Este post foi escrito por mim em 16/11/2016 para ser publicado logo após o post As grandes mentes da humanidade. Por razões de falta de tempo e organização, ainda não havia sido publicado. Apesar disso, resolvi publicá-lo mesmo assim, sem mudar o contexto, para que ficasse mais interessante... aí vai.
Ontem eu escrevi sobre uma das maiores cabeças pensantes do mundo. Hoje vou escrever sobre a outra.
Pedro já fala bastante. Já sabe se explicar, argumenta, briga, elogia, questiona, tenta convencer, consegue convencer... enfim, comunicação não é mais um problema pra ele.
Até a dicção tem melhorado muito. O poxquê, a poxta e o quarxto já foram definitivamente substituídos por porrrrrrquê, porrrrta e quarrrrrrto. Assim mesmo, deste jeito porrrrrrque depois que ele aprendeu a falarrrrrr o erre cerrrrrto ele não economiza mais no fonema.
Às vezes até exagera, tadinho, colocando erres onde eles não exiztem. Tipo "papai, você pode tirarrrrr este pórrrr do meu quarrrrrro, porr favorrrrr?". "Oi filho, tirar o quê?". "O pórrrrr". "Ah filho, não é pórrrr, é pó, sem o erre no final". "Tá. Tira.". "Tiro".
Então, já que ele superrrr se explica, tá fácil entenderrrr o que se passa dentro de sua cabeçonazinha, cerrrrrrto? Não, nem sempre!
Passamos uns dias chuvosos em Teresópolis em que mal saíamos de casa. Um dia eu olho para fora da porta da cozinha e vejo um super besouro chifrudo parado ali perto. Dividido entre o instinto de sobrevivência (sair correndo, gritando e batendo na cabeça) e o instinto de educador (aproveitar a oportunidade e interesse do Pedro para explorar novos conhecimentos), decidi chamar o moleque para ver o monstro, quer dizer, o inseto.
Pedro, é claro, adorou! Ficou abaixado perigosamente perto do bicho e quis movê-lo, tirando de perto da chuva. Com ajuda de uma pá de cabo bem longo e muita coragem, levei o chifrudo para varanda, onde Pedro, para humilhação geral dos adultos presentes (eu) mexeu, tocou e segurou o tacanho entre os dedos.
O interesse foi tanto que tive a ideia de levar o mini-rinoceronte para o Rio, colocá-lo em um vidro (muito) fechado para que Pedrinho levasse para a escola no dia da novidade. Me empolguei e pesquisei sobre besouros de chifre na internet, descobri que nosso espécime era fêmea e comia seiva. Até escrevi um textinho para ele levar junto para a escola. Tudo lindo, todo mundo empolgado.
Até que, no dia seguinte, já entrando na escola em direção à sala Pedro fala "mamãe, pode levar o besouro embora, não quero trazer para a sala". Oi?! Mas filho, porrrrrrrrrrquê? Me explica?! "Eu esqueci que não queria trazer".
Enfim, lá se foi a besoura para o trabalho da mamãe. Só espero que ela tenha aproveitado, tenha mostrado o bicho para todos os amigos e amigas de trabalho e tenha lido o meu textinho, pesquisado na internet, para todo mundo ficar sabendo um pouco mais sobre este bicho estranho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário