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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Manman...


Por duas vezes, em situações de apuros, o Pedro ensaiou um “mã”. Du, tudo de bom como é, já foi logo anunciando “ele falou mamãe, ele falou mamãe!”... mas eu não me convenci. Como li que é a partir de 6 meses que novos barulhinhos como má e mé surgem, achei que era mais uma novidade do meu pequeno e lindo ser.

Mas hoje de manhã, ao acordar faminto da soneca matinal, começou a chorar e agoniado falou “manman”!

Detalhando mais este maravilhoso momento (pois vale!)...
Eu entrei no quarto dele para dar aquela espiadinha de “tchau, meu amor” e ele acordou. Mas acordou chorando de fome e eu corri para fazer a mamadeira. Enquanto isso ele tentou levantar naquela posição fofa de engatinhar (ele faz direitinho), ficou aflito que não conseguiu e falou “manman”.

Gente, quase chorei! Ainda estou na dúvida se este “manman” quer dizer mamar ou mamãe. Mas já valeu a emoção e o friozinho na barriga! Dei a mamadeira, coloquei para arrotar, fiquei agarradinha nele tanto tempo que o bichinho dormiu novamente. Muito bom!

E eu vim trabalhar com aquele MEGA sorriso no rosto. Queria ter gravado para passar o dia escutando aquele claro e sonoro “manman”!!!!!!!!!

Agora é aguardar uma próxima chamadinha destas para ter a confirmação do que o Pedro realmente está dizendo com esta nova “palavrinha" :-)

Bjs de uma mamãe toda boba mesmo que na dúvida.

Mamar ou mamãe?

Acho que vou chamar a mamãe pra me dar mamá!

domingo, 23 de outubro de 2011

Quando tudo é novidade...

...a vida é uma eterna e animada brincadeira. Deve ser assim que um bebê se sente em seus primeiros meses. Mais ainda quando os pais têm o mesmo sentimento e vibram a cada novo sabor que será apresentado ao seu filho, a cada novo lugar que visitarão com o neném ou qualquer outra experiência nova que terão juntos.

O dia de ontem foi assim, cheio de pequenas (ou enormes, dependendo do ponto de vista) novidades que fizeram o Guigo vibrar, rir e gargalhar. Pequenas mudanças no dia-a-dia do Pedro que trouxeram ainda mais alegria para um sábado que por si só já era motivo de grandes comemorações.

O primeiro foi a cadeirinha de dar comida que ganhamos da vovó Angelina e do vovô Luiz Carlos. Ainda não a tínhamos montado porque achávamos que o Pedro não ficaria confortável nela já que ele ainda não ficava totalmente estável quando sentava. Mas, na semana retrasada, começamos a achar que já seria uma boa idéia. O tempo passou e nos faltou de maneira que só conseguimos montá-la ontem.

A estréia na cadeirinha foi uma festa! Pedro curtiu tanto a novidade que comeu a sopa toda, uma quantidade que provavelmente comeria em duas refeições! Acho que ele ficou se sentindo um garotão, com a sua própria cadeira. Também adorou batucar na bandejinha, colocar os pés para cima e fazer bagunça enquanto comia.

Um pouco depois foi a hora de baixar o berço. Apesar de ainda não estar sentando sozinho, o moleque começou a segurar com as mãozinhas na grade para levantar a cabeça e olhar o mundo fora. Por segurança decidimos que ontem era a hora de baixar. Mas a surpresa ficou por conta do Pedrinho.

Assim que baixamos o berço e o colocamos lá dentro foi uma farra só. Ele achou o máximo aquele buracão! Dava gargalhadas só de ver o papai por entre as grades. Hoje, provavelmente o berço e a cadeirinha não serão mais novidades, mas o mundo está aí cheio de novos sabores, sensações e oportunidades e papai e mamãe estão muito contentes de compartilhá-las com o Guigo.

Beijos do papai.

"Comida é coisa séria!"

"Vamos tampar este potinho?"

"Muito confortável minha cadeirinha"

"Adorei"


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Personalidade forte


O Du escreveu algumas vezes sobre a personalidade forte do Pedro. E esta característica está cada vez mais evidente para nós. Vamos cortar um dobrado com o moleque, com certeza. Haja cadeirinha do castigo e tapetinho do pensamento!

Esta semana o Du está fazendo um curso que o impede de chegar em casa antes das 23h. O Pedro, claro, já deu alguns sinais de que está sentindo esta ausência. Está dormindo menos, mais agitado, mais dengoso... mas hoje foi especialmente interessante. Pedro começou a ficar bastante agitado de madrugada. Cansada de levantar para colocar chupeta e acalmá-lo, resolvi levá-lo para a nossa cama. O que o deixou bem mais tranquilo, realmente. Por volta das 3h da manhã, ele acordou para mamar. Quando viu o Duda, arregalou os olhos e começou a “falar”. Se as palavras fossem nítidas, certamente estaríamos escutando algo como “Oba, papai! Vc chegou! Vamos brincar então!”.

Mamou, logicamente na excitação fez coco, Du trocou fralda mas evitou sorrisos e brincadeiras devido ao horário. 40 minutos depois, Pedro finalmente adormeceu e super cansado que devia estar, ele foi até às 8h30 da manhã!

O Du acordou praticamente junto com ele e foi correndo dar beijo e brincar com o moleque, que não deu a menor atenção para o pai, virou o rosto e o ignorou completamente. Se pudéssemos ler seus pensamentos, certamente teríamos algo como “não quis brincar comigo antes, agora também não quero assunto com você”. E ficou assim um bom tempo.

Para deixar claro que era birra mesmo e somente com o Duda, Pedro deu milhares de sorrisos para a Salete e para a Carminha. Não é a primeira vez que ele age desta forma. Ou seja, não pode ser coincidência.

Ai ai... se já está assim aos 6 meses, imagina o que nos espera!



domingo, 16 de outubro de 2011

Primo João Marcelo

Ontem publiquei um post falando sobre o primo Rafael. Hoje resolvi falar de um outro primo do Pedro, o João Marcelo. João também é um pouco mais velho que o Pedro (nasceu em Fevereiro), mas é uma diferença tão pequena que podemos considerar que os dois têm a mesma idade. Somos padrinhos do João Marcelo, sendo que a Ligia é a madrinha titular e eu sou o padrinho suplente, também conhecido como padrinho de consagração.

É muito legal ver a família crescendo deste jeito. As últimas crianças que tivemos nas nossas famílias já estão casando ou casadas e, de repente, as festas voltam a ficar animadas com crianças correndo de um lado para o outro. Bem, no caso do Pedro e do João Marcelo ainda somos nós que corremos de um lado para o outro com os moleques no colo, mas dá no mesmo.

Engraçado, porém, é que apesar de terem quase a mesma idade, nesta fase um mês e meio faz muita diferença. Por isso o João Marcelo está sempre um passo à frente do primo em tudo. Estou falando daquelas coisas de rolar, sentar, engatinhar e tal. Mas tem uma outra coisa que o João Marcelo aprendeu antes do Pedro. Vamos chamar de tosse-manhosa.

É que, já há algum tempo, quando João Marcelo não está satisfeito com alguma coisa ele começa a tossir. Os bebês não sabem que nós adultos, apesar de parecermos bobos porque usamos aquela voz esquisita quando falamos com eles, somos um pouco mais espertos que eles. Então todo mundo sacou logo que a tosse do João Marcelo era forçada, para conseguir algo. Mas ele se acha malandrão e continua tossindo para conseguir algo.

Pois é, o pior de tudo é que demos alguma bobeira e deixamos o Pedro e o João conversarem secretamente no último final de semana. Acho que o papo foi mais ou menos assim:

João Marcelo: Oi primo, tá fazendo seis meses hoje né? Legal, já passei por isso...
Pedro: Oi primo. É, meu pai disse que agora eu deixei de ser um bebezinho e passei a ser um bebezão, mas acho que ele está mentindo...

JM: Por que você acha isso Pedrinho?
P: Porque se eu fosse um bebezão poderia fazer o que eu quero. Mas eles não deixam, ficam cheios de regras e me tolindo...

JM: Não me diga! Mas o que eles não deixam você fazer?
P: Pô, vááááááárias coisas. Tipo, eu fico querendo rolar de cima do trocador para o chão e eles brigam comigo. Quando eu quero ficar acordado até de madrugada, eles me fazem dormir...

JM: Mas como eles fazem você dormir?
P: Pô JM, é fogo. Eu querendo ficar acordado e eles fazem um carinho aqui no meio dos meus olhos que é um inferno! Acabo dormindo!

JM: Que saco hein? Putz, tenho uma dica...
P: O quê?

JM: Quando eles quiserem fazer você dormir você tosse!
P: Como assim tosse?

JM: Tosse mesmo! Tosse direto! Eles acham que você está engasgando e fazem o que você quiser.
P: Caraca, que ideia ótima! Foi você que pensou nisso? Vou fazer e depois te conto...

E então o Pedro chega do encontro com mais esta novidade. Lembram do espirrinho engraçadinho que ele fazia quando estava com fome? Agora é uma tosse alta e muitas vezes seguida de um grito. O grito acho que já é uma adaptação do Pedro, não é culpa do João Marcelo não...

Aliás, João Marcelo foi para São Paulo ontem. Vai morar por lá. Ainda não contamos para o Pedro porque ele vai ficar com muita saudade. Mas primos em tempos modernos são assim mesmo. João em São Paulo, Santiago em Portugal. Quero ver essa galerinha toda reunida nas férias de verão!

Beijos,

Dinduda.


sábado, 15 de outubro de 2011

Primo Rafa

Ontem foi aniversário de dois anos do primo Rafa, o primo mais velho e que vai ensinar um monte de coisas ao Pedrinho. Quando o Pedro chegou, a mãe do Rafa ficou preocupada dele ter ciúmes de um novo bebê na casa, mas os últimos encontros mostraram que os dois têm tudo para ser grandes amigos e companheiros de aventura, o que nos deixará um tanto quanto preocupados.

Já posso imaginar daqui a alguns meses o Rafa ensinando o Guigo a jogar bola, subir no sofá, brincar com bolinhas de sabão e gritar "VASCO!" com os bracinhos para o alto! Sem dúvida os dois irão aprontar muito juntos. Mas o Rafa também chegou para ensinar um monte de coisas aos adultos desta família. Não posso falar pelos outros, mas posso dizer que aprendi muito nos momentos bacanas que passei com ele.

Me lembro, por exemplo, do dia em que o Rafa dormiu no meu colo aqui em casa. Foi a primeira vez que uma criança dormiu no meu colo. Faz tempo, a Ligia nem estava grávida ainda. Para mim foi super emocionante. O garoto estava mega agitado, lutando contra o sono, querendo brincar com os tambores de ferro da tia Lili e eu comecei a cantar o "Caipira Pira Pora" para ele. Ele ficou me olhando nos olhos e de repente adormeceu. Fiquei todo bobo.

Engraçado que no início, quando ele ainda era muito bebê, eu nem pegava no colo porque tinha medo de deixar cair. Hoje, com ele pesando uma tonelada, a nossa brincadeira favorita é segurá-lo de cabeça para baixo! Acho que o Pedro também vai adorar esta brincadeira.

Outro momento que me lembro com ele foi no Portobello. Rafa estava andando há pouco tempo, mas já adorava correr de um lado para o outro e nós tínhamos que ficar atrás dele com a coluna torta. Lá pelas tantas o menino tropeça, cai e chora. Se fosse hoje ele gritaria "que susto"! Peguei o menino no colo e fiquei repetindo "calma, foi só um susto. Calma, foi só um susto". Não estava falando com ele, estava falando comigo mesmo. A Flávia nem deve se lembrar disso porque provavelmente foi apenas uma entre as mil e quinhentas quedas do Rafael. Mas foi a minha primeira. Não aconteceu nada demais, foi só um susto mesmo.

Então o Rafa chegou para assumir este papel nada fácil de ser o desbravador, primeiro neto, primeiro sobrinho... Durante anos, muita gente pensou que esta seria a função do nosso filho e eu mesmo, confesso, me acostumei com a ideia de que seríamos os primeiros a trazer uma criança para as famílias. Quando a Flávia chegou com a notícia, a minha primeira reação foi pensar "ih Ligia, papamos mosca!". Mas hoje eu vejo que a vida é muito mais criativa do que os nossos planos e que o Rafa, com apenas dois anos, já ajudou muito o Pedro apenas ensinando (ou lembrando) aos adultos como é gostoso e agitado ter uma criança na família.

Pedro, meu filho, você chegou na molezinha. Agora resta à Paula e ao Cris chegarem logo com a notícia da primeira menina. Que venha logo a Amelie porque a Júlia não deve esperar muito tempo...

Feliz aniversário Rafa.

Guigo, tio Dudu e tia Lili.








sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A força das palavras

Quero saber quem foi o engraçadinho que leu o meu último post para o Pedro! Foi só eu chamá-lo de máquina de ejetar fezes para o moleque me dar uma lição (maior do que aquela da madrugada) e mostrar o que é um garoto cagão de verdade!

Terça-feira com cara de sexta graças ao feriadinho providencial no meio da semana. Fomos trabalhar, papai e mamãe, ansiosos para o dia terminar. Feriado, primeiro Dia das Crianças do Guigo, passeio na praia, almoço na vovó Sonia... os planos estavam completos e animados. Mamãe até conseguiu chegar um pouco mais cedo em casa por conta de uma reunião.

Mas foi aí que recebemos a notícia que nos assustou um pouco. Ao longo da terça-feira o Pedrinho, este bebezinho gostosinho, fofinho e cheirosinho, fez cocô onze vezes! Foram onze trocas de fraldas, todas carimbadas e cheias de cocô. Se o moleque é capaz de produzir isso tudo com apenas seis meses, imagina quando ele tiver quinze anos?!?!? O prefeito vai ter que construir um aterro sanitário só para ele!!!

Mas esta é uma preocupação para os gestores da cidade, não foi isso que nos deixou ansiosos. O problema é que junto com toda esta produção, o Pedro desenvolveu uma alergia à fralda nova e ficou com o bumbum em pandareco! Tadinho do guri, ele chegava a choramingar enquanto mamãe limpava. E o pior é que ele não estava com diarréia, era cocô normal!

Mais uma vez, enquanto achávamos que a aventura já tinha passado, descobrimos que ela estava apenas começando! Ligamos para o médico e ele nos pediu para fazer um exame de fezes no Pedrinho. "Tranquilo, fezes é o não falta" pensamos. Mas aí fomos descobrir os procedimentos, super simples: as fezes precisam ser recolhidas com o Pedro bem limpinho, sem qualquer resíduo de pomada ou xixi.


Se as fezes estiverem pastosas ou durinhas, ele faz cocô na fralda limpa ("não deixar cair xixi!") e imediatamente raspamos para o potinho. Deixar na geladeira e levar ao laboratório o mais rápido possível (o cocô não dura como o xixi dentro do gelo!). Por incrível que pareça, se as fezes estiverem líquidas é bem mais fácil. Existe um saquinho no laboratório que gruda embaixo do testículo e nas nádegas, de forma que o anus fique ali dentro e aí o rapazinho faz o cocô sem contaminá-lo. Mas os exames têm que ser feitos em duas etapas: na primeira precisamos recolher todo o material e podemos congelar de um dia para o outro. Em uma segunda oportunidade, colhemos o resto em um outro potinho e corremos para o laboratório... facinho!

E para terminar, acreditando que as palavras têm mesmo força, uma mensagem para o Guigo: Pedro, você é uma máquina de dormir a noite inteira e acordar depois das nove horas! (vai que cola, né?).

Beijos papai e mamãe.


terça-feira, 11 de outubro de 2011

A noite termina assim...

Como eu estava contando, Pedro passou o domingo com a ambulância ligada, choramingando e até gritando, o que é uma novidade do moleque. Para acalmá-lo um pouco, fomos passear duas vezes (o guri adora a rua!) e optamos por atividades menos aceleradas para que ele pudesse se acalmar. Apesar disso, o que mais aconteceu foi ter que entrar com ele no banho para limpar cocô, golfada ou babas ao longo do dia.

De noite ele conseguiu relaxar e foi dar a última mamadinha para dormir de estômago cheio. Foi somente durante esta mamada que a ambulância realmente desligou e o Pedro entrou em sono sereno. Estava tudo muito bem e papai se preparando para fazer o garoto arrotar quando, dormindo, o Pedro começa a fazer sua tradicional careta que carinhosamente chamamos de "estou-cagando".

"Poxa Pedro, justo agora???". Sério, não sei como um corpinho daquele tamanho consegue produzir e armazenar tanta matéria fecal. Cheguei a pensar em trocar o apelido de Guigo para Enfezado (segundo explicação do tio Medeiros, aquele que está cheio de fezes...). Mas neste caso a quantidade nem foi a questão, o problema foi de timing. Pedro tinha acabado de dormir e trocá-lo àquela hora fatalmente despertaria a ambulância.

Conclusão, contrariando os ensinamentos da vovó Sonia, decidi que não faria a troca naquele momento, mas nem fud... ops, a Ligia pediu para eu não usar palavras de baixo calão neste blog. Então, refraseando, não trocaria nem praticando atos sexuais! Coloquei o menino no berço, planejando uma troca à jato na próxima mamada dali a três horas e corri para a minha cama.

Passado o tempo regulamentar o Guigo começa a chiar avisando que iria acordar com fome dali a pouco. Pulei da cama, falei para a Li ficar deitada descansando o nariz (depois eu explico...) e fui para a gincana da madrugada, sem nem imaginar o que me esperava. Quando cheguei no quarto o Guigo ainda não tinha despertado, ou seja, era o momento perfeito para trocar a fralda.

Pensei em trocar no próprio berço, mas ouvi a voz da sabedoria materna e passei a máquina de ejetar fezes  para o trocador. Com movimentos de ninja, tiro a fralda suja com a mão direita e coloco a fralda limpa com a mãe esquerda. Mas justo no milissegundo entre uma fralda e outra o Pedro solta aquela esguichada de xixi para o alto! Posso quase jurar que neste momento ele estava com um olho aberto e outro fechado, para ver a minha reação.

Tipo, já era meia-noite de um dia cansativo e o moleque resolveu urinar para o alto! Ele até que não se molhou muito porque o papai cobriu o jato com a fralda, mas molhou o trocador e a roupa, exigindo uma troca completa. Neste momento papai pensou com tanta força "bem que a mamãe podia aparecer no quarto" que a Ligia surge como um anjo pronta à ajudar com aquela situação caótica.

Mas não vá embora ainda, tem mais. Muito mais!

Papai, muito ágil, tira o bebê do trocador, desliga o ar-condicionado e tira suas roupas molhadas. Estou com o moloque pelado no meu colo no meio do quarto enquanto a mamãe pega uma roupinha seca. Aí a Ligia me pergunta: "onde vamos trocá-lo, no berço é perigoso". Eu respondo "a gente troca aqui sobre o trocador da banheira. Mas ele já fez muito xixi, não vai mais...". De repente sinto um líquido quente escorrendo por meus braços, pernas e formando uma poça à minha volta.

Sério, era tanto xixi que cheguei a pensar que eu estava com incontinência urinária. Mas não era o meu xixi não! Era o Guigo, de olhos bem abertos. Soltei um "caraca, mais xixi!" justo na hora em que sinto bolinhas cremosamente consistentes passando por meus dedos. O moleque estava guardando cocô para aquela hora! Meia noite! Só me restava rir e entrar mais uma vez com o moleque no chuveiro enquanto a mamãe arrumava a bagunça...



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Quando o dia começa assim...

...não poderia terminar muito diferente. Na verdade acho que tudo começou na noite de sábado para domingo com o Pedro dormindo super agitado. Papai não sabe quantas vezes acordou de madrugada para ajudar o Pedrinho a encontrar a posição de dormir porque nestas horas ele tem cérebro de ameba e faz tudo no piloto-automático. Mas foram muitas vezes até que a mamãe deu a sugestão de trazer logo o menino para a nossa cama.

Foi bom porque ele sossegou por algumas horas e conseguimos dormir, meio tortos já que ele estava ali no meio de nós, mas dormimos. Até que às quatro e meia ele já estava acordado. Tem um amigo nosso ruivo que acorda a esta hora no final de semana para correr e eu, de tanto sacanear, me ferrei.

Então papai levantou com o garoto e foi até a sala dar bom dia para o dia, que ainda não tinha chegado porque lá fora era só noite. É um hábito que desenvolvemos: vamos até a janela e damos bom dia para o sol, para as árvores, para os pássaros, para a peladona da Gávea, para os miquinhos e tudo o mais que estiver lá fora.

No meio do bom dia o moleque começa a fazer cocô. Faz três forcinhas e "pronto papai, terminei". Papai foi logo trocar a fralda do menino e descobre que o cocozinho das três forcinhas era, na verdade, uma montanha de escremento se espalhando por toda a região que começa no umbigo e termina no meio das costas. Para completar o Guigo está agitado, pois acabou de acordar e está louco para brincar.

Nestas horas, limpar o bumbum do bebê vira uma tarefa de gincana. Pedro estica as pernas, faz a posição conhecida na Yoga como ponte-enlouquecida, agarra tudo que alcança, gira e de repente papai percebe que tem cocô espalhado no peito do guri. Não tem mais jeito, papai entra com o Pedro no chuveiro às cinco da manhã e o dia começa animado.

Começa e continua agitado por todo o dia. O Pedro está com a ambulância ligada choramingando o dia todo e precisa ainda tomar vários banhos. Foi mais cocô espalhado pelo corpo, sopa na orelha, golfada na roupa até que a noite finalmente chega e o bebê consegue se acalmar para dormir. Mas é aí que vem a parte mais engraçada do dia...

(continua amanhã)




sábado, 8 de outubro de 2011

Meio ano

Hoje completam seis meses que o nosso filho chegou a este mundo. Sua vida já ocupou metade de um ano e a melhor maneira que eu encontro para descrever este meio ano é dizer que ele foi intenso! Tudo passou a ser superlativo.

Fico me perguntando o que mudou e sinto-me compelido a responder que tudo mudou. Mas isso não é necessariamente verdade, algumas coisas continuam como eram antes e nós continuamos sendo as mesmas pessoas. Mamãe continua tendo medo de elevador cheio e papai continua dando pinta com insetos voadores.

Mas alguma coisa mudou e mudou muito. Acho que foi o nosso modo de olhar o mundo. Quando o Pedro chegou o mundo já estava aqui por muitos e muitos anos, mas definitivamente passamos a olhá-lo com olhos diferentes.

Coisas que não nos chamavam a mínima atenção agora passaram a saltar aos nossos olhos. Preocupações que não existiam agora estão vivas nas nossas cabeças. Mas o que ficou diferente mesmo foi o espelho. Ah sim, isso mudou demais.

Antes quando olhávamos no espelho víamos pessoas que eram donas de suas próprias vidas. Hoje não é isso que vemos porque nossas vidas não nos pertencem mais. Por vezes, quando olhamos o espelho, vemos que a nossa vida está toda ali. É que estamos com o Pedrinho no colo e por enquanto a nossa vida cabe em 66 cm.

Filho, parabéns. Você já está um garotão.

Muita festa e alegria em um café da manhã no Jardim Botânico

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Fotos

Quem nos conhece sabe que já éramos apaixonados por fotos quando éramos apenas dois. Depois que viramos três, esta paixão quase saiu do controle...

A seguir sequência de fotos feitas no iPhone com o aplicativo Instagram com o nosso tema preferido...























quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Cartinha para o Papai do Céu

Querido Papai do Céu,

Antes de qualquer coisa, esta cartinha é para agradecer ao Senhor por ter me deixado escolher a minha família aqui na Terra. Foi muito legal de Sua parte e quero de avisá-Lo que fiquei muito satisfeito. Já fazem quase seis meses que eu cheguei e até agora correu tudo bem.

Tá certo que no inicio papai e mamãe cometeram alguns enganos, como me deixar passar frio. Lembrando deste período, agora acho muito engraçado. Na época cheguei a pensar se o Senhor, apesar de escrever certo nas linhas tortas, não teria me enviado para uma família norueguesa ao invés de me mandar para uma família carioca. Tipo, não era para eu sentir calor neste tal de Rio de Janeiro???

Para ser justo, bem que o Senhor me avisou que eles eram marinheiros de primeira viagem. Mas, tirando estes pequenos deslizes, estou muito contente com esta família. E é claro que não estou agradecendo apenas pelo papai e pela mamãe. Todos os meus avós, tios e primos também são muito legais!

Mas eu queria, se o Senhor me permite, fazer um comentário. Não estou reclamando, o Senhor me livre de alguém achar que estou reclamando. É apenas uma observação... Quando escolhi esta família sabia que ela seria atenciosa e carinhosa comigo. Mas pelo amor do Senhor, que mania é esta que eles têm de ficar estalando os lábios babados em mim??? Acho que eles chamam isso de beijo, sabe?

Pois é, no inicio eu bem que gostava deste tal de beijo. Mas, vamos lá, papai e mamãe são um pouquinho exagerados com esta história de me beijar, né? Me beijam no rosto, me beijam no braço, na cabeça, na barriga (o que faz umas cócegas infernais! Opa, desculpe, não quis ofendê-Lo). Me beijam os pés, as coxas, mãos, nariz!!!

Por um momento achei que era a baba que me alimentava e fazia crescer. Comecei até a babar eu mesmo para ver se as minhas pernas se desenvolviam logo para eu poder correr desta beijação toda. Mas por enquanto o que eu posso fazer? É aturar os beijos e dar gargalhadas quando faz cócegas...

Bem, acho que acabei falando demais, né? O Senhor deve estar muito ocupado aí por cima. Então, mais uma vez, muito obrigado Papai do Céu.

Beijos babados,

Guigo.