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sexta-feira, 2 de junho de 2017

Islândia sem as crianças


Acho que pela primeira vez na vida programamos uma viagem com enorme antecedência. Mas também, pela primeira vez na vida, viajamos e deixamos nossos meninos pra trás. A ocasião era nobre. Eu e Duda estamos comemorando, este ano, 25 anos juntos. Uma data como esta merece algo especial. Uma segunda lua de mel. 

Duda planejou tudo, preparou o roteiro e pedi 100% de surpresa. Primeiro porque eu amo surpresa e depois para não ficar remoendo a ausência das crianças antes de acontecer. Decisão sábia. Porque pareceu que de repente chegou o dia que nunca chegaria. Foi uma mistura de felicidade e apreensão enorme. Me emocionei milhares de vezes recentemente (sim, eu sei, eu choro com anúncio de supermercado). Aliás, me emociono só por estar escrevendo isto.  Mas sei que a dupla ficou com um time incrível, que saudade é saudável e, além de tudo, muito bom para o amadurecimento do primogênito. 

Então, na segunda-feira, deixamos os meninos na escola com o coração na mão (a pedagoga veio correndo preocupada achando que eu tinha desistido) e partimos para Islândia. 

Estamos ainda no terceiro dia e meio de viagem e já posso afirmar que este lugar é muito mais do que incrível. Dá para se emocionar toda hora. Em diversos momentos o olho enche de água por simplesmente não acreditar que é possível existir algo tão mágico. Se os elfos existem, moram aqui certamente. 

Acho que já viajamos bastante e fizemos muita coisa diferente, além de muito ecoturismo. Vimos vulcão ativo, cratera de meteoro, paisagens lindas, fiordes, fizemos trekking no deserto e na geleira e nada, até hoje, se comparou a este país.  

Viajando de uma cidade a outra é possível se deparar com diversos cenários maravilhosos. A paisagem muda a cada instante e não precisamos comprar ingresso de nenhum parque para visitar monumentos da natureza. Da própria estrada vemos cachoeiras imensas, rios ferozes, lagos com icebergs, basaltos vulcânicos monumentais, desertos de gelo e de areia, geleiras colossais, vulcões, praias de areia negra, cavernas....

O clima é duro com os moradores e visitantes, mas aqui quem comanda o país é a mãe natureza e o homem que precisa se adaptar às diversidades por ela impostas. E o islandês não parece se incomodar com isto. É feliz demais. É um povo sorridente, prestativo, receptivo e lindo!


Primeira maravilha de cenário.
Quilômetros de campo de lava coberto por musgo.

Existem inúmeras cavernas nestes campos. 

Da varanda do quarto do nosso hotel em  Grindavik

Blue Lagoon. Várias lagoas de água termal se formaram.
Entramos ontem e é sensacional pois a água é esbranquiçada
devido a alta concentração de sais minerais e silica
(excelente para quem teve que entrar de calcinha e sutiã por conta
do extravio de bagagem), muito quente e com uma lama branca
ótima para a pele. Mesmo com a temperatura externa
a 8 graus, o frio é zero na água.
Esperando o mercado abrir às 10h!







2 comentários:

  1. Resolvi arriscar, mas achando que encontraria o "Serrote again". Que delicia encontrar esta postagem. Espero que vocês continuem a se divertir e a aproveitar muito essa viagem de Bodas de Prata. Mil beijos e tragam muitas histórias pra contar.

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  2. Que bom que a viagem está sem do incrível. Quanto a ficar com as crianças, também está sendo uma experiência incrível, cansativa , mas prazerosa. Eles estão muito bem. Quanto a saudade, é normal, dos dois lados. O Pedro é um garoto muito especial e o Bernardo ainda não entendendo a ausência dos pais, também está se comportando muito bem. Nós , eu e Soninha, também sentimos saudades, estamos com os dois filhos viajando.
    Beijos Nilton

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