Mas, deixando as neuras de lado, no terceiro dia de Santiago parece que a ansiedade de papai e mamãe levaram Pedro a um processo de stress e defeito. O que aconteceu foi o seguinte: enquanto voltávamos de nosso passeio na Concha & Toro, Pedro dormiu no metrô. Descemos na estação próxima ao nosso hotel e aproveitamos para almoçar em um restaurante que estava indicado no guia. Este acabou nem sendo um super almoço. Não foi ruim, mas também não foi memorável.
Só que escolhemos este restaurante, além da indicação e da proximidade com o nosso hotel, porque sabíamos que havia um parquinho próximo que eu havia visto em minhas pesquisas de arredores no Google Maps. Nas nossas cabeças, como o programa da manhã tinha sido de adulto (apesar do moleque ter curtido tanto quanto a gente), na parte da tarde deveríamos levá-lo a um programa infantil.
Só que a partir daí tudo deu errado. Parece que o Pedro acordou antes da hora quando a garçonete veio trazer a conta e acordou de mau humor. Pediu para ir para "casa" que, neste caso, era o hotel. Achamos que ele logo mudaria de ideia ao ver os brinquedos do parquinho, então insistimos e fomos para o tal parque. Ele até gostou da ideia, mas ficou apertado para fazer xixi e queria porque queria voltar para casa para ir ao banheiro. Papai teimoso achou que voltar até o restaurante e ele se aliviar por lá era uma boa ideia.
Depois do xixi, voltamos para o parquinho. Lembrem-se que estava um calor infernal. Ele brincou um pouco nos escorregas mas encasquetou que queria brincar com duas "amigas" que não estavam dando a menor bola para ele. Ao contrário, queriam brincar sozinhas, sem que um pentelhinho que nem falar a mesma língua que elas falava ficasse importunando.
Além disso a mais nova estava com um boneco do dinossauro Rex, do Toy Story, que chamou a atenção do Pedro. Ele pediu emprestado... mas ela disse não. Ele tentou trocar por um de seus dinossauros... mas ela não quis. Ele tentou trocar por todos os seus dinossauros... mas ela não estava interessada. Ele tentou trocar por carrinhos... não. Ele disse que deixava papai e a mamãe lá brincando com ela... não. Aí ele desistiu... das trocas. Tentou pegar o dinossauro na marra, mas ela não deixou e não gostou.
Durante toda a negociação, papai e mamãe tentavam explicar, ensinar, argumentar, distrair, levar embora ou enterrar a menina. Mas nada disso estava dando certo. E o calor apertando. E o stress aumentando. Até que a bolha estourou. Pedro começou a chorar e tivemos que afastá-lo do parque. O que dava o maior dó é que ele não conseguia entender porque a menina não emprestava o Rex para ele, só um pouquinho...
Ficamos todos arrasados e voltamos para o hotel convencidos de que não devemos forçar a barra e fazer vários programas no mesmo dia. É mais importante reconhecer o nosso limite (principalmente o limite do pequeno), mesmo que isso signifique curtir o final da tarde dentro do quarto do hotel. O que, aliás, foi ótimo!
Beijos do papai-duda.
![]() |
No início do parque, quando ainda estava tudo bem... |
![]() |
Papai até conseguia tirar umas fotos... |
![]() |
Depois do stress o moleque foi se acalmar na "piscina" do quarto |
![]() |
Ficou bem. Ótimo até. Mamãe que estava preocupada... |
![]() |
...mas se divertiu também. |
![]() |
No final, todos se divertiram... |
![]() |
...mas mamãe continuou preocupada... ou apavorada... |
Este dia foi a prova de que tudo em excesso faz mal, até amor de pai e mãe.
ResponderExcluirbj, mamãe