Pedro já passou por diversas fases de temperamento. Nunca
pensei que um ser tão pequeno pudesse ter tantas mudanças de personalidade.
Até uns 2 anos, tínhamos medo dele ser levado por um
estranho pois ia com qualquer um. Depois passou a ser bastante cauteloso em
suas investidas e, hoje em dia, temos que implorar, brigar e ameaçar para ele falar
com as pessoas. Às vezes até pessoas próximas da família.
Ele acordava mal-humorado do seu sono vespertino, depois
passou a acordar mais animado e agora nem dorme, mas até se ambientar e ser
simpático ao chegar nos lugares leva um tempo. Normalmente, na hora de ir
embora, depois de matar mil vezes a mãe de vergonha, ele distribuir beijos e
frases positivas.
O mais angustiante é que as mudanças surgem sem aviso prévio
e temos que nos adaptar correndo às novas e constrangedoras situações.
E como lidar com isso? Bem, domingo fui mais do que firme,
resolvi ser malvadamente realista e meu coração quase partiu em um milhão.
Pedro chegou na festa junina a convite do amigo Matheus Torres e ficou em seu
mau-humor habitual.
- “Pedro, você está ficando um menino muito bobo. Se
continuar assim vamos embora para casa e eu não estou brincando. E vai ficar
sem seu brinquedo novo, para aprender que não é assim que se trata as pessoas”
Andou um trecho cabisbaixo e de bico e logo me chamou
baixinho e choramingante
- “Mamãe, fiquei muito triste que você me chamou de bobo. Eu
não gosto que você me chama de bobo”
- “Mas quem faz bobeira, que é o que você está fazendo, é
bobo. Meninos bonitos e legais como você sempre foi não fazem bobeira. Então se
você não quer ser chamado de bobo, não faça bobeira com as pessoas e volte a
ser bonito e simpático.”
Confesso que para continuar firme e dar esta resposta,
chorei por dentro mil vezes e quase por fora também. Como é duro ser mãe...
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