1) Pedro pulava do carrinho e ia correndo para as tartarugas.
2) Ficava um tempão rodando o laguinho, apontando e brincando com elas.
3) Depois de muita insistência ele aceitava seguir adiante e entrávamos no JB propriamente dito.
4) No caminho do grande lago, passávamos em um pequeno lago com cachoeira onde sempre tem alguém posando para fotos de book. Pedro ficava uns cinco minutos ali e saía correndo para o grande lago, ver o peixe de bocão.
5) Pedro caía e ralava o joelho durante a corrida.
6) Chegávamos ao lago e ficávamos quase uma hora vendo os peixes.
7) Depois de alguma insistência, Pedro aceitava seguir adiante para o parquinho.
8) Pedro caía e ralava o outro joelho durante a corrida.
9) Horas e horas se passavam no parquinho até que batia a exaustão e ele aceitava, depois de muita insistência, voltar para casa.
Sempre foi assim e sempre foi divertido. Mas da última vez percebemos algumas mudanças que, pensando bem, mostram que o moleque está crescendo. Desta vez foi assim:
1) Pedro deu uma passada rápida nas tartarugas - já não achou tanta graça.
2) Correu para entrar no JB espontaneamente.
3) No caminho do grande lago passou no pequeno (onde havia um casal posando para a foto de booking) mas não ficou nem 10 segundos.
4) Caiu e ralou o joelho - algumas coisa não mudam...
5) Chegamos ao lago e ficamos alguns minutos vendo o peixe de bocão.
6) Fomos correndo para o parquinho e brincamos bastante. Mas ele enjoou da brincadeira bem mais rapidamente.
7) Quando estávamos caminhando em direção à saída Pedro resolveu explorar.
E foi aí que tudo mudou. Pela primeira vez ele resolveu experimentar novos caminhos, curtiu um pássaro que chamamos de "galinha diferente", ficou intrigado com rios que estavam vazios (na verdade pequenas valas que escoam as águas da chuva ou dos rios em épocas de cheia), passou horas observando um buraco vazio, adorou explorar o jardim japonês e quando achou um rio grande ficou atirando pedras na água para ver o que acontecia. Acho que, pela primeira vez, percebeu que o Jardim Botânico é um jardim, cheio de espaço e cantos que podem ser explorados. Muito bom!
Também houve uma parte cômica, claro. Vou descrever o cenário e, em seguida, o diálogo: de onde estávamos víamos muitas árvores, mas uma se destacava. Era uma árvore bem grande, maior que as demais, totalmente sem folhas e com o tronco branco. No topo da árvore havia algo que pareciam grandes casas de marimbondo:
Eu: "Pedro, olha aquela árvore diferente!"
Pedro: "Onde?"
Eu: "Aquela lá, olha. Ela é branca!"
Pedro: "É, é branca. O que é aquilo?"
Eu: "Não sei Pedro. Parece terra... ou uma casa de bicho..."
Pedro: "Acho que é cocô."
Eu: "Hã?"
Pedro: "Acho que é cocô de gigante..."
Quem sabe...
Beijos do papai-duda
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