A viagem com o Pedro foi muuuuuuito legal. Buenos Aires é uma cidade
bastante preparada para as crianças, o voo foi tranquilo mas, principalmente,
ele é uma companhia ótima. Um amigo meu diz que você só conhece realmente uma
pessoa depois de viajar ou casar com ela. Nós já somos "casados" com
o Pedro, mas esta foi a primeira viagem para um outro país e o resultado foi
ótimo. Mas não se enganem, isso não quer dizer que tivemos os nossos momentos
de crise na Argentina. Caos, sustos e extremo cansaço fizeram parte, em algum
momento, da viagem.
Logo que chegamos corremos para um supermercado porque precisávamos
abastecer a nossa mini-cozinha com alguns alimentos e apetrechos. Não levamos,
por exemplo, liquidificador porque a voltagem lá é de 220v e queríamos ter a
possibilidade de bater uma sopa para o Pedro. Havia um supermercado perto do
hotel, mas não contamos com algumas questões importantes: o Pedro estava
cansado porque não tirou o cochilo no avião (a dormidinha de 10 minutos
enquanto o avião pousava não conta). Pedro também estava mega-exitado com tudo
o que estava acontecendo. Papai e mamãe estavam cansados da maratona de
arrumação de malas, aeroporto etc. E, o pior de tudo, os carrinhos de compra na
Argentina giram as quatro rodas.
Quem foi o maldito filho da mãe que achou uma boa ideia fazer carrinhos
de compra em que as rodas traseiras viram para todos os lados? Na verdade,
viram para o lado errado, contrário ao que você está querendo ir? Enfim, foi
uma ida ao supermercado supercaótica. Pedro ficou correndo de um lado para o
outro, mexendo em tudo, subindo nas geladeiras e derrubando caixas no chão.
Papai e mamãe perderam a paciência algumas vezes, não acharam liquidificador e
o maldito carrinho continuava indo para o lado errado.
A sensação era de que, se continuasse daquele jeito, a viagem seria
terrível. Mas tudo melhorou logo em seguida. Era apenas uma questão de combinar
a rotina do moleque com os passeios. Logo depois saímos do supermercado
com o Pedro no carrinho e ele adormeceu feito um anjo, o que nos deu a
chance de caminhar até um restaurante indicado, descobrir que estava fechado e
depois voltar para um almoço tranquilo e agradável no café mais tradicional da
Recoleta, que entramos por acaso. Repetimos a dose nos outros dias e tivemos
ótimas experiências de almoços tranquilos.
Durante a viagem também levamos alguns sustos. Um dia, por exemplo, o
Pedro quase desceu no elevador do hotel sozinho. A Ligia estava com ele no
corredor, mas estava carregando carrinho, guarda-chuva, bolsa, bola de futebol,
mapa e sei lá mais o que e eu estava fechando a porta do quarto carregando
mochila, máquina fotográfica, água, boneco do Buzz e sei lá mais o quê. De
repente o elevador chegou e o moleque, como um raio, correu para dentro
justamente na hora em que a porta estava fechando. Parecia até que ele não
queria perder o elevador. Dei um pulo no melhor estilo
homem-aranha-matrix-gummy-bear e segurei o moleque na última hora. Ufa!
E o cansaço é fácil de explicar: ninguém tem a energia do moleque. Ele
passou os dias a 1000 Km / hora. Já acordava feliz e cheio de energia para
brincar. Mesmo no quarto criou milhões de brincadeiras como esconder-se atrás
das cortinas ou ficar pulando na cama. Aliás, um dia ele até caiu depois de
pular-pular-pular (mais um susto!). Na rua ele ficava dando ordens para onde
deveríamos ir ("Atí, alí, atí...") e sempre que entrava em algum
lugar, fosse um shopping, um zoo, uma loja ou um museu, ficava correndo de um
lado para o outro.
Mas a verdade é que cada vez que ele olhava para gente com os olhinhos
brilhando, soltava uma palavrinha nova ou simplesmente abria o sorriso mais
lindo do mundo, nós sabíamos que a viagem já tinha valido a pena.
Besos del papá.
Saindo do hotel pras compras! |
Pouco antes de dormir |
Almoço gostoso durante o soninho do nosso anjinho |
Cada minuto carregado de emoção!
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