Voltando ao assunto, ainda sobre a viagem (eu falei que ia render, né?...), no quarto dia fomos a um parquinho mais no estilo carioca. Ou seja, brinquedos sujos, mal cuidados e alguns quebrados. Neste parquinho tinha até um ambulante vendendo bebidas e comidinhas, então achei que a qualquer momento surgiria um vendedor de matte leão. Também achamos que passaríamos por um mini-arrastão porque logo que chegamos notamos um grupo de adultos rondando o parquinho.
Ficamos atentos, fizemos cara de mau e estávamos preparados para reagir em caso de problemas. Reagir, neste caso, significava agarrar o Pedro no colo e correr feito loucos, é claro. Mas nem o vendedor de matte, nem o arrastão apareceram e, no final, Pedro se divertiu bastante até cansar. Nós, é claro, cansamos antes porque sua brincadeira preferida foi
"pega o Pedro papai" ou
"pega o Pedro mamãe". E o moleque subia nos brinquedos, corria, descia do outro lado pelo escorrega e...
"pega o Pedro papai / mamãe".
Também estreamos a super bolinha de sabão, que fez o maior sucesso. Como não há fotos registrando a tal super-bolha neste parque, vou deixar para falar disso depois. Mas neste parquinho Pedro demonstrou, mais uma vez, uma de suas características marcantes:
stalking. Se você não sabe o que é isso, veja um trecho da definição no Wikipedia:
"Stalking (também conhecido por perseguição persistente) é um termo inglês que designa uma forma de violência na qual o sujeito ativo invade repetidamente a esfera de privacidade da vítima, empregando táticas de perseguição e meios diversos..." (mais aqui).
Assim como no parquinho do defeito o Pedro (o tal
sujeito ativo da definição acima) ficou aficionado por duas irmãs e seu dinossauro Rex, neste nosso
stalkerzinho colou em uma amiguinha e não desgrudava de jeito nenhum. Desta vez ele não deu defeito porque estava mais descansado e a menina não se importou tanto com um fedelho perseguindo cada passo que ela dava. Mas era muito engraçado. A menina subia em um brinquedo, o Pedro ia atrás. Ela descia no escorrega, Pedro descia também. Ela subia uma escada, Pedro vinha subindo logo atrás. Os pais da menina pareciam estar achando graça. Não sei se do Pedro ou de nós, que estávamos com um pouco de vergonha... Mas no final tudo ficou bem. A menina escapou por uma moita enquanto nós distraímos o Pedro...
Quando Pedro já estava bem cansado, demos um pouco de almoço para ele e fomos visitar o Museu Nacional de Belas Artes, onde estava acontecendo a Bienal de Arte de Santiago. O museu também me lembrou bastante alguns museus cariocas, como o Museu da Quinta por exemplo. Estava mal cuidado, o elevador não funcionava e a exposição não era grandes coisas. Mas valeu pelo prédio que, apesar de não estar em sua melhor forma, é muito bonito. E pelo episódio do disco voador que eu contei
aqui há alguns dias.
Beijos do papai-duda.