Pedro está totalmente na fase de testar os limites,
principalmente se estamos só nós três, pois ele odeia ser chamado à atenção na
frente das pessoas.
Quando o pai faz algo que ele não gosta ele chama pela mamãe
e vice e versa. E quando ele percebe que não tem jeito a choradeira é intensa,
lágrimas rolam sem parar e parece que o mundo dele vai acabar. Papai diz que
Pedro é muito dramático. E é mesmo.
A primeira tentativa é sempre a conversa, a segunda é o
descaso e a terceira é uma bela bronca, às vezes até seguida de castigo. Pedro pára
o escândalo, mas fica um tempo magoado com o “opressor”.
Uma noite destas, ele estava impossível e eu briguei com
ele. Saí de cena e o pai foi dar banho. Passado algum tempo, escutei Pedro
pedindo para mamar. Aí eu fui ajudar o papai. Pedro, muito orgulhoso, não
duvidou: “Não! cai (sai) mamãe, cai (sai) mamãe. Papai.”. E me empurrou para
fora do quarto dele.
É mole? “Sai mamãe, não quero que você me dê nem mamadeira.
Prefiro ficar com fome se não for o papai.”.
Quando o caso é menos problemático, fazer cara séria
funciona bem. Logo na primeira vez que tentei isso, Pedro parou de chorar na
hora, mas deu uma gargalhada. Eu não me contive e ri. Aí ele voltou a chorar
rsrsrs Muito malandro! Já sei que tenho que pensar em alguma coisa muito triste
para me manter na linha e o pequeno realmente sossegar.
E o momento desculpas? É fofo demais. Quando instruímos o
Pedro a pedir desculpas à pessoa para quem ele fez malcriação, ele dá um
beijinho. É bom demais.
Mas ainda não consigo acreditar que com menos de 2 anos pai
e mãe já tenham que mostrar quem manda. Surreal. Segundo minha mãe, só melhora
depois dos 18 anos. Fala sério.
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