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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Se filho de peixe, peixinho é... meu filho...


Como já comentamos aqui, há tempos que queríamos levar o Pedro a um zoológico. Tínhamos a expectativa de que ele ia gostar muito de ver os bichinhos de verdade. Na verdade, baseado em suas reações no safári e na fazendinha do Portobello, tínhamos certeza de que ele curtiria demais. E não foi diferente, como a Ligia já contou aqui. Na verdade se tivéssemos viajado para Buenos Aires apenas para ouvir o moleque gritando "vião" no aeroporto e depois imitando os animais do zoológico, já teria super valido à pena.

Mas presenciei algumas situações no zoológico que demonstram que o filho herdou alguns aspectos psico-genético-fóbicos do pai. A primeira situação foi logo na entrada quando o Pedro viu um monte de patos soltos pelo zoo. Ele se transformou na alegria em pessoinha, saiu correndo em direção ao primeiro que ele viu e gritando "ô paco! ô pacô!". Papai foi correndo atrás feliz da vida repetindo "é filho o pato!". Aliás, as palavrinhas em Pedrês são tão bonitinhas que temos que fazer um mega esforço para não falar do jeitinho que ele fala e repetir a palavra certa. Enfim, fomos nós atrás do pacô... ops, pato.

Só que, enquanto olhávamos um pato mais velho há seguros dois ou três metros de distância, de repente um pato mais jovem passou correndo junto ao nosso lado. E o Pedro... pulou no meu colo e fez cara de pavor. Se o tom do "ô pacô!" antes era de alegria, naquele momento virou "Paaaaacôôôôôô" em tom de alarme. Tipo, "pai me salva que o pato tá doido!!!". Papai manteve o auto-controle (só porque percebeu que o pato passou reto), pegou o moleque assustado no colo falou para ele manter a calma, que não tinha perigo que o papai estava ali com ele.

Tudo bem, Pedro recobrou o auto-controle, deu uma guinada para se afastar do pato-maluco e foi conhecer novos bichos. No meio do nosso caminho logo nos deparamos com um outro bicho. Uma mistura de paca-tatu-porco-espinho meio esquisito que estava se alimentando na mão de outros visitantes. Papai correu para comprar a tal ração de animais para mostrar ao pequeno que não precisava ter medo de se aproximar e alimentar animais desconhecidos e com mandíbulas afiadas. Para provar, deixou que a mamãe, uma mocinha indefesa, desse a comidinha. Pedro observou, achou aquilo intrigante e ficou olhando com uma cara de "que graça é essa de colocar a mão tão próxima da boca do bicho?". Na sua vez de alimentar o tal bicho preferiu atirar a comida de onde estava. Só faltou dizer "bicho, se vira aí e pega a comida do chão que eu não sou seu empregado para dar comida na boquinha!". Esse é meu garoto!

Fomos em frente, Pedro curtindo cada bichinho, mas se assustando em um ou outro, como no tanque dos leões marinhos. Em geral ele adorou cada um dos curiosos seres que estavam à sua volta. No final, já extasiado de tantos animais diferentes, resolveu se divertir correndo atrás dos pombos. Afinal, é uma sensação muito gostosa, ver todos aqueles pássaros no chão e que saem voando quando você corre para o meio deles. Até que um pombo resolveu, ao invés de voar, virar e correr na direção dele. Pedro se assustou e decidiu que não tinha mais a menor graça brincar daquilo!

Beijos do papai orgulhoso!




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