Então fomos nós. A relação do Pedro com o Dr. Pediatra começou com indiferença nos primeiro dias de vida e virou um verdadeiro pavor por volta dos dois anos de idade. No início ele não chorava. Depois começou a chorar quando era examinado. Depois quando entrava no consultório. Ultimamente bastava chegar perto do prédio que ele começava a reclamar e resmungar que não queria ver o tio Felipe. Por isso, todas as vezes que vamos em uma consulta, ficamos naquela expectativa de quão tenso será.
Da última vez, fizemos um trabalho prévio de conscientização para que ele não chorasse, afinal ele já era um garoto crescido. Além disso, por coincidência, no dia do médico Pedro tinha ganho de presente de uma amiga da mamãe um George de pelúcia (irmão da Peppa). Então dissemos que era um presente de garoto grande e que garoto grande não chorava no médico. Daquela vez o Pedro bem que tentou, mas em certa altura da consulta ele acabou chorando. No final ele nem queria ganhar o tal presente porque havia chorado, como se fosse uma derrota pessoal (o que deixou papai e mamãe arrasados...).
Desta vez não prometemos presente, mas continuamos com a preparação ("você é um menino grande e não tem motivo para chorar, né?"). E não é que desta vez funcionou?! Pedro não chorou nem um pouco. Mas, ao invés disso, falou como uma matraca, daquele jeito que as pessoas só fazem quando estão nervosas. E é claro que daquela boca falante saiu um monte de coisas engraçadas. Ele recusou ajuda para tirar a roupa, disse que queria subir sozinho na cama e abusou das interjeições ("Ahhhh, eu não preciso de ajuda. Ihhhhhhh, que maluco! Vou ficar de calça!...").
Mas o mais engraçado foi quando ele estava deitado e o Dr. Pediatra fazia o exame clínico. Pedro estava pelado, de barriga para cima, mãos dadas com a mamãe enquanto o papai segurava sua cabeça para que ele não virasse. Aí o Dr. Pediatra começou a examinar o pênis do Pedro e ele solta a frase bem alto:
"Epa! Por que que o tio Felipe está mexendo no meu pinto?!?!?!".
É claro que foi uma risada geral e assim, falante e descontraído, passou a primeira consulta sem choro desde muitos anos.
Beijos do papai-duda
É, o moleque está crescendo... |
Nenhum comentário:
Postar um comentário