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terça-feira, 30 de junho de 2015

Minha eterna metamorfose ambulante


Pedro já passou por diversas fases de temperamento. Nunca pensei que um ser tão pequeno pudesse ter tantas mudanças de personalidade.

Até uns 2 anos, tínhamos medo dele ser levado por um estranho pois ia com qualquer um. Depois passou a ser bastante cauteloso em suas investidas e, hoje em dia, temos que implorar, brigar e ameaçar para ele falar com as pessoas. Às vezes até pessoas próximas da família.

Ele acordava mal-humorado do seu sono vespertino, depois passou a acordar mais animado e agora nem dorme, mas até se ambientar e ser simpático ao chegar nos lugares leva um tempo. Normalmente, na hora de ir embora, depois de matar mil vezes a mãe de vergonha, ele distribuir beijos e frases positivas.

O mais angustiante é que as mudanças surgem sem aviso prévio e temos que nos adaptar correndo às novas e constrangedoras situações.

E como lidar com isso? Bem, domingo fui mais do que firme, resolvi ser malvadamente realista e meu coração quase partiu em um milhão. Pedro chegou na festa junina a convite do amigo Matheus Torres e ficou em seu mau-humor habitual.

- “Pedro, você está ficando um menino muito bobo. Se continuar assim vamos embora para casa e eu não estou brincando. E vai ficar sem seu brinquedo novo, para aprender que não é assim que se trata as pessoas”

Andou um trecho cabisbaixo e de bico e logo me chamou baixinho e choramingante

- “Mamãe, fiquei muito triste que você me chamou de bobo. Eu não gosto que você me chama de bobo”

- “Mas quem faz bobeira, que é o que você está fazendo, é bobo. Meninos bonitos e legais como você sempre foi não fazem bobeira. Então se você não quer ser chamado de bobo, não faça bobeira com as pessoas e volte a ser bonito e simpático.”

Confesso que para continuar firme e dar esta resposta, chorei por dentro mil vezes e quase por fora também. Como é duro ser mãe...




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