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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Pedro e seu primeiro caldo

Pedro é menino do Rio, apaixonado por praia e frequentador desde muito pequeno. Desde sempre gosta de entrar no mar e correr das ondas. Também sempre gostou de cavar buracos próximos ao mar, onde a onda vem e faz uma "piscina".

No final de semana passado, quando o sol apareceu e nos brindou com dois dias maravilhosos de praia, não foi diferente. Mamãe passou a mão no Pedro e foi correndo para praia enquanto eu precisei ir até o centro da cidade resolver um problema de trabalho. Logo que tudo estava resolvido, também corri para a praia e cheguei a tempo de ver o moleque se divertindo pra valer junto com outras crianças em um buraco bem grande perto do mar.

Parece que um pai com muitos filhos levou uma daquelas pás de obra para fazer um buraco grande o suficiente para todos os seus filhos (e os filhos dos outros pais que estavam ali por perto). Logo que eu cheguei, meu telefone tocou e o tal problema que estava resolvido se mostrou não tão resolvido assim. Então estava eu ao telefone enquanto o Pedro brincava no meio do tal buraco, junto com mais duas ou três crianças. Bem pertinho dele, acompanhando tudo com olhos atentos, mas de costas para as ondas estava a mamãe.

E tudo estava calmo quando uma mega onda, daquelas maiores que todas as outras que estavam chegando, atingiu com força e volume de água o tal buraco. E a cara do Pedro! Mamãe, apesar de estar de costas para a chegada da tsunami, estava atenta e resgatou o pequeno em menos de um segundo. Mas nesta altura ele já tinha descoberto um novo significado para a palavra caixote. E não estava curtindo tanta areia e água salgada nos olhos, nariz, boca, cabelo...

Mamãe o pegou no colo, lhe deu carinho, segurança e afeto. Também correu com ele para a água doce para limpá-lo enquanto eu praticamente desliguei o telefone na cara da pessoa que falava comigo. Quando Pedro estava limpo e mais calmo falei com ele que tinha sido apenas um susto e que poderíamos voltar para o buraco. Eu disse "papai agora quer entrar com você, vamos?". Mas aí ele respondeu ainda com carinha de desolé:

"Não, não quero porque vai vir um monte de água me pegar de novo...".

Tadinho do moleque, traumatizou. No dia seguinte ele quase não chegou perto do mar e todas as vezes que foi, ficou mega desconfiado das ondas. Mas tenho a convicção de que, com o tempo, isso vai passar e Pedro voltará a ser peixinho do mar. Mais até do que o pai porque alguma coisa me diz que o moleque vai virar surfista de grandes ondas...

Beijos do papai-que-já-tomou-muito-caixote

Rei da piscina.

Agora dividindo com alguns amigos.

E aqui, o buraco depois da tsunami.
Pedro já havia sido resgatado.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Corte de cabelo

Dei uma checada no blog e acho que deixamos passar um momento e tanto para mamãe e Pedro: o primeiro corte de cabelo no salão.

Desde que Pedro nasceu, todas as vezes que foi necessário aparar suas madeixas, mamãe que realizava o procedimento. Não era nada fácil, pois Pedro queria olhar o que eu estava fazendo e, normalmente quando ele entendia, não queria mais deixar eu cortar e levava mais de um dia para eu terminar. Na maior parte das vezes, ficava torto ou com alguma falha, claro.

Até que seu aniversário se aproximou e eu achei que merecia um corte profissional, digamos. Um dia peguei o Pedro na creche e parti direto para o shopping da Gávea, onde existe um salão especializado em crianças, abraçada em toda a coragem que eu consegui reunir para o momento. Estava com dois grandes receios: não conseguir fazer com que Pedro deixasse o cabeleireiro cortar seu cabelo e, ao final do processo, não sobrar nenhum daqueles cachinhos lindos que eu tanto amo.

Infelizmente os dois medos eram pertinentes. Pedro não quis sentar na cadeira carro e gritou tanto que dava para ouvir do corredor. Sei disto, pois minha mãe que estava coincidentemente passeando no shopping naquele dia ligou achando que estava ouvindo o neto. E estava!

Pedro quis falar com a vovó no telefone: “ Vovó, me salva!”. E a vovó correu para tentar salvar o neto mesmo. Mas já era tarde e Silva, com um talento nato para este tipo de confusão, já cortava o cabelo do Pedro no meu colo. E, aos poucos, Pedro foi relaxando até que conseguimos terminar a missão.

Preocupada em ser o primeiro e último corte da infância no Pedro sem sedação, resolvi pedir para Silva cortar curto e infelizmente não sobrou muito cacho não.

Agora, como podem 4 meses fazer tanta diferença na vida de uma criança de 3 anos?

Para o casamento da Didi e do Titio resolvemos levar novamente o pequeno para cortar o cabelo. Fiquei presa no trabalho e papai teve que enfrentar sozinho este desafio. Se preparou para o pior e...


... Pedro sentou na cadeira carro feliz, ficou brincando com uns bonecos e nem olhou para o cabelereiro e pasmem, deixou usar o secador! 

Concentrado nas brincadeiras

Felizinho depois do corte






segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Meu banheiro favorito

Em mais de quatro anos de blog, reconheço que já falei bastante em cocô. No início porque ele fazia parte constante de nossas vidas, depois porque o Pedro passou a ter dificuldade em fazer. Por vezes achei até que o blog estava ficando escatológico demais e, por isso, sempre que este assunto aparece eu fico me perguntando se não deveria deixá-lo quieto. Afinal, dizem que quanto mais se mexe, mais fede.

Mas ignorando minha intuição, acho que preciso deixar registrado aqui um fato engraçado. Vez ou outra o Pedro ainda fica com o intestino preso e precisamos recorrer a um pozinho mágico que o Dr. Pediatra passou. Mas existe uma hora e local exatos que o Pedro nunca tem dificuldade de fazer cocô. Todas as sextas-feiras no Shopping da Gávea.

É isso mesmo que vocês leram. Enquanto muita gente tem dificuldade em fazer cocô fora de casa, em banheiros públicos, o Pedro adora fazer cocô no banheiro familiar do shopping. E todas as sextas-feiras ele cumpre este ritual com a vovó Sonia e o vovô Nilton. É mais ou menos assim: eles buscam o moleque na creche e ele pede para ir ao shopping. Chegando lá vão à loja de brinquedos onde todo mundo já os conhece. Pedro olha todas as novidades e conta para os avós do que ele gostou.

Pedro já entendeu que não pode ganhar presentes todas as semanas, então ele apenas mostra para que os avós saibam o que lhe dar nas datas de presente, como dia das crianças, aniversário etc. Depois eles "pegam uma mesa" e comem o pão de queijo do Rei do Mate com o Mate da loja de pastel (porque o Pedro não gosta de pastel nem do mate do Rei no Mate). Aí no meio do lanche (um pouco antes, ou um pouco depois, não importa), ele pede para fazer cocô.

Todas as sextas-feiras é assim. Eles já conhecem melhor o banheiro do shopping do que o banheiro da nossa própria casa. Ah, às vezes o vovô leva o moleque ao shopping nas terças-feiras e ele também pede para fazer cocô. Digamos que às terças é bastante comum, mas sexta-feira é de lei. Confesso que muitas vezes quando o intestino dele prende eu penso se ir ao shopping não seria melhor do que usar o pozinho mágico do Dr. Pediatra.

Beijos do papai-que-só-faz-em-casa


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Parabéns dindavó Lili

Domingo foi dia de café da manhã na casa da dindavó Lili em comemoração ao seu aniversário. Costumávamos, nestes eventos familiares, conversar bastante e comer tranquilamente as delícias irresistíveis que Eliane Bassoul sempre compra.

Há quase 5 anos esta rotina mudou e fica, a cada neto, mais divertida e tumultuada. Rafa luta como os tartarugas ninja, Pedro tenta imitar e Vitor se alterna entre assaltar quitutes da mesa e correr atrás dos primos. Enquanto isto, o volume das vozes na sala aumenta para tentar compensar o barulho dos pequenos. De repente percebemos que estamos tão atordoados que o play parece ser a melhor opção.

Já no play, Rafa vira Neymar, Pedro corre da casa para o escorrega como se estivesse fazendo um circuito, Vitor deita no chão e rola, papai Cris grita que Vitor vai ficar imundo, Rafa larga a bola e corre para o velocípede, Vitor rola para o outro lado, mamãe Paula tenta levantá-lo do chão, Pedro corre para pegar o velocípede que o Rafa deixou, Rafa volta para o futebol, Vitor corre para pegar o velocípede que o Pedro largou, Pedro pega a bola com a mão, “é com o pé, Pedro, chuta com o pé”. Quando percebemos, estamos tão atordoados que voltar para o apartamento da dindavó Lili parece a melhor opção.

A bola cai na garagem e é nossa deixa: todo mundo pra cima!

O trio está imundo e vamos do P ao 3º andar gritando “não toca em nada, mãos para o alto etc”. Como o Rafa estava de bermuda, simplesmente lavar as mãos não garante a limpeza do sofá, então o jeito é coloca-lo no banho. Eis que Pedro começa a tirar a roupa para tomar banho também, claro, além do primo mais velho ser seu exemplo, o pequeno não resiste a uma banheira. E lá vai Vitor atrás.

No caminho do banho, Rafa vira um copo de água de coco, Pedro cuidado!, Vitor pra cá!, dindavó Lili pega um pano, mamãe Lili tenta enxugar, ouvimos gargalhas no banheiro - Vitor fez xixi no chão - corro para pegar outro pano. Ufa!

Tia Tatá é a eleita para deixar os pequenos nos eixos e, ao final, precisa de uma roupa seca. Limpos e cheirosos, TV ligada, almoço pronto. A paz vai reinar, pelo menos, até a última garfada. 



quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Malha! Gordinho desgraçado...

Quem me conhece bem sabe que eu nunca fui muito fã da malhação. Eu gostava de correr, é verdade. Mas acordar três vezes por semana para fazer abdominal, pular corda e levantar ferro com um personal que não me deixa enrolar, nunca foi propriamente um grande prazer. Preferia dormir e tomar um belo milk-shake de chocolate na hora de acordar. Mas a vida é dura, o mundo é cruel e o corpo é injusto. Eu não tinha problema nenhum com isso há vinte anos, mas agora os colesteróis, triglicerídeos, ácidos úricos e pneuzinhos crescem da noite para o dia.

Então temos um personal carrasco que nos faz sofrer três vezes na semana. Só que de uns anos para cá ele também virou um "personal-animador-infantil". Isso porque o Pedro desce com a gente e o tio André precisa distrair a ferinha para que ela não atrapalhe (muito) o seu trabalho com o papai e a mamãe. Além disso, a vida profissional dele ficou mais dura ultimamente. No início ele ficava tranquilamente nos passando exercícios e assistindo de camarote ao nosso desespero. Ha-ha, mas agora não! Agora ele precisa correr atrás do nosso private-pocket-personal-trainer que não lhe dá um minuto de sossego.

E aí confesso que ficou até mais divertido porque ver o moleque correndo e rindo de se acabar logo pela manhã é estimulante. Tudo bem que eu preferia assistir sentado e tomando o tal milk-shake. Mas a vida...

Beijos do papai-atleta-só-que-não.

"Você não pega eu não!"

Rindo.

Rindo muito.

Rindo mais!

Quem está se divertindo?

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Genética e costume

Quando as pessoas engravidam (mãe e pai) imediatamente começam a imaginar como o filho (ou filha) será. Pensamos na aparência física (eu, por exemplo, sempre torci para o Pedro puxar o sorriso lindo da mãe e funcionou!), mas também pensamos na personalidade dele. Sabemos que parte destas características vêm pela genética e outra parte pelo costume, convívio ou esforço hercúleo de educação dos pais.

A genética árabe, por exemplo, não atrapalhou o Pedro na questão do banho, que ele gosta muito (lembra que já falamos disso?). Poucas vezes na vida ele encrencou com o banho, geralmente ele curte e ainda pede para escovar os dentes.

Tem algumas atitudes que eu não consegui identificar se estão gravadas em suas célulinhas ou se ele adotou observando os adultos da casa. O casaco, por exemplo. Sempre que o Pedro chega em casa e está vestindo um casaco, a primeira coisa que ele faz ao entrar no quarto é tirá-lo. Mas, ao invés de tirar e deixar espalhado em algum canto ou sobre uma cadeira, ele abre o armário e coloca o casaco guardado lá dentro.

No início achei que era um hábito adquirido, mas refleti bem e percebi que ele tem os dois exemplos lá em casa. Ele me vê deixando as roupas todas guardadas e organizadas em seus devidos lugares, mas também vê a mãe deixando tudo espalhado pela casa. Muitas vezes acho que casei com uma centopeia, de tantos sapatos deixados pelo meio do caminho. Então cheguei a conclusão que ele faz isso por instinto.

Sorte minha, que só preciso educar uma pessoa lá em casa.

Beijos do papai-muito-organizado-mas-que-às-vezes-mente-um-pouquinho


Olha que brincadeira mais arrumadinha!

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Será que nosso poetinha vai ser biólogo?

Tia Laureta bem que ia adorar, não é?

Além de já diferenciar a cachalote da orca, ele já sabe que a “cachalote vive nas profundezas como as lulas gigantes que soltam tinta”. Palavras do pequeno!

Sabe também que a “mamãe crocodilo jacaré mamãe” coloca ovos embaixo da areia e que as tartarugas aproveitam para colocar os seus junto, já que a “mamãe crocodilo jacaré mamãe” protege, por meses, seu ninho de predadores.  Sem falar que Pedro fala em animais como o texugo e o caracal (um gato selvagem), cuja existência eu desconhecia completamente.

Pois é. Não é só o Pedro que tem aprendido coisas. Papai e mamãe também. Descobrimos que o sexo dos crocodilos é definido pela temperatura onde se encontram os ovos. Se for entre 31 e 34º, nascem crocodilos macho. Mas acima ou abaixo deste patamar, eles viram fêmeas!

Particularmente adoro as opções de entretenimento do Pedro. São muito divertidas e interessantes. A novidade agora é o desenho dos irmãos Kratts, onde estamos tendo estas lições animais!

Sábado, durante um animado encontro, mamãe e tio Pi estavam tentando convencer tia Laureta (tolos que somos!) de que a cachalote é a maior baleia do oceano, mas ela disse que era a baleia azul. Foi quando papai Duda lembrou que a cachalote macho era o maior predador do oceano. Se Pedro estivesse participando do debate, estaria certamente do lado da tia Laureta. Aquela cabeçonazinha fresquinha, regista tudo.

Semana passada, incrivelmente, Pedro ficou horas assistindo a um documentário de adulto sobre fundo do mar e, quando apareceu uma água viva, o pequeno imediatamente falou “ela queima”. Arrisco dizer que esta lembrança ele guarda do filme do Nemo. Não é de se espantar que Pedro tenha tanto interesse pelo mar, provavelmente tem algum DNA envolvido nisso.

Dragões, dinossauros, animais atuais, robôs, piratas, carros, aviões e tantos outras opções permeiam o dia a dia do nosso pequeno ser, que adora uma novidade e está se tornando cada vez mais um cultinho supermirim. Tomara que continue neste ritmo e siga os passos do pai.

Beijos, mamãe.



segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Curtinhas

Malandro.

Tá ficando difícil passar a perna no Pedro. Dia desses estávamos nos aprontando para ir para a casa da Clarinha e estava frio. Pedro não queria colocar o casaco e eu disse "Filho, tem que colocar o casaco. A Clarinha me disse que está muito frio na casa dela". Ele me olhou sério e disse: "ah, então deixa que eu coloco o casaco quando chegar lá".

Eu disse baleia!

Pedro pegou uma baleia de brinquedo e eu, para fazer graça, disse que era um golfinho. Ele disse que era uma baleia. Eu disse que era um golfinho. Ele olhou sério para mim e falou "papai... baleia" naquele tom que geralmente os pais usam com os filhos para sinalizar que não haverá mais discussão.

Confuso.

Em uma outra tentativa de implicar com o moleque, ele manda "papai, papai, você está me confundindo"!

Quem foi?

"Pedro, Pedro!!! Quem foi que derrubou tudo no chão?!??"
"Não fui eu, papai..."
"Não?! Então quem foi?"
"A cachalote" (mostrando a mini cachalote em suas mãos).

Poeta.

Um dia desses fui desenhar e lhe perguntei o que ele queria. Sua resposta foi: "papai, desenha um dragão que solta música pela boca". É ou não é o meu poetinha?...


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Casamento da didi e do titio

Como descrito aqui no blog, Pedro chegou ao casamento dormindo. Já que fazíamos parte da organização da festa, foi fácil instalá-lo em uma confortável cama de casal em um quarto isolado do barulho, colado ao quarto onde a didi estava se arrumando e aguardando ansiosamente o início da festa. O moleque ficou tão confortável que dormiu pesado por mais de uma hora e o horário da cerimônia começou a se aproximar perigosamente.

Então mamãe e papai decidiram acordar o pequeno, afinal ele era peça fundamental do show. Só que todos já ouviram falar do famoso mau-humor do Pedro quando acorda de tarde. Imaginem sendo acordado e se descobrindo em um lugar estranho?! Não deu outra, ele chorou, reclamou, resmungou e só não xingou porque ainda não aprendeu.

Ficamos na dúvida se tentaríamos ou não entrar com ele neste estado, mas não dava mais para esperar. Então mamãe o pegou no colo quando todas as testemunhas já estavam prontas para entrar e levou para a área externa onde começaria o desfile. Só que na passagem ela resolveu levar o guri para dar um oi para a noiva.

Foi então que algo engraçado aconteceu. Pedro mal olhou para a cara da didi, pois estava com o rostinho enfurnado no ombro da mamãe. Mas a didi não esperava a emoção e desandou a chorar. A segundos da cerimônia a noiva, que havia segurado bem a emoção até aquele momento, não aguentou ver o nosso príncipe vestido todo socialzinho e pronto. O impacto foi grande e por pouco não precisamos chamar o maquiador de emergência para retocar borrões sob os olhos.

Durou alguns segundos e com suspiros profundos intercalados por respiração de cachorrinho (aquela que vemos as mulheres da TV usando durante o parto normal) ela se controlou e pudemos iniciar a caminhada em direção ao show. E foi show mesmo porque a cerimônia estava linda! Não vi o Pedro entrando porque estava na concentração com a noiva, mas me disseram que ele ficou agarradinho no colo da mamãe o tempo todo.

Beijos do papai-duda

Ainda emocionada no final da cerimônia...

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Indo para o casamento da didi e do titio

Sábado passado foi o casamento da didi e do titio. Pedro estava sendo preparado para o evento há algum tempo, afinal queríamos deixá-lo empolgado para vestir a roupa escolhida e cumprir o seu papel na cerimônia, que era conduzir a mamãe junto com o primo Iel. Ele ainda não tem muita noção do que representa uma festa de casamento, tanto que uma das vezes em que falei da tal festa ele começou a cantar parabéns para o titio e a didi. Expliquei que nestas ocasiões geralmente damos parabéns à noiva e pêsames aos noivo, mas ele ficou confuso.

A primeira preocupação era garantir que ele colocaria a roupa escolhida para o grande dia. Criança de personalidade forte, várias vezes o Pedro brigou porque não queria usar a roupa que havíamos separado. Em geral isso não é um problema porque escolhemos outra roupa juntos e tudo funciona bem. Ele também já entendeu que existem roupas certas para algumas ocasiões. Por exemplo, roupa de ir para a escola, roupa de ficar em casa e roupa de dormir.

Mas no dia do casamento ele não teria muita escolha e caso começasse a implicar com a roupa, o papai aqui teria que se impor e brigar. O que, é claro, acabou acontecendo. Primeiro ele não queria colocar a calça. Depois ele implicou com a camisa social sobre a camiseta branca e pediu um casaco ao invés de tanta roupa. O colete ele não aceitou, mas este eu deixei para colocar na hora. Lembrando que isso tudo acontecendo a poucas horas do casamento, papai também precisando colocar um terno e gravata, mamãe já na casa junto com as outras meninas e o noivo sendo filmado no making-off para o vídeo de casamento. Tudo junto e ao mesmo tempo lá em casa.

Quando todos estavam prontos, resolvemos pegar uma carona com o cinegrafista que estava sozinho e indo para a casa. Ele avisou que tinha um carro pequeno e sem ar-condicionado (uma Uno 1.0). Mas tudo bem, afinal era um percurso de quinze minutos em um dia frio, certo? Então entramos no Uno eu, Pedro, Lizzie (que foi nos ajudar com o moleque), Renatinho-noivo, o cinegrafista e mais algumas caixas de escalda-pé e coisas afins que ficaram esquecidas para a última hora.

Pedro dormiu quando o carro chegou na esquina da minha casa, no meu colo e amassando cada milímetro na minha camisa que a Salete tinha ficado meia hora passando para ficar mais lisa que fórmica branca. Mas tudo bem, a carona ainda parecia uma boa ideia, afinal na confusão de vestir todo mundo, não tivemos que nos preocupar com táxi. Mas a surpresa foi descobrir que o carro não era apenas pequeno e sem ar, mas também não conseguia subir a ladeira de paralelepípedo de Santa Teresa em um dia chuvoso.

O rapaz bem que tentou. Foi devagar e o carro não aguentou. Tentou com impulso e o carro pediu arrego. Foi fazendo zig-zag e nada. Tentou de marcha ré e o carro pediu pra sair do jogo. Neste meio tempo eu estava amassado e enfurnado entre o Pedro e o banco do carro pensando que eu precisava voltar para casa, tomar outro banho e começar tudo novamente. Mas no final demos a volta por laranjeiras, nos perdemos aqui e ali, mas chegamos antes que o noivo desistisse.

beijos do papai-amassado-mas-feliz.


terça-feira, 5 de agosto de 2014

Epa Dr. Pediatra!

Esta é antiga, foi antes da viagem, mas estava aqui na minha lista de posts que ainda precisavam ser escritos. Tínhamos consulta marcada com o Dr. Pediatra para alguns meses depois da viagem. Mas na semana anterior Pedro ficou doente. Na verdade eu nem me lembro o que ele teve. Provavelmente não foi nada... ele deve ter espirrado e os pais desesperados resolveram correr para o consultório e "fazer uma revisãozinha antes da viagem".

Então fomos nós. A relação do Pedro com o Dr. Pediatra começou com indiferença nos primeiro dias de vida e virou um verdadeiro pavor por volta dos dois anos de idade. No início ele não chorava. Depois começou a chorar quando era examinado. Depois quando entrava no consultório. Ultimamente bastava chegar perto do prédio que ele começava a reclamar e resmungar que não queria ver o tio Felipe. Por isso, todas as vezes que vamos em uma consulta, ficamos naquela expectativa de quão tenso será.

Da última vez, fizemos um trabalho prévio de conscientização para que ele não chorasse, afinal ele já era um garoto crescido. Além disso, por coincidência, no dia do médico Pedro tinha ganho de presente de uma amiga da mamãe um George de pelúcia (irmão da Peppa). Então dissemos que era um presente de garoto grande e que garoto grande não chorava no médico. Daquela vez o Pedro bem que tentou, mas em certa altura da consulta ele acabou chorando. No final ele nem queria ganhar o tal presente porque havia chorado, como se fosse uma derrota pessoal (o que deixou papai e mamãe arrasados...).

Desta vez não prometemos presente, mas continuamos com a preparação ("você é um menino grande e não tem motivo para chorar, né?"). E não é que desta vez funcionou?! Pedro não chorou nem um pouco. Mas, ao invés disso, falou como uma matraca, daquele jeito que as pessoas só fazem quando estão nervosas. E é claro que daquela boca falante saiu um monte de coisas engraçadas. Ele recusou ajuda para tirar a roupa, disse que queria subir sozinho na cama e abusou das interjeições ("Ahhhh, eu não preciso de ajuda. Ihhhhhhh, que maluco! Vou ficar de calça!...").

Mas o mais engraçado foi quando ele estava deitado e o Dr. Pediatra fazia o exame clínico. Pedro estava pelado, de barriga para cima, mãos dadas com a mamãe enquanto o papai segurava sua cabeça para que ele não virasse. Aí o Dr. Pediatra começou a examinar o pênis do Pedro e ele solta a frase bem alto:

"Epa! Por que que o tio Felipe está mexendo no meu pinto?!?!?!".

É claro que foi uma risada geral e assim, falante e descontraído, passou a primeira consulta sem choro desde muitos anos.

Beijos do papai-duda

É, o moleque está crescendo...

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Taj Mahal


Pedro há um tempo assistiu o filme “Aviões” que é uma versão aérea de “Carros”: um avião pulverizador tem o sonho de participar da competição “Volta ao mundo” mas ele voa baixo e precisaria passar nas eliminatórias que incluem provas de velocidade e manobras.

Dusty, o pulverizador, é treinado por um avião da esquadria da fuzarca “Skiper” e consegue vencer em último lugar nas eliminatórias conseguindo fazer parte da competição.

Durante sua volta ao mundo, Dusty passa por diversos lugares, mas o que mais chamou a atenção do Pedro, sabe-se Deus por que, foi o Taj Mahal.

Vira e mexe o pequeno fala do Taj Mahal e é muito lindo uma criança de 3 anos já saber da existência deste palácio oriental.

Voltando da casa do primo Rafa neste domingo, a conversa estava solta no carro e de repente, Pedro interrompeu com um grito “olha o Taj Mahal”. Do nada, não estávamos falando do filme nem de aviões mas alguma coisa na altura do BarraShopping chamou a atenção como algo semelhante ao palácio.

E mais uma vez papai e mamãe ficaram com aquela cara de orgulho bobo no nosso Pedrinho.
 
 
 

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Sem chupeta


O desfralde completo só não foi mais rápido por total inexperiência minha. A creche na época mandou um comunicado dizendo que iniciaria o desfralde e que era para repetirmos em casa os passos deles. Veio o comunicado do desfralde diurno, mas nunca chegou o noturno e eu, tola, fiquei esperando e perdi o bonde do xixi da madrugada. Mas ok, resolvido já.

Faltava então a chupeta. Estava totalmente aflita, pois a cada dia que passava Pedro parecia mais dependente da chupeta. Antes das férias, tentamos um dia tirá-la e Pedro aceitou, mas tadinho, depois de mais de 1h rolando na cama sem saber como dormir sem ela, nós cedemos. Acabamos achando que era melhor esperar a volta das férias.  

Desde então, eu e Duda frequentemente conversávamos sobre o melhor plano para a abolição da chupeta, mas cada vez que abordávamos o assunto com o Pedro, ele logo reagia “quero minha chupeta!”.

Depois da visita ao dentista - que disse que já estava na hora de tirar a chupeta - tivemos certeza de que algo deveria ser feito logo. E como os anjos sempre conspiram a nosso favor, na sexta feira passada, a última chupeta do Pedro rasgou. Na hora de dormir! Não tivemos escolha, nem como ceder. O pequeno dormiu sem chupeta. E não foi nem um pouco problemático. Ele entendeu que naquela hora não havia como resolver a situação.

O melhor de tudo, é que ele acordou feliz por ter dormido sem chupeta e quando perguntamos se ele queria sair para comprar outra chupeta ou se preferia um presente no lugar dela, ele se agarrou no presente. E ainda completou que iria contar para os amigos.

Presente comprado e, por incrível que pareça, Pedro não tocou mais no assunto chupeta e até agora estou me perguntando se vai ser fácil assim mesmo.