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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Foi tão divertido

Passamos estes dias com o Guigo em um hotel em Mangaratiba e foi tão divertido que o moleque deu gargalhadas até dormindo. É sério, ele estava dormindo no colo do papai enquanto nos preparávamos para colocá-lo na cama e de repente ouvimos uma mega gargalhada! Olhamos assustados achando que ele tinha acordado, mas os olhinhos continuavam fechados. Acho que ele estava sonhando com o dia que tinha acabado de passar.

Quem nos acompanhou nesta segunda viagem do Pedro foi a dinda Fê e o tio e Rê e parece que eles se divertiram tando quanto nós e o Pedro. Logo que chegamos corremos para almoçar, mas como o restaurante fica na beira da piscina foi difícil segurar o moleque. Sorte que ele ainda não consegue sair correndo, então ficou em pé na cadeira dando gritos e pulinhos que, em sua língua, significam "caraca, estou perdendo a piscina. Que mania é esta que vocês adultos têm de almoçar!".

Mamãe comeu sua porção normal de almoço, que são duas azeitonas e uma batatinha, e correu para colocar a sunga e a bermuda de praia da criança, enquanto papai comia a sua porção normal de almoço, que são quatro bifes, duas colheres de arroz, quinze batatinhas, uma fatia de lasanha e uma folhinha de alface com azeite. Papai está de dieta.

A primeira parada do guri após o almoço foi na areia da praia. Ele não curtiu muito o mar, porque o barulho das ondas o assustou, mas adorou a areia! Adorou senti-la no meio dos dedos de seus pezinhos, adorou enterrar as mãozinhas e jogar areia sobre a cabeça e, mais que tudo, adorou a cosquinha que ela faz em sua garganta. Pois é, depois de oito meses esterilizando todos os objetos que se aproximavam a menos de um metro do bebê, o garoto enfia uma porção completa e generosa de areia na boca. Deixou de ser bebê.

Depois foi a vez do papai gastar um pouco do alface do almoço com o garoto na piscina. Pedro sentou na borda, balançou as perninhas, correu no espelho d'água (lembrem-se que para cada passo do Pedrinho dá significa que um adulto distendeu um bíceps femural ou outro músculo qualquer...), tentou engatinhar com o rosto afundando e adorou a piscina térmica.

O moleque, peixinho que é, curtiu cada minuto dentro das piscinas. Mas sucesso mesmo ele fez enquanto estava fora da água. Distribuiu sorrisos simpáticos entre hóspedes e o staff do hotel. Logo no primeiro dia a mamãe ouviu uma garçonete comentar com a outra: "que menino lindo. Será o bebê do ano no hotel!". Depois disso o ego da mamãe e do papai ficou inchado que parecíamos baiacus assustados.

E o Pedro continua com aquela mania de sorrir com mistério. Vocês vão entender o que isso significa. É que ele não sorri logo de primeira. Normalmente o adulto fica fazendo gracinha e ele fica olhando com um olhar blasé como se dissesse "mas que idiota, tão velho e tão bobo". Aí quando a pessoa já está no limite do ridículo e quase desistindo, ele solta um sorrisão banguela que faz qualquer um derreter. Pronto, todos conquistados.

Ainda temos muito para contar, mas o Pedro está dormindo neste momento e papai e mamãe resolveram aproveitar... para dormir também!

Beijos, dos baiacus mais inchados do oceano.





segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Brincadeira de primos

Dia 23 foi o aniversário da Li, que merece todas as homenagens por ser uma mulher e uma mãe amorosa, dedicada e muito carinhosa. No ano passado o Pedro acompanhou tudo de dentro do barrigão da mamãe que, gravidíssima e aniversariante, era totalmente o centro das atenções. Este ano mamãe já não foi tão centro das atenções assim com os primos dando show de brincadeiras de menino.


Pela primeira vez, Pedro e o Rafa realmente brincaram juntos. No início o Rafa meio que ignorava o bebê que tinha acabado de chegar. Penso que ele nem achava que era uma criança nova, aquela coisinha que se mexia e emitia sons, mas não saia do colo dos adultos. Depois, conforme o Pedro foi ficando mais parecido com uma criança, Rafa começou a se mostrar mais atencioso e mais carinhoso. Ficava também mais impressionado a cada dia, apontando orelhas, nariz e a boca do Pedro. No fundo acho que ele estava pensando "caramba, parece uma criança mesmo. Vejam, tem orelhas!".


Mas neste dia 23 foi muito diferente. Os dois realmente brincaram juntos. Primeiro dividiram os tambores de metal que temos na sala. (Quando foram comprados, achávamos que estávamos adquirindo bonitos pufes de metal importados da Indonésia. Agora está claro que não passam de tambores gigantes e esconderijos de criança). Depois o Rafa ensinou uma brincadeira para o Pedro. Consiste, basicamente, em se esconder dentro do tambor e surgir gritando ou rugindo como um leão enquanto os adultos vão ao delírio.




Revendo aquela cena chego a algumas conclusões importantes: primeiro que as festas aqui em casa nunca mais serão as mesmas. Adeus tranquilidade, jantarzinho, vinhosinho e petisquinhos. Daqui para frente será correria, tamborzão e farra. A outra conclusão importante é que, assim que mais alguém engravidar nesta família (Paula? Fê? Nando? Flávia outa vez?) ou quando João Marcelo e Santchiago estiverem no Rio, teremos que fazer uma vaquinha e providenciar outro pufe, porque senão vai faltar tamborzão.


Beijos do marido da aniversariante mais linda do mundo.



quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Comer, comer, é o melhor para poder...

Dar comida ao Pedro, definitivamente, não é uma das tarefas mais fáceis. Várias pessoas que ficaram responsáveis por cuidar do Pedro, hora ou outra foram obrigadas a jogar a toalha e partir para o leite, que hoje em dia o moleque dificilmente rejeita. De certo modo, vivo a dificuldade de alimentar o menino desde que ele nasceu. Não por falta de comida (ainda bem!), mas porque parece que ele não será um comilão mesmo. Quem não lembra do moleque tendo que tomar leite no copinho com menos de uma semana de vida? E o papai aqui suando e tenso com medo do menino engasgar!

Pois é, superadas as dificuldades iniciais, vieram as dificuldades adicionais! Refluxo, soluço, gases. Mas fomos superando uma a uma e o Pedrinho ganhando peso e altura conforme desejado. Mas isso não quer dizer que o almoço hoje em dia seja tarefa simples. Eu, por exemplo, encaro como se fosse uma batalha. Quando vai chegando a hora, preparo toda a logística, posiciono os reforços, traço uma estratégia e parto para cima do meu objetivo. Invariavelmente preciso recuar e improvisar, porque a resistência é forte.

Nos finais de semana, mamãe e eu fazemos um trabalho de equipe. Enquanto um distrai o Pedrinho, o outro fica com a responsabilidade de enfiar a colher na goela com o máximo de alimento possível. Para distrair vale qualquer coisa, por mais ridícula que se torne a situação. Música, dança, piadas, imitação de bichos... nada é tão ridículo que ainda não tenha sido tentado. Para o responsável pela colher, qualquer oportunidade precisa ser aproveitada. Esteja o moleque abrindo a boca para comer, rir, chorar ou bocejar. Abriu um pouquinho a boca, toma colher para dentro!

Mas algumas vezes a batalha é solitária e é neste momento que o planejamento, a criatividade e a sorte são fundamentais. Como qualquer pessoa, Pedro tem algumas preferências culinárias. Ele gosta muito, por exemplo, de batata baroa. Ok, não o suficiente para ficar quietinho abrindo a boca e comendo tranquilamente. Mas ter a batata baroa como aliada na hora do almoço é muita sorte.

Quando acontece comigo, por exemplo, uso a batata com muita cautela e parcimônia. Ao mesmo tempo que ela deve estar presente em todas as colheradas, é importante deixar uma reserva de emergência para o final do almoço. Quando o Guigo começa a rejeitar, dou uma colherada só de batata baroa. Em geral, ele acaba colaborando nas duas colheradas seguintes até perceber que a proporção de batata baroa caiu assustadoramente e voltar a fechar a boquinha solenemente.

Os apetrechos para o almoço também devem ser cuidadosamente pensados. Depois de alguns testes, acho que a melhor fórmula é começar apenas pedindo para o menino abrir a boca. Quando ele come mais ou menos 10% do almoço a dificuldade começa e aí entram o papai noel e o boneco de neve. São bonecos que cantam e balançam a cabeça. Cada vez que um canta, o Guigo se distrai e abre a boca. Isso nos dá mais ou menos mais 5% da porção do almoço, até que ele começa a ficar entediado com aqueles bonecos. Neste ponto eu já estou prestes a jogar uma cadeira na primeira pessoa que passar cantando "dingo bell", mas sigo controlado e determinado.

A partir deste momento é necessário intercalar distrações. Canto para ele a música do Alecrim, enfatizando o "A" do alecrim na esperança de que ele vá me imitar e abrir bastante a boca cantando junto comigo. Nunca funciona, mas eu continuo tentando. Repito insistentemente alguns sons sem sentido tipo "bababa buuuuuuu", "tchi tchi tchi", "wii wii wii". Batuco com a colher na mesa e na estátua de metal que fica sobre a mesa e aperto botões em brinquedinhos sonoros. Algumas vezes faço tudo isso ao mesmo tempo, ignorando a sugestão de que a criança precisa de um ambiente tranquilo para comer.

Mas o inferno é que o garoto se distrai mesmo é com um maldito grãozinho de arroz que sempre cai no meio das pernas dele. E aí, além de não abrir a boca, ele ainda fica olhando para baixo com o queixo encostado no peito e o dedinho jogando o grãozinho de arroz pra lá... e pra cá... pra lá... e pra cá... pra lá... e pra cá... a tentação de enfiar a colher pela orelha e ver se a comida encontra o caminho sozinha dentro do Pedro é gigante. Mas até hoje eu resisti e fico apenas insistindo "meu filho, olha para o papai, vai? Aqui ó... bruuuuuuuu, tchi tchi tchi, abre a boquinha vai".

Ontem resolvi usar uma colher pequena extra para ajeitar a comida na outra colher, aquela que deveria levar o alimento à boca do Pedro mas geralmente acerta o nariz, o queixo ou fica batendo na sua boca fechada. O engraçado foi que lá pelo meio da batalha, que por sinal eu estava perdendo, fui limpar o queixo do Pedro com a colher pequena e ele abriu um bocão. Sério, foi a primeira vez na refeição que ele abriu a boca com vontade e eu estava com uma colher vazia!!!

Mas, pelo menos, percebi o truque e passei a usá-lo a meu favor. Juro que não usei a colherzinha como fórceps para abrir a boca dele. Bem, quase não usei. Deixa esta parte para lá, o truque era encher a colher principal de deixar à postos, tipo a dois centímetros da boca do rapaz. Com a outra mão, passa a colherzinha no queixo como se fosse apenas limpá-lo e no momento em que ele abre a boca, tasca comida pra dentro!

E assim, no final de uma hora de batalha, papai ostenta orgulhoso o potinho vazio, apesar do suor escorrer por todo o meu corpo e o chão ficar salpicado de comida a três metros de onde o Pedro senta para almoçar.

Beijos do pai-soldado.

Colherzona e colherinha... amigas inseparáveis!

"Abre a boquinha, vai?..."

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Primeiras vezes


É muito bom proporcionar novas experiências ao Pedro, sejam elas gastronômicas, sensitivas, de diversão... É sensacional ver a reação do nosso pequeno, principalmente quando é um sorrisão gigante ou uma gargalhada gostosa.

Sábado, Pedro foi a seu primeiro casamento. Aliás, da priminha que levou as alianças no MEU casamento (fala sério!). Ele se comportou como um príncipe, distribuiu sorrisos para o fotógrafo e ficou dando gritinhos de alegria durante a cerimônia. Desculpa Bru e Diego, mas nosso menino estava muito feliz! Tiramos ele da igreja diversas vezes para não atrapalhar.

Pedro batizou o vestido novo da mamãe que teve que ir em casa trocar de roupa para a comemoração. Mas desta, o pequeno ficou fora.

E hoje ele foi à piscina de manhã. Filho de peixinho peixinho é. Pedro ficou amarradão! Fez a maior farra na água que estava gélida. Nem tive coragem de entrar. E ele não queria sair. Tirávamos ele da água e ele se virava para tentar entrar novamente. Muito bom.

Quero ter milhares de novos momentos com o Pedro e com o pai do Pedro, pois não existe nada melhor no mundo!
Agora será o primeiro aniversário da mamãe rsrsrs, o primeiro Natal, o primeiro Reveillon... Mês interessante este tal de dezembro :-)

Bjs de uma mãe em festa!!!!!!!!!!!!!!!!





Filho de peixe

Guigo foi conhecer uma piscina pela primeira vez em sua vida. Aproveitamos que o verão chegou de verdade e descemos com ele para a piscina do condomínio às 8:00h de hoje. Já tínhamos recebido autorização do pediatra para isso. Segundo papai há mais de três meses... segundo mamãe há apenas dois meses. Acho que cada um de nós ouve a resposta que mais nos convém na consulta, mas aí é outra estória. O post de hoje é sobre a reação do nosso menino à água gelada da piscina.

E ele adorou! Já presenciamos alguns bebês entrando pela primeira vez em uma piscina e geralmente eles choram pelo menos um pouquinho. Pedro foi diferente, enquanto papai sofria para entrar na água com seus ossos congelando, Pedro só não se atirou de cabeça porque a mamãe segurou firme. Primeiro o colocamos sentadinho na borda, com os pés na água. O moleque levou dois segundos para começar a balançar as perninhas e rir com a água espirrando.

Logo esta brincadeira ficou sem graça e ele resolveu testar com as mãozinhas. Depois entrou na água de corpo inteiro, só deixando a cabeça para fora (com o papai e a mamãe segurando, é claro). E foi aí que o moleque riu para valer. Adorou jogar água para cima, adorou bater as pernas e adorou a brincadeira que o papai fez, como se ele estivesse nadando. Só quando o viramos de costas para a água, em posição de boiar, que ele não gostou muito. Não chegou a chorar, mas deu uma reclamadinha.

Depois de ficar uns 15 minutos na água, resolvemos esquentá-lo um pouco ao sol. Mas Pedrinho tinha gostado tanto da água que ficava engatinhando em direção à piscina e dando aqueles gritos que significam "façam o que eu quero! Agoooooora!!!". O moleque não nasceu na água, mas pelo jeito vai adorar seus dias de sol, piscina e praia e eu vou correndo comprar um par de nadadeiras, máscara e snorkel.

Beijos do pai-peixe.







segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Tribo

Em Fevereiro, antes mesmo do Pedrinho nascer, escrevi aqui sobre o Planeta Criança. Naquela ocasião tinha apenas uma pequena dimensão sobre o que significava viajar para este planeta. Estávamos planejando as compras do enxoval do Guigo e percebendo que as opções eram bastante vastas e que ser pai exigia conhecimentos técnicos apurados. Mas, apesar de já ter o ticket, naquela época ainda não tinha embarcado para o tal planeta.

Agora já o estamos habitando há um tempo. Pedro nem é mais um bebê, já é uma criança que rola, engatinha, bate com a cabeça, fica em pé no berço, faz chantagem emocional, sabe o que quer e manda e desmanda nesta casa. Mas a viagem é tão intensa que, por algum tempo, esqueci de observar. É mais provável que eu simplesmente não tenha tido tempo de observar, enquanto tentava convencer o Pedro a comer mais uma colherzinha do almoço.

Mas neste final de semana, de repente, percebi com um certo deslumbre que já sou um veterano deste passeio ao planeta criança. É claro que existem outros passageiros mais frequentes e antigos do que eu, só que já não me sinto tanto aquele pai trainee com um moleque quietinho de pescoço mole que não incomoda ninguém. Esta percepção aconteceu no Jardim Botânico, sábado de manhã.

Fomos encontrar amigos para mais um agradável café no espaço criado pelo Príncipe-Regente Dom João em 1808. Logo que chegamos ao café e escolhemos uma mesa, notei um casal com um bebê muuuuuuito bebê no carrinho. Eles estavam com aquela cara de pai-zumbi enquanto o neném dormia calmamente com a cabecinha caída sobre os ombros.

Aquela visão, enquanto eu e Li segurávamos um Pedro frenético querendo andar, subir na mesa, rasgar os guardanapos e sua amiga Catarina deixava claro para a garçonete o que ela gosta e o que ela não gosta no café da manhã, tive um vislumbre de que aquele casalzinho vivia um período que, apesar de ter sido há poucos meses, já não fazia mais parte da minha vida.

Depois fomos para o parquinho das crianças dentro do Jardim Botânico. Não há um lugar que realmente represente o planeta criança melhor do que um parque de areia e lama no primeiro sábado de verão com sol. Foi ali, sentado na sombra enquanto o Pedro tirava um rápido cochilo, que me dei conta de que realmente faço parte de uma nova comunidade.

As crianças corriam de um lado para o outro, todas muito enérgicas. Eram crianças de todas as idades, raças, credos e classes sociais. Mas ali no meio da areia molhada não fazia muita diferença se era um moreninho usando shorts e sem camisa, uma princesinha vestida de rosa com babados ou um lourinho fantasiado de super-homem. Depois de cinco minutos no parquinho, todos pareciam bichinhos cheios de areia com algum pai ou mãe correndo atrás.

Olhei a cena toda e pensei... "pois é, agora eu faço parte desta tribo. Sorte que o Pedro ainda não liga para brincar na areia suja". Cinco minutos depois o Pedro acordou e foi brincar no chão. E adorou a sensação da areia em seus dedinhos...

Beijos do pai-trainee-sênior.



domingo, 11 de dezembro de 2011

Finalmente o garotão foi à praia!

Hoje foi o primeiro sol de final de semana depois que o médico do Guigo o liberou para conhecer a praia. Nem preciso dizer como papai e mamãe estavam ansiosos pelo momento, ratos de praia como somos. Na verdade, o sol deu apenas uma palhinha de manhã cedinho, mas não bobeamos e corremos com o moleque para o Baixo Bebê no Leblon.

Fomos os primeiros a chegar na praia hoje. Além de nós, só alguns garis e adolescentes voltando da night. Esticamos a canga e ficamos parecendo três crianças mineiras que nunca tinham ido à praia. No início, o Pedro ficou meio desconfiado com aquele chão mole debaixo da canga engolindo os seus pezinhos quando ele caminhava. Mamãe também estava meio desconfortável do seu bebê ter contato com as areias poluídas do Leblon.

Até que, em uma bobeada, o garoto meteu a mão na areia e só não levou correndo à boca porque ficou intrigado com aquele material úmido entre os seus dedos. Mamãe relaxou e resolveu levá-lo para um passeio descalço sobre a areia. Pedro ficou tão entusiasmado que saiu correndo e levou alguns segundos para perceber que havia algo estranho sobre seus pés. De repente parou, mexeu os dedinhos, levantou a sola do pé para olhar de baixo e saiu correndo de novo, rindo e definitivamente apaixonado pela praia. É o nosso garoto!

Pedrão conheceu a Dona Neuza e a Josi, que no futuro venderão coco e cerveja para o ele, tudo a seu tempo. Muito simpático, foi só sorriso para as duas. Aproveitamos para mostrá-lo novamente à Yemanjá, pois da última vez que ela o viu ele era muito pequeno e de cara redonda. Demos uma rápida passada no escorrega e depois de mais algumas gargalhadas voltamos para casa com a sensação de que esta uma horinha de praia já tinha valido o final de semana!

Beijos papai e mamãe.

Meninos prontos para ir à praia

Quem é o rei do Leblon?

Menino do Rio...

Fome de praia!

Vamos correr!

Opa, o que é isso no meu pezinho?

Ha ha, gostei!

Fiquei cansado, ainda bem que ganhei um biscoitinho Globo

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A gargalhada mais gostosa

Dia desses cheguei em casa às oito horas em ponto. Correndo para tentar pegar o Guigo acordado, porque é muuuuuuuito mais gostoso chegar antes dele dormir, mesmo que seja por poucos segundos de olhinhos abertos. Mas eu sabia que as minhas chances eram baixas, pois o moleque dorme cedo para poder aproveitar o dia seguinte.

Quando cheguei, não deu outra. Casa em silêncio total, luzes apagadas e até a Salete já estava dormindo. Eu estava todo atrapalhado com mochila, correspondência, sacola e chaves na mão, mas não queria fazer muito barulho para não acordar a fera. Fui na ponta dos pés descalços até o meu quarto para encontrar a Liginha. Pelo silêncio parecia que até ela estava dormindo.

Quando entrei no quarto, ainda todo carregado, dei de cara com o cara (Pedrão é "O" cara!) na cama, deitadinho de lado cara a cara com a mamãe, que logo fez sinal de "silêncio" porque o moleque tinha dormido naquele exato instante. Obediente que sou 04 (depois eu conto esta estória) comecei a dar meus passos de costas para fora do quarto. Ainda carregando mochila, correspondência, sacola, chaves e os meus sapatos.

Mas aí a mamãe deu a ótima idéia de que eu colocasse o garoto no berço. Tipo um prêmio de consolação por não ter chegado a tempo de brincar com o moleque. Achei uma ótima idéia e corri para, silenciosamente, largar as coisas na sala (medo de acordar a outra fera, Salete) e lavar as mãos sujas de transporte público.

Todo feliz e com muito cuidado peguei o Pedro no colo... mas ele abriu um olho, me viu, esticou a mãozinha, apertou o meu nariz e deu um sorriso. Não, eu não estava vestido de palhaço e o meu nariz não tem buzina, mas o garoto que estava dormindo há meio segundo achou graça nisso. E depois que fomos para o quarto dele ele começou a balançar as perninhas e soltar mega gargalhadas gostosas!

Confesso que mesmo com a consciência um pouco pesada, adorei!!! Pedro ficou todo feliz que o papai havia chegado e como eu podia ser responsável neste momento? Virei criança e fiquei brincando e rindo com ele. Foi gostoso demais. Depois de uma hora mais ou menos o moleque deu low batery e começou a chorar de sono. Fiquei com ele no colo até que ele fechou os olhos e dormiu. O sorriso no meu rosto, porém, ainda demorou muito para sair.

Beijos do papai sorridente.


domingo, 4 de dezembro de 2011

E o ritual chamado dormir?

Mamãe escreveu ontem sobre os rituais do nosso pequeno na hora de acordar. Não dá para negar que é muito gostosinho ser acordado com seu sorriso ou com o meu nariz abocanhado por uma gengiva babada e sem dentes. Mas, para ser sincero, bem que podia ser um pouquinho mais tarde! Antes do Pedro nascer eu acordava por volta das seis da manhã, me arrastava pra fora da cama e ia correr me achando "o" atletinha.

Aí veio o moleque e as rondas noturnas para mamá, ajeitar a coberta, tirá-lo de uma posição incômoda enquanto dormia ou simplesmente ver se ele ainda estava respirando. Não sei se todos os pais se preocupam com isso, mas os pais do Pedro sempre davam uma conferidinha durante a noite. No início o bebê tinha que se alimentar de três em três horas, mas o moleque era tão preguiçoso que às vezes nós tínhamos que acordá-lo para dar o leite.

Em algum momento, não sei exatamente quando, o moleque passou a decidir as horas em que acordaríamos. Ele continua acordando uma vez de madrugada. Às vezes é no início da noite, por volta de 23:00h. Às vezes é no meio, por volta de 01:00h. Mas tem um reloginho que desperta dentro do moleque às cinco da manhã que é fogo. Perdi a conta das vezes em que levantamos com ele para dar "bom dia para o dia" e... o dia ainda nem tinha acordado!

Se antes a corrida começava por volta das 06:30h, hoje a maratona é a partir das cinco da madruga! Tio Edu deve ficar orgulhoso. Enquanto ele pedala no aterro, a turma aqui está engatinhando de uma lado para o outro, correndo atrás de bolinhas com chocalho e espalhando brinquedinhos pela sala. Esta semana o garoto resolveu dar um  descanso para os pais e passou a acordar depois das seis da manhã. Em compensação foi dormir uma horinha mais tarde.

Só que ontem ele fez diferente. Dormiu mais tarde e acordou mais cedo. Afinal, era sábado e não podíamos perder um minuto, não é?

Beijos do zumbi-papai.

Vamos aproveitar para dormir...

Papai está dormindo também?

Tão calminho...

Festa da madrugada!

sábado, 3 de dezembro de 2011

Bom dia!


Pedro meio que tem um ritual ao acordar.

Faz bastante denguinho na nossa cama, aperta bem o nariz do Duda e, depois que ele fica mais espertinho, vai se apoiando na parede até ficar de pé. Ri, faz barulhinhos, cansa e senta. Aí ele “pede” para pegar o Buda que fica na minha mesinha de cabeceira. Faz carinho no Buda, coloca o terço na boca – a mãe do Pedro é eclética, inclusive no quesito “religião” - passa o terço no Buda, cansa e começa a “rosnar” para sair do quarto.

Trocamos a fralda dele, levamos para a sala, damos bom dia ao dia, ele ri bastante disto e vamos para o tapetinho brincar. No tapetinho, uma de suas brincadeiras preferidas é ficar colocando a mão dentro da boca do louro Zé para escutar o papagaio falar.

Desde ontem, este ritual mudou um pouquinho. Eu resolvi mostrar o troll que fica na varanda e a cena é mais que engraçada! Ele fica apertando o nariz do troll como se fosse campainha e acho que espera que o troll fale como o louro Zé, só que isso não acontece. Aí o Pedro fecha a mãozinha, se treme todo rosnando mega aborrecido que o troll não quer “falar com ele”. E faz isso repetidas vezes. Quando eu tento voltar para sala sou imediatamente repreendida pelo rapaz, que não se conforma com a falta de educação do pequeno duende. Para quem não conhece o troll é um ser mítico escandinavo, algumas vezes semelhante a um gnomo.

Vou tentar gravar isso um dia destes para vocês rirem também.

Beijos, mamãe.