eu, Du e Bernardo curtimos, claro, mas Pedro se perdeu. Além das inúmeras atividades, os recreadores eram muito bons. Nossa rotina diária consistia basicamente em distrair o Bernardo das 5h às 7h, quando Pedro acordava, tomar café -Pedro saía antes para se juntar às outras crianças - praia, onde fazíamos sup, canoagem, pescaria, tirolesa, nadismo com cerveja e logo dava a hora do almoço. Depois Bê dormia na rede com tio Pi, mamãe cochilava do lado, enquanto Pedro corria de um lado para o outro nos milhares de pique novidade de lá. Depois o jeito era tomar um banho na piscina morna para esperar o jantar. 

Ô vidinha mais ou menos. Muito bom! Um dos melhores hotéis que já fomos. 

* Quase não temos fotos pois as da máquina se foram e lá não ficávamos com celular :-(

Mamãe, eu quero sair!

Olha quem pescou um peixão...

Clarinha também 
Praia de rio é mansinha mas gelaaaada

Bê adormeceu no colo do tio Pi e mamãe aproveitou para cochilar :-)

Acordado!







sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Diálogos

Ligia, em vãs tentativas de colocar o caçula contra mim, fica dizendo que o Pedro é o meu filho favorito e que eu não ligo para o Bê. Claro que eu não caio na pilha porque sei que não é verdade. Mas é fato que hoje o Pedro interage muito mais comigo do que o pequeno, sobretudo na hora de dialogar com argumentos incríveis e hilários. Mas para provar que não há preferência, neste post vou contar alguns diálogos que tive com os dois. Começando pelo Bernardo:

Papai: Oi meu amor, bom dia!
Bê: daddy! (sim, a primeira palavra do pequeno foi "papai", mas em inglês...)
Papai: isso filhão, daddy chegou! Que saudade de você! Como você passou o dia?
Bê: nãna!
Papai: Comeu banana, filho? Que ótimo! Tava bom?
Bê: ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Papai: Oi?! Isso é bom ou ruim?

Uma madrugada dessas o Bernardo estava chorando no quarto com a mãe enquanto eu (tentava) dormir um pouco com o Pedro no meu quarto (era a vez dela na rodada). Mas como o choro estava insistente, levantei para ver se precisavam de ajuda. Chegando no quarto encontrei um bebê lutando para ficar acordado enquanto mamãe lutava para ver se ele dormia. Então ele olhou muito sério para a minha cara e disse:

Bê: nenémném ném ah ah ahhhhhha!
Papai: oi meu amor, está reclamando?
Bê: ahhhhhhá neném ah ahhhhhh!
Papai: eu sei filho, mas está de noite ainda...
Bê: neném ahhhhhhh nem ahhhhhhhh

É, o moleque sabe reclamar muito bem. Enquanto isso, os diálogos com o maior são mais prolixos e tão interessantes quanto. Dia desses estávamos apenas eu e ele no carro quando ele disse:

Pê: papai, vai mais rápido!
Papai: não posso filho, se for mais rápido vou ganhar uma multa.
Pê: multa? O que é multa?
Papai: multa é tipo um castigo quando fazemos algo errado no trânsito.
Pê: ah eu sei papai. É igual na escola, quando fazemos algo errado a tia coloca a gente para acalmar o corpinho.
Papai: ah é, filho? E você já precisou acalmar o corpinho?
Pê: já papai. Muitas vezes. Umas dez vezes.

Tá bom, captei a ideia. E as conclusões científicas?

Papai: Ih Pedro, você tomou uma mordida de mosquito na barriga.
Pê: É papai, mas no pinto eles não mordem porque não tem osso.
Papai: ah é filho, mosquito só morde onde tem osso? E como você sabe que o pinto não tem osso?
Pê: Ué papai, você já viu caveira com pinto?!

Tá certo, eu nunca vi caveira com pinto. E para encerrar...

Papai: Pedro, você desceu a tirolesa sem medo (vou escrever um post sobre isso, aguardem...) e está com medo de encostar nas plantinhas da margem do rio?!
Pê: Não papai, não é medo. É que estas plantas são sujas.
Papai: Sujas? Por que filho elas são sujas?
Pê: Porque no lago tem sapo e eles pisam nas plantas. Você não sabe que o sapo não lava o pé?!

Justo, ninguém quer ficar com chulé de sapo no corpinho descansado e que tem osso apenas onde os mosquitos mordem...

Beijos do papai-que-ama-bater-papo-com-os-filhos