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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Volta ao trabalho


Estou há exatos 5 meses grudada no Pedro, com exceção de raríssimos momentos. Desde ontem me deu um aperto no coração, um nó na garganta, uma dor de estômago... Só de olhar meu menino algumas lágrimas brotavam.

Como é estranha esta ideia de tempo. Quando penso no Pedro, parece que ele está há muito mais de 5 meses brincando, falando e interagindo conosco (fora da barriga). Quando penso no trabalho, parece que foi ontem que entrei de licença. Como é possível?

Confesso que cogitei parar de trabalhar, pois além de saber o quanto seria difícil deixar o Pedro, acho importante participar mais da criação e evolução dele. Mas por outro lado, minha mãe (que fez isso) me alertava que passa rápido demais, que logo ele seria um menino bastante independente e que provavelmente eu não poderei dar a ele tudo o que gostaria, pois há a questão prática/ financeira.

Somado a isto, fica o medo da cobrança. Me peguei falando pro Pedro mês passado, quando ele chorava para dormir: “Pôxa, filho, mamãe tá tão cansada, faz tudo o que você quer, se dedica 100% a você há 4 meses, não é justo”. Se já estou “cobrando” agora meu filho, imagina daqui a 6 anos depois de ter largado tudo, por exemplo!

Não vou dizer que o primeiro dia de trabalho foi fácil. Morri de saudade, chorei quando saí de casa, mas foi bem menos pior do que eu esperava. E no fim do dia, mesmo cansada, foi compensador voltar para casa e ver aquele sorriso, mesmo que por alguns minutos. Pedro ficou o dia todo na farra ("Iupi! Minha mãe me deu espaço! Vou aproveitar!") e parecia só estar esperando eu chegar para tomar banho, mamar e dormir até hoje de manhã.
Nada é tão ruim quanto parece nem tão bom que não possa melhorar. Estou certa de que nossa vida ficará cada dia mais especial.



3 comentários:

  1. Eu ia ligar ontem à noite para saber de vocês, mas confesso que não tive coragem de roubar nem mesmo um minutinho do reencontro depois do trabalho... Muitos beijos!

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  2. Pois eu cheguei em casa ontem e ele já estava dormindo. Que dóóóóóó. Dá muita saudade do moleque!

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  3. Vai chegar o dia em que o Pedrinho vai chegar em casa e ... papai e mamãe já estarão dormindo! (ou terão acabado de acordar!)

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