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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

A Queda na visão do papai

Em 2004 foi lançado, na minha opinião, um dos melhores filmes de nossa época. O filme A Queda! As Últimas Horas de Hitler. O filme alemão que originalmente se chama Der Untergang, dirigido por Oliver Hirschbiegel e com o ator Bruno Ganz no papel principal é brilhante em demonstrar os últimos dias do Führer em sua lenta e gradativa queda que levou ao final da Segunda Guerra Mundial. Pois bem, lá em casa as quedas não são nem lentas, nem gradativas... aprendemos isso na alma com nosso primogênito agitado.

Basta uma rápida pesquisa no blog para lembrar. Em Junho de 2013 fizemos uma viagem à serra e Li comenta em uma das fotos ("Pedro não se ateve apenas aos brinquedos disponíveis. Partiu também para os esportes radicais: subir e descer morros em alta velocidade... ... e queda livre. Haja coração!"). Em Fevereiro de 2014 tomamos um baita susto achando que Pedro pularia de uma janela. Recentemente, quando fomos à Gramado o moleque correu e escorregou na beira da piscina. E, é claro, teve o maior susto de todos quando o moleque mergulhou do trocador, de cabeça, dentro da lata de lixo.

Estava relendo o post da queda do Pedro no lixo e desta vez eu consegui rir. Mas lembro que no dia foi desesperador. Pedro tinha quase 1 ano e dois meses quando resolveu praticar bung-jump de cima do trocador. Sem o elástico. Na semana passada a história praticamente se repetiu! Bernardo, 1 ano de dois meses, resolve seguir os passos do irmão e experimentar o tal bung-jump sem elástico. Adivinhem como foi que eu me senti? Quem disse "desesperador" acertou!

Estávamos eu, Pedro e Bernardo no quarto. Bê estava seguro dentro do berço porque não estávamos conseguindo administrá-lo enquanto nos arrumávamos para sair. Quando o colocamos no berço, geralmente ele dá uma reclamada rápida, mas logo depois começa a pegar todos os livros do irmão e fica entretido por alguns minutos. Pedro estava brincando na bancada e eu estava conversando com ele, pertinho, de costas para o Bernardo. De repente escuto um baque, um barulho seco, como se um saco de areia tivesse caído no chão.

Com a segurança de quem deixou o filho dentro do berço, me viro calmamente, já revirando os olhinhos, e pensando "mas o que foi que o Bê jogou no chão". Mas ao invés de um saco de areia ou um livro pesado, o é que eu vejo no chão?! O próprio! Bernardo deitado de bruços, com as perninhas e os braços esticados, nariz colado no chão e sem se mexer. Meu cérebro precisou de um segundo para processar o que estava acontecendo. Como diria Caetano, "alguma coisa está fora da ordem"... como foi que o Bê conseguiu jogar o Bê para fora do berço?! Opa, peraí... "Bernaaaaaaaaardo meu filho, você caiu no chão?!".

Comecei imediatamente a tremer e a chamar a mamãe. Do Bernardo. Não sei se ele chorou da queda ou chorou porque foi arrancado do chão por um pai nervoso e neurótico. Mamãe apareceu rapidamente no quarto, pegou o moleque no colo enquanto eu apertava seus bracinhos e perninhas para ver se alguma coisa tinha quebrado (tipo, virei ortopedista agora...). Depois olhei sua boquinha para ver se os quatro dentinhos ainda estavam lá (dentista...) e ainda fiz um rápido exame de fundo de olho (neurocirurgião pediátrico?!). Tipo, o sujeito não sabe nem a diferença de Keflex para Novalgina, mas nessas horas vira pediatra!

Acabou que o moleque logo se recuperou, rapidamente estava rindo novamente, pedindo biscoito e fazendo bagunça. Não levou nem cinco minutos para subir no sofá e me deixar nervoso novamente. Já o pai, mais uma vez teve dor de barriga e treme só de lembrar daquela visão.

Beijos do último-dos-mortais...

Depois do evento, o quarto ficou assim...

...são tão calminhos... o que vcs acham?

...agora eles estão seguros?




segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

A queda

Descobrimos que dois filhos dá mais que o dobro de trabalho que apenas um. Não sei se é regra, se somos fracos e velhos ou se isto se deve ao fato do caçula ser uma verdadeira pestinha!

Acho que Bernardo deve ter me ouvido dizer (enquanto ainda estava na minha barriga) que ele tinha cara de gorducho calmo e bonachão e está tentando se vingar. Fato é: estamos em vias de perder nossa sanidade mental. 

Tenho vontade de sair correndo-pelada-gritando umas 3x por dia. O pequenino parece um polvo a jato. Em segundos, ele consegue abrir todas as portas dos armários da casa, tirar todos os cds de um, quebrar alguma travessa do outro e jogar todas as meias do Duda no chão. E quando conseguimos alcançá-lo, ele já está em cima de algum banco tentando escalar algum móvel, prestes a cair. Haja fôlego e academia. 

Mas é impossível se manter aborrecida, pois é só tomar uma bronca que ele abre aquele sorrisão, manda beijo e se de todo não amolecemos, ele parte para o abraço e chamego sem fim. É um fanfarrão!

Esta semana, depois de ter destrambelhado a máquina de lavar-louça, arrancado a tampa do tamborete com a boca e de eu ter brigado com ele umas 40 vezes, não teve jeito, Bernardo foi para o castigo, que significa ficar dentro do berço. No início ele reclamava, agora faz cara de "ok", puxa um livro, senta no colchão e nem olha para trás.

Duda estava no quarto ajudando Pedro, de costas para Bernardo no berço, quando ouve um barulhão e pensa enquanto vira 'o que será que Bê derrubou". Susto: ele mesmo! O pequenino estava estatelado no chão de barrida para baixo e braços abertos. Grito do Duda, choro do Bernardo e lá vou eu desembestada, sabendo que alguma coisa ruim tinha acontecido. 

Dr. Pediatra nos acalmou, mas pediu que ficássemos ligados quando Bernardo acordasse da soneca pós almoço. Se ele não vomitasse, estava tudo bem. E a hora simplesmente passou a passos de cágado neste dia. Mas com a graça do bom senhor, foi só um susto mesmo.

E o fim de semana foi de desmontagem de berço e rearrumação do quarto, mesmo sabendo que não ficaremos em paz, pois o risco de despencar do berço passou, mas qual será a proeza que a mini gente vai praticar podendo acordar e andar livremente pela casa?

Esta noite já dormi com um olho fechado e outro aberto. 


Tem sorrisos mais lindos, meu Deus!

É muito gaiato

E vamos desmontar!










segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

As grandes mentes da humanidade II

Este post foi escrito por mim em 16/11/2016 para ser publicado logo após o post As grandes mentes da humanidade. Por razões de falta de tempo e organização, ainda não havia sido publicado. Apesar disso, resolvi publicá-lo mesmo assim, sem mudar o contexto, para que ficasse mais interessante... aí vai.



Ontem eu escrevi sobre uma das maiores cabeças pensantes do mundo. Hoje vou escrever sobre a outra.

Pedro já fala bastante. Já sabe se explicar, argumenta, briga, elogia, questiona, tenta convencer, consegue convencer... enfim, comunicação não é mais um problema pra ele.

Até a dicção tem melhorado muito. O poxquê, a poxta e o quarxto já foram definitivamente substituídos por porrrrrrquê, porrrrta e quarrrrrrto. Assim mesmo, deste jeito porrrrrrque depois que ele aprendeu a falarrrrrr o erre cerrrrrto ele não economiza mais no fonema.

Às vezes até exagera, tadinho, colocando erres onde eles não exiztem. Tipo "papai, você pode tirarrrrr este pórrrr do meu quarrrrrro, porr favorrrrr?". "Oi filho, tirar o quê?". "O pórrrrr". "Ah filho, não é pórrrr, é pó, sem o erre no final". "Tá. Tira.". "Tiro".

Então, já que ele superrrr se explica, tá fácil entenderrrr o que se passa dentro de sua cabeçonazinha, cerrrrrrto? Não, nem sempre!

Passamos uns dias chuvosos em Teresópolis em que mal saíamos de casa. Um dia eu olho para fora da porta da cozinha e vejo um super besouro chifrudo parado ali perto. Dividido entre o instinto de sobrevivência (sair correndo, gritando e batendo na cabeça) e o instinto de educador (aproveitar a oportunidade e interesse do Pedro para explorar novos conhecimentos), decidi chamar o moleque para ver o monstro, quer dizer, o inseto.

Pedro, é claro, adorou! Ficou abaixado perigosamente perto do bicho e quis movê-lo, tirando de perto da chuva. Com ajuda de uma pá de cabo bem longo e muita coragem, levei o chifrudo para varanda, onde Pedro, para humilhação geral dos adultos presentes (eu) mexeu, tocou e segurou o tacanho entre os dedos.

O interesse foi tanto que tive a ideia de levar o mini-rinoceronte para o Rio, colocá-lo em um vidro (muito) fechado para que Pedrinho levasse para a escola no dia da novidade. Me empolguei e pesquisei sobre besouros de chifre na internet, descobri que nosso espécime era fêmea e comia seiva. Até escrevi um textinho para ele levar junto para a escola. Tudo lindo, todo mundo empolgado.

Até que, no dia seguinte, já entrando na escola em direção à sala Pedro fala "mamãe, pode levar o besouro embora, não quero trazer para a sala". Oi?! Mas filho, porrrrrrrrrrquê? Me explica?! "Eu esqueci que não queria trazer".

Enfim, lá se foi a besoura para o trabalho da mamãe. Só espero que ela tenha aproveitado, tenha mostrado o bicho para todos os amigos e amigas de trabalho e tenha lido o meu textinho, pesquisado na internet, para todo mundo ficar sabendo um pouco mais sobre este bicho estranho.

Vai entender...


Lendo (?!) gibi...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Despedidas

Como já escrevemos no blog, a turminha do Pedro na escola é muito boa, não só as crianças como os pais também. Muito provavelmente devido a homogeneidade de pensamento dos pais. Nunca tem confusão, estamos sempre juntos e com opiniões e estilos de vida bem próximos.

Quando ficamos muito tempo sem ver os pequenos, sentimos falta. Eles são demais. O jeito de serem amigos, as conversas, as brincadeiras. Tudo muito gostoso e divertido.

E da mesma forma que curtimos a proximidade, sofremos demais com a distância. Quando vem o anúncio de que um deles terá que partir é um aperto no peito tão grande. Ano passado Théo e Duda nos abandonaram. Théo apenas mudou de escola e consegue participar de muitos eventos nossos ainda, mas Duda só vemos por facetime ou foto pois foi morar em Nova Iorque.

Este ano foi a vez do Dudu partir. Mas jamais, nenhum deles, sem uma grande despedida. Daquelas para deixar como recado que não precisa abrir mão da relação apenas por conta da distância física.

Espero que este laço de amizade de fato seja forte o suficiente para não se perder no tempo e no espaço.

E já estou tentando me preparar emocionalmente para o ano que vem, quando acaba nossa vida sem igual Criativa e cada um seguirá seu rumo. Vai ser duro, muito duro.



















quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Bernardo na escola

Finalmente Bernardo começou na creche. Digo finalmente pois de verdade acredito que nada substitui um ambiente escolar saudável. Nem os pais. Por mais instruídos que fôssemos ou buscássemos ser para o pleno desenvolvimento de nossos filhos, o convívio social deixaria a desejar.

Estar com amigos compartilhando, dividindo, aprendendo faz toda a diferença. Eu de fato acredito que o mundo do Bernardo se ampliou. São muito mais possibilidades, novidades, atividades. Claro que a adaptação dá aquele apertinho no peito, afinal, deixamos naquela casinha ali pertinho da nossa casa o que temos de mais precioso no mundo.

Marcamos dia 03 de janeiro para iniciar o processo, mas Bernardo dormiu na hora de sair. Acordou tarde e tivemos que adiar para o dia seguinte. Mamãe deu mole, pois já devia ter passado o mês de dezembro tentando mudar a rotina do pequeno. Infelizmente esta cãibra mental acabou prejudicando um pouco o bom andamento das coisas, mas está se resolvendo.

No dia 04 então, ele chegou distribuindo beijos e abraços entre as crianças, pude já me afastar e esperá-lo na recepção. Não cantei vitória, afinal tudo era encantador. Muitos brinquedos, muito espaço, muitas crianças. No segundo dia ele repetiu a dose, só não quis almoçar, o que fez com que voltasse mais cedo para casa. No terceiro dia veio o avanço: brincou, comeu e dormiu!

Bernardo ainda dá aquela reclamada quando chega, mas logo distrai. Acho que teremos um mês de tranquilidade com uma adaptação sem grandes problemas.

Segundo a tia, ele já conquistou a creche toda, que vai lá tirar casquinha do pequeno. Se ele é dengoso, vai ficar ainda mais, pois me parece que não está faltando colo para aquele 1m de pura gostosura.

Achei que Bernardo daria trabalho, pois ele é mais agarradinho mesmo. Mas ao contrário das minhas expectativas, ele está se saindo muito bem.

Prontinho para o grande dia...
... mas dormiu

Bê dando tchau para nós achando
que ia para a escola só com o irmão


terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Mais fotos do Reveillon

Como a delícia cresceu rápido 
Felicidade pura


Beth na piscina, gente!!!!! O que um neto não faz :-)

Quase matou a avó!

Noite linda

Momentos incríveis

Amor, muito amor
Soneca gostosa...

Safari sempre! Como não?

Os dois adoraram, mas
Pedro de fato é louco por bicho. 

Tem como ser melhor?

É muita gostosura em tão pouco espaço.

Feliz feliz!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Reveillon

Como nos dois últimos anos não vi o ano novo chegar, resolvi pedir ajuda ao meu amado cliente e consegui passar este Reveillon no Hotel Portobello. Eu estava quase certa que seria mais fácil me manter acordada em um local cheio de gente e animado, mesmo que fosse necessário virar a meia noite na varanda do quarto. 

Foi mara mesmo! Os meninos aproveitaram tanto ou mais que a gente, eu não tive que me preocupar com nada além de me divertir durante 4 longos dias e para ficar perfeito o sol não nos abandonou nem um segundo. 

Encontrei pessoas queridas, levei outras mais queridas ainda e a única coisa que eu mudaria seria poder levar mais pessoas queridas comigo. 

A festa foi bonita e bacana, a banda era engraçada e fez a galera dançar, o clima foi total família, pudemos fazer a contagem regressiva e estourar nossa champagne! Do quarto, sim, mas muito realizada e feliz!

Os meninos acabaram dormindo durante a festa e minha santa mãe ficou com eles no quarto para eu e Du aproveitarmos um pouquinho da banda. Antes da virada subimos e passamos todos juntos na varanda do nosso quarto. Pedro ainda acordou e mesmo mal-humorado de cansaço foi conosco ver os fogos, mas logo dormiu de novo. Eu e Du ainda continuamos ali para agradecer à vida.

Com certeza 2017 começou com alto astral! Um ótimo ano para todos nós. 








sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Para o alto e avante!

Bernardo, para desespero do meu pobre coração, iniciou sua fase de escaladas.

Há coisa de 2 semanas achei que a criaturinha estava muito quieta e fui ver o que estava acontecendo. Ele tinha arrastado a cadeira para perto da mesa do quarto deles, subido na cadeira e já tinha colocado um pé na mesa, muito provavelmente para subir na escrivaninha, na tentativa de chegar ao Buzz que mora na prateleira e que ele ama. 

A partir daí, a qualquer oportunidade a perninha levanta rumo ao alto: sofá, cadeira, barra da piscina, qualquer coisa que possa ajudá-lo a subir e subir e subir. Acho que o rapaz curtiu ver o mundo de cima, ou sei lá o que.

Como não dá para virar todos os sofás e cadeiras impedindo seu novo hobby, o jeito foi matricular o pequeno na creche para gastar energia em um lugar totalmente preparado para sua faixa etária, além de canalizar sua força e inteligência para o bem enquanto é tempo!  


quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Por que os filhos são tão diferentes?

Só pode ser para mostrar para os pais que as boas coisas da vida não são fáceis. Que ter filhos é uma eterna caixinha de surpresas e que o aprendizado é constante. Se você acha que é só uma questão de criar bem, você não teve dois filhos. Ou simplesmente teve a sorte de ter dois anjinhos. 

Agora que já estamos há 5 anos da primeira experiência, por fato ou por puro esquecimento, nos parece que Bernardo é uma criaturinha de bem mais personalidade. 

Sim, verdade. Pedro sempre nos tirou o fôlego. Mas estamos chegando à conclusão que nosso primogênito é agitado desde que nasceu em um ritmo mais acelerado que o normal, como já confirmamos através de relatos alheios ao convívio familiar, mas cordato. Ele nunca fez pirraça ou, se rolou qualquer tentativa ele certamente não levou adiante quando repreendido. Também não tivemos que desmontar a casa inteira ou lacrar as portas de todos os móveis pois ele não mexia em nada. 

Já Bernardo, quando contrariado, se joga para traz com as mãos para o alto, emitindo sons quase estéricos, desde que teve o mínimo controle de seu próprio corpo. Inacreditável. Abre tudo, mexe em tudo e ficou de castigo um milhão de vezes. 

Que Pedro só passe a ler o blog quando já tiver seus próprios filhos mas tenho que confessar que ele é um anjinho perto do caçula!

Mas por outro lado Bernardo é chameguento, enquanto o senhor independência dentro em breve não vai mais querer saber de pai e mãe. Além de ser um conquistadorzinho sem vergonha, que nos enche de beijos quando é chamada sua atenção. 

Ou seja, em nosso louco lar temos um pouquinho de tudo e amor a transbordar, imprimindo enorme felicidade a cada dia.



bj