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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Indo para o casamento da didi e do titio

Sábado passado foi o casamento da didi e do titio. Pedro estava sendo preparado para o evento há algum tempo, afinal queríamos deixá-lo empolgado para vestir a roupa escolhida e cumprir o seu papel na cerimônia, que era conduzir a mamãe junto com o primo Iel. Ele ainda não tem muita noção do que representa uma festa de casamento, tanto que uma das vezes em que falei da tal festa ele começou a cantar parabéns para o titio e a didi. Expliquei que nestas ocasiões geralmente damos parabéns à noiva e pêsames aos noivo, mas ele ficou confuso.

A primeira preocupação era garantir que ele colocaria a roupa escolhida para o grande dia. Criança de personalidade forte, várias vezes o Pedro brigou porque não queria usar a roupa que havíamos separado. Em geral isso não é um problema porque escolhemos outra roupa juntos e tudo funciona bem. Ele também já entendeu que existem roupas certas para algumas ocasiões. Por exemplo, roupa de ir para a escola, roupa de ficar em casa e roupa de dormir.

Mas no dia do casamento ele não teria muita escolha e caso começasse a implicar com a roupa, o papai aqui teria que se impor e brigar. O que, é claro, acabou acontecendo. Primeiro ele não queria colocar a calça. Depois ele implicou com a camisa social sobre a camiseta branca e pediu um casaco ao invés de tanta roupa. O colete ele não aceitou, mas este eu deixei para colocar na hora. Lembrando que isso tudo acontecendo a poucas horas do casamento, papai também precisando colocar um terno e gravata, mamãe já na casa junto com as outras meninas e o noivo sendo filmado no making-off para o vídeo de casamento. Tudo junto e ao mesmo tempo lá em casa.

Quando todos estavam prontos, resolvemos pegar uma carona com o cinegrafista que estava sozinho e indo para a casa. Ele avisou que tinha um carro pequeno e sem ar-condicionado (uma Uno 1.0). Mas tudo bem, afinal era um percurso de quinze minutos em um dia frio, certo? Então entramos no Uno eu, Pedro, Lizzie (que foi nos ajudar com o moleque), Renatinho-noivo, o cinegrafista e mais algumas caixas de escalda-pé e coisas afins que ficaram esquecidas para a última hora.

Pedro dormiu quando o carro chegou na esquina da minha casa, no meu colo e amassando cada milímetro na minha camisa que a Salete tinha ficado meia hora passando para ficar mais lisa que fórmica branca. Mas tudo bem, a carona ainda parecia uma boa ideia, afinal na confusão de vestir todo mundo, não tivemos que nos preocupar com táxi. Mas a surpresa foi descobrir que o carro não era apenas pequeno e sem ar, mas também não conseguia subir a ladeira de paralelepípedo de Santa Teresa em um dia chuvoso.

O rapaz bem que tentou. Foi devagar e o carro não aguentou. Tentou com impulso e o carro pediu arrego. Foi fazendo zig-zag e nada. Tentou de marcha ré e o carro pediu pra sair do jogo. Neste meio tempo eu estava amassado e enfurnado entre o Pedro e o banco do carro pensando que eu precisava voltar para casa, tomar outro banho e começar tudo novamente. Mas no final demos a volta por laranjeiras, nos perdemos aqui e ali, mas chegamos antes que o noivo desistisse.

beijos do papai-amassado-mas-feliz.


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